É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

REBARBAS – 17/12/08


E como se fosse um produto inacabado
Você tira as rebarbas do seu passado
Quando pede perdão

Lá fora a garoa fina reina
E aqui dentro do quarto a sua música segue a me intoxicar
Não sei o que você ouve agora
Nem sei se poderia me escutar

Mais no silêncio que existe em mim
Eu faço um pedido a sussurrar
Como quem viu uma estrela cadente
Ou encontrou um trevo de quatro folhas
Espero que ele chegue até você e venha a se concretizar

A neblina encobre a paisagem
Mais eu sei que ela está lá
Assim como sei que você me sente
Mesmo sem poder me enxergar

E é tudo tão diferente
Esses pensamentos que rondam a minha mente
Coisas que nunca antes pensei que pudesse imaginar

Um mundo abstrato e imperfeito
Cheio de rebarbas para aparar
E para deixar que alguém se vá é preciso agradecer
Até mesmo as raivas que passou, isso é preciso para deixar que alguém se vá

Já não quero mais sair correndo ou gritando
Nada disso irá mudar
O que eu carrego aqui dentro
Só eu sei concertar

E ir aparando, moldando e deixando mais suave a vida
É algo que me dá imenso prazer
Poder curtir esse ar
Que antes estava presente, mais era como se eu não pudesse respirar

Meu pensamento vai evoluindo
Conforme essas rebarbas sujas vão caindo
Assim me sinto dona do meu destino
Pronta pra recomeçar!

Débora Vasconcelos

Um comentário:

Anônimo disse...

Antes eu já achava a palavra rebarba linda, mas você consegui dar um significado muito maior e intenso a ela,tanto que pareceu-me ler e entender pela primeira vez o significado desta palabra .....

"rebarba"


Katielly