É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 24 de março de 2009

O TEMPO – 09/03/09


O tempo que não passa
Que passa entre os dedos
O tempo que eu desperdiço
O tempo que eu aproveito

O tempo......
Ser incontrolável
Dono do meu ser
O tempo dono de tudo
Do meu querer ou não querer

O tempo que nós buscamos
Para tempo podermos ter
Aquele que eu não tenho
Enquanto brinco de ser ou não ser

O tempo dono dos sorrisos
Dos desesperos também
Dono dos perigos
Do arriscar-se sem saber

O tempo que mostra quem realmente somos
No espelho quando ele já passou

Agora é uma espécie de tempo, que não podemos perder
Agarre o agora da sua vida
E não deixe que ele passe para que você possa saber
Que na verdade não existe tempo a perder
Quando o que importa é em qualquer tempo....
Ser você um ser AUTENTICO.

Débora Vasconcelos

MÚSICA: AVIÃO

Composição: Djavan

Pode quebrar,
Sofrer, cair, descer,
Contorcer de dor
Não vou mais me prender a você,
Fazer o mesmo show
Vou bater na porta da vida,
Receber e pagar
Sem ter que me entregar a ninguém,
Seu muito pra mim
É pouco
Eu quero a paz e viver solto
Vai dizer que sou louco sou não
Eu me cansei de ser seu avião
Não vou voar não

Dessa vez...

Pode quebrar,
Sofrer, cair, descer,
Contorcer de dor
Não vou mais me prender a você,
Fazer o mesmo show
Vou bater na porta da vida,
Receber e pagar
Sem ter que me entregar a ninguém,
Nem me conformar com pouco
Seu mundo pra mim
É tolo
Eu quero a paz e viver solto
Vai dizer que sou outro sou não
Eu me cansei de ser seu avião
Não vou voar não

terça-feira, 10 de março de 2009

RECONFORTAR – 03/03/09


Hoje eu queria ler algo que me reconfortasse
Algo que tirasse de mim esse medo, esse ansiedade ruim
Eu procurei por aí, versos pra me alegrar
E percebi o quanto é difícil
Versos assim encontrar

Então não quis mais ler
Quis escrever
Quis explicar
Quis entender
Quis consolar

Mais preciso colocar meu coração no eixo
Pra poder confortar alguém
Preciso olhar para os lados e ver tudo limpo
Preciso me aquietar

Tenho que deixar crescer as flores
Pra poder falar de amores
Sem me estressar

Acho que não estou pronta pra escrever
Nem ao menos pra ler
Nem pra interpretar

Tem muitos lugares que eu preciso transcorrer
Pra poder entender o que é que eu posso esperar
Se é que eu posso esperar

Se é que esperar vai ajudar...
...em algum dia eu poder
Com minhas palavras a alguém reconfortar.


Débora Vasconcelos

PRA AMAR TEM QUE SER FORTE - 22/02/09


É tão pequeno o que você sente em seu peito
Se você soubesse se entregar
Poderia sentir a grandeza que amor proporciona
Mesmo quando o que se tem é pouco
Você sofre por medo de sofrer
E não vive o que de bom o amor tem pra dar
Você se prende com correntes apertadas
E por escolha própria não aprende a sorrir
Se você soubesse o quanto é fácil
Descobrir o novo
Ser feliz com pouco
Olhar nos olhos e poder dizer: - Eu te amo!
Agora você não estaria passando frio
Esse frio que vem de dentro e você não deixa ninguém esquentar
Pois fecha as portas e desse jeito ninguém vai poder entrar, pra acender a lareira do amor com fogo que vale a pena se deixar queimar
Você se diz tão forte, mais é um covarde
Abandona as pessoas na hora em que mais elas vão de ti precisar
Você não tem coragem de amar
Porque pra amar tem que forte
Forte ao ponto de se deixar levar
E mesmo com todo esse controle
Você se sente inseguro, pois não pertence a nenhum mundo
Você não deixe seu coração amar
Que graça tem? Viver uma vida assim cinza
Com medo de sorrir com se estivesse cometendo algum delito
O único perigo
É envelhecer assim como você com o coração atrofiado, e o pouco que tem é medo
Medo de deixar ele bater por algo que não seja tangível
Por algo que não se possa ver
Por não deixar ele aprender
Você se afasta até do que é seu
Vive sozinho por opção
Um estranho no ninho
Sem direção
É tão pequeno o que você sente em seu peito
Se você soubesse o quanto ele pode se expandir
Não sofreria tanto assim
Nunca se sentiria sozinho e nada seria em vão
Débora Vasconcelos

quinta-feira, 5 de março de 2009

PROMESSAS DISTORCIDAS – 23/02/09

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Mais caiu! E foi na sala da minha casa. E espero sinceramente que esse raio caia, várias vezes.
Durante uma madrugada de “Café Filosófico” em casa, onde se discutia livros, religião, homossexualidade e todos assuntos polêmicos que se possa imaginar. A Katielly fazia o café, o Tiago desenhava e eu pra variar escrevia. Só que desta vez um assunto que não me pertencia, ou seja, não tem nada a ver com o que estou vivendo.
Depois de poucas horas de sono e de tomar o café da manhã. Mais uma vez o violão chamou e fomos para sala. O Tiago perguntou se eu tinha alguma coisa escrita que pudesse virar música, particularmente acho que as coisas que escrevo não servem para virarem músicas, pois nunca faço com a intenção, mesmo assim mostrei o que havia escrito na madrugada de conversas.
E rápido como um tiro de revólver, ele sacou do violão acordes e transformou o que eu havia escrito em canção. Achou no meio daquilo um refrão e completou a segunda parte, e assim em menos de meia hora nasceu: Promessas Distorcidas. Queria colocar o áudio mais ainda não consegui.

PROMESSAS DISTORCIDAS – 23/02/09

Composição: * Débora Vasconcelos e Tiago Costa*

Seus olhos querem me mostrar
Algo que eu não quero ver
Não consigo disfarçar
A força que vem do seu poder

Se eu pudesse te mostrar
A porta por onde eu entrei
Você não iria mais julgar tudo aquilo que passei

Refrão: Foram promessas distorcidas aquelas que te dei
Foram promessas distorcidas todas que guardei

Não se vá tenho medo de ficar sozinho
Espere a chuva passar
Enquanto faço um bom chá pra nós dois

Se não quiser conversar
Tudo bem, eu não ligo
Posso ligar a TV pra que não veja o meu rosto

RESTRITO – 26/02/09


É tudo tão estranho
Irrisório, abstrato
É tudo tão restrito
Tudo sempre tem dois lados

Quem foi que te ensinou aquilo que era certo?
Se o certo é o errado avesso
E isso eu desconheço
Quando penetro em seu olhar

Se desperta na minha boca esse desejo de falar até com os olhos
Que estratégias eu guardei pra poder te desvendar

Nada é sólido
E todo mundo tem segredos
Nada é tão belo
Quanto à luz do seu olhar

Esses milagres escondidos
Tão restritos me dá medo
Como poderei desabafar?

Ainda que eu disfarce
Que eu finja desapego
Ainda que eu nade contra a maré a me levar
Sinto a força que brota em seu peito
Sinto alegria de poder te equivocar

Débora Vasconcelos