É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

DE GRAÇA – 26/02/10

- O sanduíche que eles estavam comendo, nunca iriam me dar, mas a droga era de graça.

Ela ainda acha que tem volta, mas não sai.
Eu espero que ela se recupere, já morreu de mais.
Queria poder resgatá-la deste mundo, que está tão próximo da minha casa, mas que eu consigo desviar.
Vejo fagulhas de sonhos em seus olhos; que desejo não se apaguem.
- Porque você se agride tanto?
O amor assim não existe .
Também um dia pensei haver.
Mas o amor não habita mundos tristes.
O amor nasce dentro de você.
E ela não admite, que só pensa em morrer.
E durante a noite resiste.
Perambulando sem saber, o que irá encontrar depois de tudo perder.
Apenas drogas de graça e de brinde um coração partido


Débora Vasconcelos

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MÚSICA: LUXÚRIA - Isabella Taviani

*Essa semana estou participando da Oficina Literária de Marcelino Freire sobre contos eróticos. Nada melhor do que ser embalada por Luxúria.

MÚSICA: LUXÚRIA - Isabella Taviani
Compositor(es): Isabella Taviani

Dobro os joelhos

Quando você me pega, me amassa, me quebra,
Me usa demais
Perco as rédeas
Quando você demora, devora, implora sempre por mais
Eu sou navalha cortando na carne
Eu sou a boca que a língua invade
Sou o desejo maldito e bendito, profano e covarde
Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto, me dobro,
Nem lhe cobro rapaz
Ordene e não peça
Muito me interessa a sua potência, seu calibre e seu gás
Sou o encaixe, o lacre violado
E tantas pernas por todos os lados
Eu sou o preço cobrado e bem pago
Eu sou um pecado capital
Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo
Quero beber o que dele escorre pela pele
E nunca mais esfriar minha febre

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CAMINHOS CONTRÁRIOS - 11/02/10

Durante um ano eu fiz de tudo pra não encontrar com ele.
E isso foi muito bom pra mim, pois conheci outras pessoas, outras músicas, outras formas de viver e pensar, só de passar em lugares diferentes ao que estávamos acostumados a passar.
Saí da rotina, sai da preguiça, parei de me acostumar.
Neste um ano evolui, aperfeiçoei meu paladar, voltei a comer no japonês, até de caiaque me meti a andar.
Um ano de liberdade, de simplicidade e de sorrisos sinceros.
Mas num desses dias não teve jeito, mas uma vez em caminhos contrários nos esbarramos, nos entreolhamos e pronto...Éramos dois estranhos pedindo desculpas. Coisa que não fazíamos quando tínhamos toda intimidade.
Sei que a partir de hoje não irei mais esbarrar nele, pois irei para um lugar distante e não terei mais que inventar caminhos pra não correr o risco de encontrá-lo.
Sempre estaremos em caminhos contrários, mas acho que era isso mesmo que faltava pra eu ir em paz. Nós dois mesmo que involuntariamente, mesmo que por educação ou costume após um esbarrão...Pedirmos desculpas!

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR E SAUDADE É COISA PRA SE MOSTRAR – 04/02/10

*Tem coisas nessa vida que não tem preço mesmo...como conquistar um amigo; e saber que mesmo distante, muito distante ele ainda continua sendo seu.
Recebi um recadinho do Sérginho (esse meu grande amigo da foto) em que ele dizia que não sabia como me descrever e que também não sabia desenhar, mais se soubesse me desenharia como uma casinha de sapê. Eu AMEI essa comparação! Isso pra mim não tem dinheiro no mundo que compre. E é tão bom saber que mesmo nós estando tão longe um do outro ainda estamos em sintonia...kkk (Eu Pedrita, ele Bambam)
Esse post é pra você, Sé!


MÚSICA: CASINHA DE SAPÊ (Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda) – Tim Maia

Compositor(es): Hyldon

Não estou disposto a esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que sou louco por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim

Jogue suas mãos para o céu e agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê



MÚSICA: CASA NO CAMPO – Elis Regina

Compositor(es): Zé Rodrix e Tavito

Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos meus livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PERDIDA - 30/06/09

Preciso de um mapa
Urgente!
Algo que me guie
Que me mostre a direção
Um radar
Uma oração
Um grito
Um apito
Uma emoção
Algo pra me localizar
Estou perdida!
Não sei se é na mata ou no mar
Estou perdida aqui dentro
Pelo amor de Deus alguém precisa me encontrar
Um GPS
Um globo terrestre
Algo que possa me salvar dessa agonia
De olhar para os lados e nada enxergar
Não sei se estou cega
Me arranjem um óculos
Uma saída
Uma luz pra eu me guiar
Me ajuda!
Estou perdida
Um sinal
Uma placa
Um telefone
Um rádio
Uma estrela
Ou um luar
Algo em que eu possa confiar
Confiança!
Tão difícil de se encontrar
Deve também estar perdida
Ou presa em algum lugar
Socorro!
Estou perdida
Dando voltas no mesmo lugar
Não estou conseguindo visualizar
Qual a minha alternativa
Pra poder me encontrar
Estou perdida
Estou sozinha
Já não consigo mais gritar


Débora Vasconcelos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ELIS REGINA

Um dia me perguntaram, se eu pudesse voltar no tempo, em que momento eu voltaria?...Por incrível que pareça eu não voltaria no dia mais feliz da minha vida, pois esse eu tenho bem nítido e real em minha memória, se eu pudesse voltar no tempo, voltaria ao dia do show Falso Brilhante da Elis Regina de mais ou menos 1975 em que eu nem era nascida, apenas pra assistir esse show! Nunca vou me esquecer de um ex-gerente que descobriu que eu gostava de Elis e ficou impressionado, pois naquela época eu era muito jovem para gostar de Elis Regina, e ele me contou que assistiu a esse show e que a imagem de Elis entrando no palco com um manto todo bordado de falsos brilhantes ele nunca mais ia esquecer. A partir daí fez-se dele minha memória, então se eu pudesse voltar no tempo, seria para assistir a esse show. Acho a interpretação das músicas cantadas por ela sensacional.
Abaixo uma música que acho fantástica na interpretação dela.

Débora Vasconcelos

MÚSICA: SE EU QUISER FALAR COM DEUS – Elis Regina

Compositor(es): Gilberto Gil

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VOCÊ NÃO ME DEIXA ACABAR – 08/02/10

Da tua estrofe nasce minha poesia
Da tua batida minha melodia
Da tua vida meu desabrochar
Dos teus olhos saem a luz
Que existe pra me iluminar

Você é a continuação ou a antecipação
Do que eu sou agora
Você não me deixa acabar

Dos teus pés saem meus passos
Dos teus lábios minhas palavras
Da sua mente o que eu ainda ia pensar

Você é a água corrente da minha fonte
A inspiração do meu respirar
Você não me deixa acabar

Você é o meu sangue com outro gene
Pertence a mim seu DNA
Você prolonga minha existência
Você já existia antes de eu chegar

Débora Vasconcelos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

FONTE DE PALAVRAS - 09/02/10


Onde é a fonte das palavras?
Quero beber dela
E por mais que eu beba, não me verei saciada
Pois me abasteço na procura dela

Soltando minhas próprias palavras pelo caminho
Prendendo-as em papel de pão
Invadindo outros destinos
Vão saindo sem obrigação

Palavras que nem sempre são belas
Com significados às vezes distantes
Palavras que se tornaram eternas
Na eternidade que existe daqui em diante

Palavras que a mim pertencem
Serão de quem mais as quiser
Se as levarem na mente
Depois que eu as dispuser

Palavras tão enigmáticas
Tanto quanto o meu olhar
Interpretem-nas de suas maneiras
Nem mesma eu as sei interpretar

Deixo um rastro de dúvida
Deixo um pouco de certeza
Deixo a palavra mais pura
Que vier na minha cabeça

Palavras que adentram meus poros
Sem nem se quer eu beber de sua fonte
Eu de vez em quando as imploro
Pra que algumas palavras me molhe aos montes

Não basta beber as palavras
Quero banhar-me delas
Quero comê-las e me lambuzar
Quero viver da escrita delas

Palavras, um descobrimento constante
A cada nova palavra velha
Que eu descubro com a gana de um amante
Entrando dentro do corpo dela

A palavra é meu instrumento de transcender o tempo
Com ela sou quem eu quiser
Não existindo preconceitos
Então venha o que vier

A palavra é meu diamante
Meu tesouro, meu enredo
Minha liberdade, meu semblante
Dela nunca terei medo


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MEIAS VERDADES E MEIAS MENTIRAS – 29/01/10

Agora entendo o que são meias verdades
É quando você diz a verdade, mas não diz tudo
É quando você conta algo e esconde algo ao mesmo tempo
É quando você abre o jogo, mas não diz o que vai machucar
Durante muito tempo você me cercou com suas meias verdades
Durante muito tempo eu participei desse jogo, inventando meias mentiras
Como uma espécie de vingança por saber que algo você me escondia, eu te contava...mas justamente o contrário...somente meias mentiras
Enquanto você não queria me machucar
Era exatamente isso que eu pretendia
Toda vez que você vinha com meias verdades eu rebatia com meias mentiras
Se você inventava uma desculpa por chegar tarde
Eu falava que não me importava porque tinha saído com as amigas
Mal você sabia que era na casa da vizinha que eu ia
Mal eu imaginava que você me provocava, pra ver se ciúmes eu sentia
Enquanto vinha você com meias verdades
Eu te contava sempre meias mentiras
E assim nós dois nos enganávamos sempre com a metade de tudo que podíamos
E o que vivemos não foi assim...
Nem totalmente verdade
Nem totalmente mentira
Apenas metade
Que a imaturidade nos permitia


Débora Vasconcelos

O FEITIÇO DOS SEUS OLHOS – 12/01/2010


Estamos com medo de nos apaixonar
Posso ver isso nos seus olhos e nos meus
Seus olhos procuram o meu olhar
E o meu olhar se esconde dos seus

Estamos com medo de nos querermos mais
De não sabermos controlar o que nos satisfaz
De nos pertencermos enfim
Até o fim e além do mais

Estamos com medo de nos apaixonar
E ver acabar todo esse tesão
Você não pode me cobrar
O que eu não te cobro até então

Fidelidade já é de mais
Pra quem não quer se apaixonar
Estamos com medo de enfrentar
Toda essa situação

Estamos com medo e com desejo
Estamos sentindo a mesma vibração
Estamos com medo de nos entregar
A esse novo coração

Eu não quero que você se apaixone por mim
Assim como não quero me apaixonar
Quero apenas as suas mãos
Nas minhas costas a me abraçar

Quero sentir seu corpo quente
Todo suado a me acariciar
Sua pele entre meus dentes
Não precisamos nos apaixonar

Por isso eu fujo do seu olhar
Pra que o feitiço não tenha efeito
Eu me contento com os seus beijos
Sem possuir o seu olhar

Não precisamos nos apaixonar
Não há motivo ou razão
Isso só faria tudo acabar
Numa imensa discussão

Então vamos deixar pra trás
Essa história de paixão
De você eu quero é mais
Um mundo feito de tesão

Débora Vasconcelos

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PONTO FINAL – 04/02/10


Estou vivendo um momento de transição. Me sinto na obrigação de corrigir meus textos, pois antes escrevia só pra mim.
Hoje tento melhorar e isso é ótimo, talvez nunca me aperfeiçoaria se não houvessem leitores.
Mas confesso que é difícil corrigir, cortar um pedaço, reescrever uma parte, rasgar a folha e começar de novo.
Antes era só desabafo, agora são textos admirados, mesmo que ainda por poucos, eu devo lhes esse respeito.
Devo escrever direito, estudar a nova gramática, melhorar em todos aspectos: de concordância, de aplicação de vírgulas, de tantas outras coisas...ainda tenho muito que aprender sobre escrita. Isso é trabalhoso, porque controlar o ímpeto não é fácil, às vezes me pego corrigindo (principalmente quando estou digitando no Word e aparece alguma palavra errada grifada em vermelho) e a inspiração some, ainda estou aprendendo a lidar com isso.
Mas de todas as dificuldades, a que me rasga a alma é colocar o ponto final. Talvez seja por isso que eu prefira as poesias e não os textos como esse abaixo.
É uma grande agonia ter que colocar o ponto final. Sei que é uma regra gramatical, mas eu a odeio. É um corte seco, mesmo que na outra linha eu possa recomeçar.
Me dói!
Ponto final, final, final, final, não consigo me adaptar com esse final.
Quero escrever sempre, até velhinha, em outras vidas quem sabe...não quero que acabe, odeio esse final, ele trás uma sensação de perda, de despedida, de desperdiço, de desespero, de sumiço.
Sei que ele dá sentido a frase, mais me reservo no direito de odiá-la. Sei que extrapolo nas reticências, não só por aparência, mais também por não querer usá-lo.
Então me perdoem se eu errar. Se não souber direito como usá-lo, pois é um convívio quase que obrigado, usar esse tal de ponto final.
Mas vou tentar não decepcioná-los, no meio dos textos vou usá-lo, mas vamos deixar combinado que lá na última frase eu não vou colocá-lo (digamos que é esse meu estilo de escrever), mesmo que a estória não continue, mais apenas para acalmar o meu coração, já que não quero que minha escrita tenha fim, não irei colocá-lo. Assim ficaremos todos com gostinho de quero mais

Débora Vasconcelos

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ATRÁS DA ESTANTE – 29/01/10

Hoje na mudança, achei um resto de você.
Um pedaço de papel, um bilhetinho com sua letra, dizendo que ia chegar mais tarde e mandando beijos.
Não sei como aquilo foi parar ali, atrás do rack, aliás, atrás da parte fixa que fica parafusada na parede, e quando vi o moço da mudança retirá-la, ele caiu.
Mal pude acreditar no que tinha em minhas mãos...depois de tantos anos encontrar um pedacinho de você ali e saber que convivi com ele tanto tempo sem saber dentro da minha casa, enquanto outros entravam e saiam, você estava ali atrás da estante esquecido mandando beijos.
Será que junto do bilhete, também ficou guardado a mágoa e o resto de amor? Se é que existe um pouco de amor, amor médio e grande. Qual será a medida usada para se medir o amor? Será que ele passa, ou fica apenas guardado, mas existindo ali escondido de nós mesmos, dentro do coração ou atrás da estante?
Só sei que quando vi aquilo, pedi logo para que eles levassem esse último móvel, para que eu me despedisse da minha casa.
Sentei no chão, encostei-me na parede e foi tão vazio ver tudo vazio, deu um aperto no coração, estar apenas eu, a casa e o seu papel em minhas mãos.
Lembrei-me do dia em que achava ter te devolvido tudo que era teu e que estava ali.
Lembrei-me do dia em que você voltou de sua viagem pra ficar. Lembrei-me também de mim indo e voltando com as malas e mochilas nas mãos.
Lembrei-me de tantas idas e voltas.
De tantas dores e revoltas.
De tantos reencontros e reconciliações.
Parecia que estava morrendo aquela casa e um pouco de mim também estava morrendo e a vida da casa se passava diante de meus olhos, em fleches, flertes, feixes e pedaços.
Com o papel na mão quase pude sentir seu cheiro, não fosse o cheiro de mofo, se não fosse o pó, mas na minha memória, nada disso me impedia de senti-lo perfeitamente.
E quando fechei os olhos você estava ali tão real quanto o papel, me enconchando na cozinha, me beijando na sala, discutindo no quarto, fazendo as malas. Me fazendo chorar e sorrir.
Aquela vida conturbada voltara por alguns segundos. Mas foi só os olhos abrir pra me dar conta de que nossas vidas estavam agora totalmente diferentes. Mas na verdade sempre foram diferentes e como escrito no recado você sempre chegava tarde de mais pra participar de mim, só vinha pra me tomar e pra discutir. E a pesar de morar comigo durante anos, você sempre se manteve ali...exatamente ali...mandando beijos atrás da estante.

Débora Vasconcelos