É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

RETROSPECTIVA - 22/12/2009


Paguei os supostos “favores”
Cuidei das minhas dores
Arranjei outros amores
Não devo nada a ninguém

Me meti em confusões
Fiz mau criações
Sai das ilusões
Pra cuidar do que me convém

Refleti sobre os meus erros
Despertei dos pesadelos
Enxerguei um novo dia
Sem esperar nada de ninguém

Me encarei diante do espelho
Estufei o meu peito e me orgulhei

Agora decidi viver o máximo
De tudo que me resta
Descobri sim que a vida presta
E que nunca é tarde pra aprender

Ajudei quem eu pude
Quem meu coração permitiu
Ainda fiz pouco diante do que podia
Mas esse pouco me fez tão bem

Descobri que ficar não é tão ruim
Quando os sonhos tivermos forças pra realizar
Ainda tem um furacão dentro de mim
Que de vez em quando vai e vem

Mais a vida é assim
Um dia equilíbrio, o outro descontrole
Um dia amante, noutro dia as dores
Um dia atrás do outro e os anjos é que digam amém

Porque o que me interessa é viver
Cada dia como o dia de ano novo
Em que nos enchemos de esperança
E uma força nos leva além

E que venha 2010 com toda essa força pra nos levar além de tudo que idealizarmos.

Feliz Ano Novo!!!


Débora Vasconcelos

DONA INSPIRAÇÃO – 22/10/09


Essa Dona Inspiração é uma comédia
Nunca tem hora pra chegar
Às vezes me acorda de madrugada
Com o velho: - Nós precisamos conversar!
Às vezes em horas impróprias
Em que não dá nem pra deixá-la entrar
Ela sabe que eu gosto dela
E aproveita pra se manifestar
De vez enquanto me pega nua no banho
E tenho que sair correndo atrás de caneta e papel e em todos cômodos respingando
Pra não deixá-la escapar
Essa Dona Inspiração é meio louca
Às vezes é dondoca, às vezes é patroa
Às vezes chora, às vezes ri à toa
E ela mora no meu pensar
Tenho que conviver com essas mil facetas
Que a Dona Inspiração vem a demonstrar
Não é fácil equilibrar o seu humor dentro da minha cabeça
Na mesma hora em fala de amor
Ela mesma se atropela
Muda de assunto
E já não quer mais brincar
Eu vou escrevendo com as dicas dela
Ela vai me fazendo rir
Ela vai crescendo com as minhas dicas
Eu também faço ela seguir
Só quero que ela nunca me abandone
Acho mesmo que isso não poderia acontecer
Pois ela esta dentro de mim
Para que eu esteja em você

Débora Vasconcelos

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

FILME: APENAS UMA VEZ


Assisti a um filme maravilho de uma doçura e delicadeza tamanha, sem ser chato ou enjoativo.
Amei! Eu recomendo.
Agora fico com as músicas do filme na cabeça, que por sinal são maravilhosas...melodias lindas, um filme simples e original como a vida.

Segue a tradução que tem no filme de uma das músicas.

MENTIRAS (LIES)
Written by: Glen Hansard / Markéla Irglová

Creio que é hora de desistirmos
E de entendermos o que esta nos impedindo de respirar com facilidade
E de conversar com franqueza
O caminho estará livre
Se você estiver preparada
O voluntário está indo devagar
E reservando um tempo para salvar-se

Os pequenos problemas agravaram-se
E quando nos demos conta era tarde de mais
Para usar de rodeio
E contar mentiras

Você está andando rápido demais
E eu não consigo acompanhar você
Talvez se você fosse mais devagar
Eu poderia ver que você só está dizendo
Mentiras, mentiras, mentiras
Destruindo nosso relacionamento com suas
Mentiras, mentiras, mentiras

Quando você vai aprender?

Os pequenos problemas agravaram-se
E quando nos demos conta era tarde de mais
Para usar de rodeio
E contar mentiras

Você está andando rápido demais
E eu não consigo acompanhar você
Talvez se você fosse mais devagar
Eu poderia ver que você só está dizendo
Mentiras, mentiras, mentiras
Destruindo nosso relacionamento com suas
Mentiras, mentiras, mentiras

Quando você vai aprender?

Cultive o pensamento
E o observe crescer
Dê corda nele
E deixe-o partir


ENERGIA – 22/12/09


Não estou com um pingo de sono
Porém não tem um pingo de energia
Ligo o note book e acaba a bateria
Escrevo um pouco no papel com a luz do celular
Que tão pouco ilumina
E tudo vem a me incomodar
Porque nem banho eu posso tomar sem ter minha água quentinha
O que a gente faz quando acaba a luz do dia
E a gente não enxerga mais
Nem pra ler um livro como companhia?
Rezo e peço a Deus pelos demais
Mais eu queria mesmo assistir Os Normais que peguei emprestado do irmão de minha amiga
Ainda são nove e vinte e nada de energia
Já pensei em estourar pipoca
Depois lembrei, que não tinha
Meus amigos estão fora
E minha casa está vazia
Só um pernilongo me incomoda
Com seu zumbido
- Que agonia!
Eu quero energia urgente
Pra ler, escrever, assistir, ouvir música ou ficar limpinha
Descobri que sou tão dependente
Tenho vício de energia


Débora Vasconcelos

NÃO TRANSFORME ISSO EM COMPETIÇÃO - 26/12/2009


Escolhemos caminhos diferentes
Não tem porque tentar comparar
Nossas decisões são divergentes
Nossos passos não poderiam dar no mesmo lugar

Então não tente mostrar que esta melhor que eu
O seu melhor é pouco pra mim
Houve época em que eu quis acreditar
Mas esse tempo passou

Eu quero coisas novas
Sensações que nunca senti
Não tem como comparar
Nossos passos nunca dariam no mesmo lugar

Você não está mais dentro de mim
Não tenho porque te provar o quanto estou feliz
Não sou eu quem tem mania de mentir

Tente viver sua vida em paz sem ter que encenar
Esse seu jogo está ultrapassado demais
Cada um sabe o que sente dentro de si
O seu contexto de vitória é diferente do meu

O sucesso pra mim é poder seguir sem ti
Então não perca seu tempo tentando comparar
Nossos passos nunca dariam no mesmo lugar
Nossas estradas são desiguais

Débora Vasconcelos

ROSE


Rose, quase rosa mais não é
É Rose
Mulher quase forte como toda mulher é
Mais é fraca
Vive seu transe enquanto a vida passa
E acha que isso é viver
Se diz feliz, mas não faz nada
Não investe em si
Vive seu transe e transa sem saber
Ama seus filhos, mas não sabe exemplos bons dar
Eu tinha tanto orgulho de você!
Agora a gente mal pode conversar
A pesar do seu jeito ainda feliz
Não consigo te ver assim
Tenho pena de te ver ali
Se destruindo, sem assumir
Achando que é normal se drogar
Rose, quase rosa
Mas é Rose

Débora Vasconcelos

EXCEL X WORD – 22/12/09


Eu definitivamente nasci para as letras e não para os números
Tenho imaginação de sobra pra preencher as páginas com palavras novas no Word
E não admiro o Excel por copiar o conteúdo da célula acima apenas por digitarmos a mesma letra inicial só que de outra palavra
Eu gosto de ver a tela em branco e ter ela toda pra preencher com estórias
E não de olhar as linhas previamente demarcadas pela planilha
Eu gosto de contar histórias e não números
Eu admito que o Excel tenha lá sua serventia
Mas o Word pra mim é essencial e de maior valia
Mas pra acabar com essa briga
Eu preciso confessar
Não há nada como letras manuscritas
Desordenadas, rabiscadas, às vezes até bonitas
A minha inspiração ainda esta aprendendo a digitar


Débora Vasconcelos

VULCÃO – 22/08/09


Eu não quero sua braveza
Não quero sua incerteza
Não quero sua tristeza
Nem sua decepção

Eu não quero seu abandono
Eu não quero seu desencontro
Não quero sua estranheza
Nem sua erupção

O vulcão adormecido
Acordou dentro de ti
E tudo que você pode me oferecer
É essa lava vermelha chamativa
Que aos olhos, encanta e brilha
Mais é capaz de poluir o ar
E que logo deixará tudo morto e cinza
Tudo triste dentro de mim e desse lugar

Eu não quero me queimar com a sua companhia
Causando feridas incuráveis
Que nem o tempo é capaz de apagar

Eu não quero sua vingança
Eu não quero sua aliança
Não quero nada que venha de ti
Eu não quero me ver assim
Como você...
...Matando o que não pode conservar
Ignorando o amor, por só saber queimar
Destruindo o que está ao seu redor
Pra que assim possa acordar

Não quero que minha vida seja destrutiva
Causando dor e queimaduras
Que nem o tempo pode apagar
Você é um vulcão em erupção
Que mesmo longe polui meu ar


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ESTRELA CADENTE – 22/12/09

- Era um avião? Um reflexo? Ou uma estrela cadente no céu?

Antes de duvidar da luz. Acredite!

Porque se não você pode perder, além da oportunidade de fazer um pedido...a inocência da vida!

Débora Vasconcelos

AMOR E MÚSICA – 16/12/2009


Eu só sei fazer amor com música
Nem que seja o barulho da chuva
Algo tem que tocar

Seja no céu
Seja na terra
No seu corpo ou no meu
Seja em qualquer lugar

Eu só sei fazer amor com gemidos
Nem que sejam gritos baixinhos
Algum barulhinho pra extravazar

Eu só sei fazer amor contigo
Nas suas músicas, nos meus gemidos
Nos nosso gritos de amor
É que aprendemos a nos libertar


Débora Vasconcelos

ENSAIOS – 10/12/09

Ensaiei o que ia te dizer
Não deu certo, na hora gelei, esqueci
Ensaiei o que ia fazer
Fiz listas que não cumpri
Ensaiei programar o futuro
E de tanto ser inseguro
No caminho me perdi
Ensaie não viver no escuro
Ensaiei não ficar em cima do muro
Ensaiei, ensaiei e não vivi
Me desesperei quando vi que não tinha como voltar
E minha vida de ensaios enchi
Quando poderia ter aproveitado os imprevistos
Para aprender a conviver com o que perdi
Ensaiei o que não pude dizer
Ensaiei o beijo que não dei
Ensaiei o fogo que não ardeu
Ensaiei o grito que não aconteceu
Ensaiei e me esqueci
Não vivi
Por que ensaiei pra não me ferir
E agora sofro pelos ensaios que repeti


Débora Vasconcelos

ABRIDOR DE CABEÇA (PRESENTE DE NATAL) – 20/12/09


Se eu pudesse te dar um presente de Natal
Seria um “Abridor de Cabeça”
Você critica os sotaques do Rio e do Sul, mas acha lindo quem fala inglês
Pegue suas malas e vá embora
Aqui neste país maravilhoso você não faz falta
Porque será que a diversidade te fere tanto?
Porque será que você tem dificuldade em aceitar o novo e não sabe elogiar?
Coisas simples não te encantam
Só coisas caras e de grifes
Não percebe que o Salvador nasceu na palha de uma manjedoura sem luxo e sem ouro
Você desconhece o poder de ajudar
Só quer pra si o que for de melhor
E não consegue enxergar
Em vez de aprender
Prefere criticar
Se você soubesse como é bom estar com a cabeça aberta, para que não haja limites de aprendizado
Para que aquilo que lhe pareça errado não seja motivo de nojo
E sim um jeito de você despertar sua força interior e uma oportunidade de ajudar
Você só vê seu lado da rua
Ainda não aprendeu a atravessar
Tente neste Natal abrir sua cabeça um pouco e perder o medo de abraçar
O calor humano não faz mal
Os reis magos viajaram léguas para a Jesus abraçar
Deixe seu lado mecânico
E bote seu coração pra funcionar
Abra a cabeça
E aprenda a amar


Débora Vasconcelos

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O PODER DE TRANSFORMAÇÃO

ISSO ACONTECEU NO QUINTAL DE CASA E EU FOTOGRAFEI CADA FASE, AS VEZES É PRECISO TER PACIÊNCIA, MAS A TRANSFORMAÇÃO ACONTECE !!!
Beijos


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O OLHAR DE PERDÃO – 16/12/2009


A chuva está tão forte
Que mal posso te ouvir
Pra você ter vindo até aqui molhado assim
Alguma coisa aconteceu

Pensei que era eu
Que um dia iria te procurar
Esquece o que passou
- Venha, vamos entrar

Enquanto a chuva molha o mundo
O meu mundo só quer chorar
E você me olha, me olha
E não consegue falar

- Venha, vou te secar
- Mas me diga o que aconteceu
Antes que eu comece a chorar
Só por imaginar que a vida te feriu ainda mais

Tenho pressa de suas palavras
Tenho pressa de suas razões
Mesmo querendo dizer não
Não consegui me controlar, te pedi pra entrar

Você não fala
E o tempo passa
Estou começando a me preocupar
Pego um café pra te esquentar

-Não cala!
-Fala!
-Diga o que lhe fez se molhar!

-Era o olhar!
-Era o olhar!
Não entendia
Não conseguia decifrar

Você repetia:
- Era o olhar
E eu perguntava:
- Mas que olhar?

Você dizia:
- Era o seu olhar que me faltava
- Faltava você me perdoar
E eu ainda não entendia

Você se levantou
E para porta se dirigia
Quando eu ousei te tocar
E você com carinho me retribuia

Dizendo que a pesar de tudo que havia feito
Eu te recebi sem preconceitos
Eu demosntrei perdão em meu olhar
Que agora sim você podia, seguir sua vida e me deixar

E debaixo da tempestade
Deixe-te ir
Um pouco dela você também teria que sentir

A chuva estava tão forte
Que eu mal te via
Mas te segui com os olhos até onde eu podia
Foi assim que tudo o que tínhamos veio realmente a acabar.

Débora Vasconcelos

MÚSICA: CARVÃO – Ana Carolina

Composição: (Ana Carolina)

Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa num colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixa aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Você...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

ESTILHAÇOS E FRAGMENTOS – 13/12/09

Estilhaços de espelhos por todos os lados
Fragmentos de mim mesma
Me quebrei inteira, para me multiplicar
Em sonhos e pesadelos
Tudo que sou eu espalhado pelo chão
Espelhado pelo ar
Me desfragmentando pra me dominar
Sem ser dominada pelo medo
Estilhaços e fios de cabelos
Já não se podem juntar
Cacos e restos do que eu fui nas paredes, chão e espelhos
São ladrilhos de lágrimas que não voltam mais
Os sorrisos agora também serão verdadeiros
Parei de roer o osso
Fiquei nua enfrente ao desgosto
E lutei com ele entre tantas perdas e danos
Consegui vencer o passado
E me desvencilhei do que havia de errado
Descobri que as dores que eu sentia
Eram das assas que em minhas costas cresciam
A liberdade que me afligia
Tirou de mim a solidão e o medo
De poder me encarar diante de qualquer espelho
Sem ter que me ferir com estilhaços e fragmentos


Débora Vasconcelos

MÚSICA : SURFANDO KARMAS E DNA - Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

Quantas vezes eu estive

Cara a cara com a pior metade?
A lembrança no espelho,
A esperança na outra margem

Quantas vezes a gente sobrevive
À hora da verdade?
Na falta de algo melhor
Nunca me faltou coragem

Se eu soubesse antes o que sei agora
Erraria tudo exatamente igual...

Tenho vivido um dia por semana
Acaba a grana, mês ainda tem
Sem passado nem futuro,
Eu vivo um dia de cada vez

Quantas vezes eu estive
Cara a cara com a pior metade?
Quantas vezes a gente sobrevive
À hora da verdade?

Se eu soubesse antes o que sei agora
Iria embora antes do final...

Surfando karmas e DNA
Eu não quero ter o que eu não tenho
Não tenho medo de errar!

Surfando karmas e DNA
Não quero ser o que eu não sou
Eu não sou maior que o mar...

Surfando karmas e DNA...
Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade!!

Surfando karmas e DNA
Não quero ter o que eu não tenho
Não tenho medo de errar

Surfando karmas e DNA
Não quero ser o que eu não sou
Eu não sou maior que o maaaaaaar...ô...ô ô

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

OUSADA – 25/11/2009


As pessoas têm medo de ousar
Vejo isso nítido em seus olhos reprovadores e curiosos quando chego com uma sombra de olhos colorida, ou uma bolsa desenhada
Quando eu fujo do óbvio dos cabelos lisos e unhas bem feitas sempre
Quando eu faço uma tatuagem que sempre tenho que explicar que o significado dela muda conforme o que estou sentindo
Quando não me encaixo nos padrões preconceituosos e me liberto
As pessoas têm medo e têm vontade
Só falta a elas coragem
Que a mim sobra aos montes
Mas insistem em criticar
É mais fácil do que ousar
Ter coragem de não se arrepender depois
Se arrependerão quando forem velhas
E se lamentarão: - Porque eu não usei aquela saia?
- Porque eu não cortei os meus cabelos?
- Porque eu não dei para o homem que amava na adolescência no carro dele?
- Porque eu não ousei?
- Porque eu mesma me privei e me aprisionei em grades imaginárias que eu mesma criei?
Eu quero ser livre e cantar
E porque não músicas novas eu mesma inventar?
Só pra me fazer feliz
Não quero chamar atenção dos outros
Se sou assim é porque sou livre
E é essa liberdade que incomoda a todos e não a sombra colorida
Incomoda porque não conseguem livres serem
Essas pessoas precisam envelhecer
Pra dar valor ao brilho que tinham
Precisam se perder pelo caminho
Pra ter saudade de quem poderiam ser
Eu tenho coragem de amar a vida
Tenho coragem de gritar versos sobre a liberdade
Tenho desejos loucos, tenho vontades e a elas vou tentar satisfazer
Enquanto a vida dessas pessoas passam
Assim sem graça, meio mortas, meio cinzas
Eu quero cores, quero amores, quero estar presente em minha vida
Saborear, viver, vivenciar e ser vivida
Ousar em minha própria ousadia
Não me limitar dentro da rotina do dia a dia
Quero usar minha liberdade
Quero vesti-la e não despi-la
Quero ter sempre essa coragem
De inventar o novo com pouco
Com a criatividade que me inspira


Débora Vasconcelos

VIDA DE UNIVERSITÁRIO

*Essa eu fiz na época da faculdade, minha vida era mais ou menos assim, e conversando com a minha amiga Sabrina que ainda está passando por isso resolvi postá-la em homenagem ao sofrimento de todos universitários

VIDA DE UNIVERSITÁRIO

Com um olho aberto e outro fechado
Tomo um banho de gato
Vou dormir com os cabelos molhados
Acordo desesperado pra não chegar atrasado
Vivo sem cascalho
Nem um pra comprar um lanche
Preciso tirar as cópias daquele professor otário
Que acabo não usando adiante
Vou pra casa do caral...
Quando tenho que estudar até as duas da manhã
Pra acordar as 5:30h
E no outro dia só ir pra cama a uma da matina
Essa é a vida de universitário
Que mesmo assim eu amo
Sábado e domingo não saio pra estudar
Fora o uniforme do trampo que tenho que lavar
Alguns dizem que na vida social eu não tenho conduta
Mais ninguém vê que minha vida é dura
E que mesmo assim eu a amo
Enquanto os outros com seus altos cargos
Comento peru e tomam champagne
Vivem indignados
Eu sou feliz
Mesmo sofrendo como um cavalo
Nesta vida de universitário
Agradecendo a Deus pelo meu estágio
Está é a minha vida e eu a amo


Débora Vasconcelos

DITADURA - 07/12/09


Parece que irão me apedrejar...
A ditadura esta voltando
Estou com medo de sair
Com uma pulseira no braço
Com um vestido curto
Estou com medo de fumar no bar
Vão me multar ou me escorraçar?
Parece que vão me apedrejar
Pois tenho pensamentos muito futurísticos
Isso fere os pensamentos dinossaurísticos que ainda existem no ar
Parece que irão me apedrejar
Por falar o que penso
Por simplesmente pensar
Me sinto apedrejada por ter uma opinião diferente
Por não ser tão decente
Por ousar
Me sinto encurralada por essa gente
Com pensamentos tão retrógrados
Que chegam até a me matar
Com suas pedras e suas foices
Que dizem o mundo querer salvar
Seria muita hipocrisia acreditar
Que com esses pensamentos toscos
Com essas atitudes violentas
Aos ouvidos, corpo e bolso
O mundo eles irão mudar
Parece que estão me apedrejando
Será que a ditadura vai voltar?
Acredito no consenso
No bom senso
Mais ferem o meu direito de achar
Ferem a minha mania de evolução
Ferem a minha interpretação
Ferem a minha individualidade
Ferem minha concepção
Me ferem com o seu julgar
Será que irão me apedrejar?
Será que a ditadura vai voltar?


Débora Vasconcelos

MÚSICA: Quase Sem Querer – Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha

Tenho andado distraído,

Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo
E tão contente.

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.

Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
As vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.

Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

GUERRA DE PALAVRAS – 05/12/09


Meu corpo sofre uma rajada de lanças e flechas
Leituras por toda parte
Tenho que parar de comprar livros e ler os que já tenho intactos, nas prateleiras e armários
Amo ser alvejada por palavras
Mas tenho que deixar que elas me atinjam
É uma guerra, largar a caneta e colocar os óculos
Deixar de escrever para ler é quase uma dor
Tenho vontade de organizar meu tempo
Mais a inspiração não conhece hora
E sempre se torna mais fácil abdicar aos conhecimentos alheios pelas minhas sensações verdadeiras
Que precisam escorrer pelas minhas letras em qualquer superfície que as aceitem
O desejo de irradiar os meus pensamentos
Ainda é maior do que o de ser irradiada
É uma guerra ler, quando a escrita é o que me faz falta
E pra mim, escrever nunca é de mais
Quero ser lida
Pois é na escrita que me perco e ao mesmo tempo sou encontrada
Nessa eterna guerra de palavras
As que entram e as que saem


Débora Vasconcelos

COISAS BOAS – 05/12/09


Me acostumei a dormir com poucos cobertores, com poucos amores e com gente que me satisfaz
Acostumei com o bom humor, em afastar a dor e não olhar pra trás

Me acostumei em ser amada, admirada e a querer mais
Não aceitar apenas migalhas de amores banais

Eu quero encher o meu copo de vida até que ele transborde
Eu quero me sentir viva, mudar minha vida
Sem precisar de passaporte

Sou forte pra recomeçar não por acaso

Eu agora me acostumei com o belo, com o simples e singelo
Coisas que vem do coração

Eu até que enfim me acostumei com a minha liberdade
E com a capacidade de ser feliz sem ter razão

Me acostumei com coisas boas
Afastei de mim a decepção

Não quero mais viver de mágoas
Quero carregar nas veias pessoas amadas
Que fazem pulsar o meu coração


Débora Vasconcelos

OPNIÕES – 05/12/09


Sua balança não é a mesma que a minha
Seus pesos e suas medidas também não são iguais
Nossas opiniões divergem, se diferenciam e se maltratam com flechas em palavras que não voltam atrás
Por mais que eu não tenha a intenção de te magoar
Não consigo acreditar que alguém ainda pense assim
Somos muito diferentes
E seguimos a nos ferir
Não que algum de nós esteja errado e que o outro esteja certo
Mas em uma coisa somos iguais
Somos teimosos que defendem as opiniões com garras e dentes
Falamos alto, não nos sentimos impotentes
Com as opiniões diferentes mesmo que em coisas banais
Ninguém aqui é inocente, culpado ou doente
Só temos pesos e medidas desiguais


Débora Vasconcelos

MÚSICA: DUAS NAMORADAS - Zélia Duncan

Composição: Itamar Assumpção Alice Ruiz

Tenho duas namoradas
A música e a poesia
Que ocupam minhas noites
Que acabam com meus dias

Uma fala sem parar
A outra nunca desliga
Não consigo separar
Duvido d o dó que alguém consiga

Cantar é saber juntar
Melodia, ritmo e harmonia
Se eu tivesse que optar
Não sei qual eu escolheria

Tem vez que o caso é comigo
Tem vez que sou só sentinela
Xifópagas, caso antigo,
Tem vez que é só entre elas

Nenhum instante se deixam
Grudadas pelas costelas
Nenhum segundo me largam
Também eu não largo delas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A VIDA NÃO SE ESQUECE – (BOOMERANG) - 01/12/2009


Cada um tem o que merece
A vida não se esquece do que um dia a gente fez
Eu só estou colhendo o que plantei
Tirei você de um outro alguém
E agora o ciclo se refez
Você nunca me conhecerá
Mesmo que me leia e me releia
Tenho muitas poesias não publicadas
Aquelas que nunca te mostrarei
Você não merece saber as minhas verdades
Em seu coração de maldades
Meus sentimentos não têm vez
Tanto faz, como tanto fez
Você é do tipo de gente
Que olha nos olhos e mente
Tem dentro de si uma serpente
Mas desse veneno eu me curei
Sem precisar carregar ninguém pra sofrer junto comigo
Enquanto você se diz refém
Destes males eu me livrei
E cada um tem o que merece
A vida não se esquece do que um dia a gente fez

Débora Vasconcelos