É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O PARTO DO AMOR – 06/01/09

Não adianta ficar na cama
Imaginando o seu toque
Se seria alucinante
Ou revelador
Não adianta imaginar uma vida a dois
Tentar sugar o seu cheiro dos travesseiros que se encostou
Não adianta falar ou ouvir suas palavras de amor
Se aqui dentro do peito o amor bate abafado, sucumbido pelo passado
Um passado que não passou
Não adianta ter a certeza de que o mundo é mais colorido ao seu lado
Se coloco óculos escuros pra não observar direito a cor
Não adianta sentir saudade se eu não consigo expressá-la
Porque pra amar de novo
Seria quase como uma maternidade
Teria que carregar esse peso que está aqui dentro por mais algum tempo
Observar tudo de forma diferente
Ser mais forte e sensível ao mesmo tempo
E só depois que tiver preparado e deixado crescer ao todo
Eu rasgaria a minha pele aos gritos, num misto de dor e alegria
Pra deixar o meu amor renascer
Então agora não importa o que eu viva
Esse parto não pode acontecer
O meu amor não está pronto pra sair
Porque se nascesse agora seria defeituoso
Não adianta te pedir pra que espere
Sei o quanto seria pra ti doloroso

Débora Vasconcelos

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