É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sábado, 30 de abril de 2011

SACRIFÍCIOS – 18/02/11

Você pode se sacrificar pela covardia de não tentar e viver na mesmice que muitas vezes privilegia apenas aos outros.

Ou pode se sacrificar pela coragem de enfrentar o desconhecido e assim viver o indescritível de sua própria vida.

Débora Vasconcelos

MÚSICA: FUI - Vander Lee

Composição: Vander Lee


Não me peça pra ficar
Só porque você não quer me acompanhar
Não me fale em dor
Antes das noites de frio sob o cobertor

Não, não, não vou negar
Você me deu tudo, te dei arte do ardor
Não me cale, amor
Que a vida da gente é uma eterna canção por compor


Pode parece cruel, mas vou
Eu não te desejo mal, mas vou
Me agarrando céu em céu pra outra real
Posso até estar pinel, mas vou
É porque desejo mais que eu vou
Te mando no aniversário um cartão postal


Vem, me tire pra dançar
Essa dança não é fácil de se acompanhar
Não, que falte amor
No tempo, no espaço a gente ainda pode criar
Deixo a vida te levar
Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar
Mas cuidado, amor
Que as mãos que te estendem tapete não possam puxar


Pode parece cruel, mas vou
Eu não te desejo mal, mas vou
Me agarrando céu em céu pra outra real
Posso até estar pinel, mas vou
É porque desejo mais que eu vou
Te mando no aniversário um cartão postal

Te mando no aniversário um cartão postal

NO TEMPO DA DISTÂNCIA

Embrulhando enfeites eu me pergunto se daqui há um ano ou dois irei lembrar que os tenho e como me causará surpresa ou alívio quando revê-los intactos

Isso me faz pensar que muitas coisas estarão embrulhadas no tempo dessa distância que haverá entre eu e meu país

Entre eu e meus amigos

Entre eu e minhas coisas

Entre eu e o que eu poderia ter vivido

Sei que se eu voltar, ao desembrulhar os guardados me perguntarei:

- Porque será que eu guardei isso? Pois algumas coisas já não farão sentido

Algumas coisas já não combinarão mais comigo

Algumas eu já deveria ter esquecido

E algumas eu só irei lembrar que existe quando eu desembrulhar

Mas é o risco que se corre quando a gente passa a viver nessa ponte do tempo

Em que só o tempo irá responder o que será resolvido dessa distância que me afetará

Somente depois de me readaptar é que eu irei distinguir o que presta e o que é lixo

Por enquanto, ficará guardado

Até que eu tenha esse equilíbrio para decidir o que será digno de então me acompanhar

Débora Vasconcelos

UM TEMPO NA IRLANDA


“A cada um de nós foi dado cerca de setenta anos, uma quantia decente de tempo… Durante esse tempo você não deveria ter medo de tirar um ou dois anos ou até alguns mais, para fazer algo diferente daquilo em que você traçou no caminho original… como olhar as estrelas, as nuvens, e conhecer pessoas diferentes”

(TED KERASTE, Navigations)


Esse era pra seu um post programado, mas como nem tudo sai como o programado, eu não programei...isso foi no dia 22 de Abril, então finjam que foi assim:

Provavelmente neste momento eu esteja em um avião indo para Irlanda e eu não sei como será daqui pra frente...

Talvez eu não tenha tempo de escrever

Talvez eu até escreva mais por ter novas inspirações

Mas talvez eu não tenha mais tempo para digitar meus escritos

Ou talvez eu aprenda a escrever direto no computador

Talvez eu post mais fotos e as fotos serão como minhas novas poesias

Talvez nada disso aconteça e eu já esteja voltando amanhã

Talvez eu fique mais que o tempo previsto

Talvez não volte nunca mais

Talvez eu nem chegue ao meu destino

Talvez encontre o meu destino lá

A única certeza que tenho é de que estou feliz

Muito feliz por estar tentando

Obrigada a todos que visitam o blog

Um grande beijo!!!

MÚSICA: FERA FERIDA - Maria Bethânia

Composição: Roberto Carlos e Erasmos Carlos

Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída
Mas saí ferido
Sufocando o meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes no peito atingido

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar e até me levar por você
Eu sei quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor

Eu sei
O coração perdoa
Mas não esquece à toa
O que eu não me esqueci

Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solta em meus passos
Bicho livre sem rumo sem laços

Me senti sozinha
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda um lugar um amigo

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus passos desfiz
Tentativa infeliz de esquecer

Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram à vendavais constantes
Eu sei
As cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo na alma e no coração

Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram à vendavais constantes

Eu sei
As cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci