É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MÚSICA: DONA - Roupa Nova

*UM ANTIGO NAMORADO, UM DIA ME DISSE QUE PARECIA QUE ESSA MÚSICA TINHA SIDO FEITA PRA MIM...GOSTARIA MUITO DE TER ESSA FORÇA QUE ELE ENXERGAVA EM MIM.

Composição: Sá & Guarabyra

Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros
Esperando tua voz

Teus desejos, uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza
Dentro do teu coração

Tan, tan, tan, batem na porta
Não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher

Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha
Dona!!!

Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar

Entre a cobra e o passarinho
Entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho
Nos carregam pela mão

É a moça da Cantiga
A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição

O poder que nos levanta
A força, que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz
Dona! Dona!
Dona!Dona! Dona!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VOU TER QUE - 25/10/09

Meus pés estão cansados de tentar te entender
Seguindo seus passos em vão, por esse chão tão cheio de buracos que você insiste em caminhar
Descobri uma estrada nova
É logo ali
Se você quiser...Chegou sua vez de me seguir
Se não quiser...Vou ter que te abandonar


Débora Vasconcelos

CASTELOS IMPERFEITOS - 23/10/09


Eu tenho pressa de vida
Tenho que resolver as coisas agora
Nada pode ficar pendente
Esperando a sua decisão, sua resposta

Preciso me empenhar diante do novo
O que é autentico me atrai
Você se distrai com o supérfluo
E eu tenho que ter força pra continuar só

Sua incerteza destruiu tudo
Tudo aquilo que podia ser
Os castelos imperfeitos de um amor profundo
A chama de tudo que poderia arder

Você não me assumiu mais uma vez
Me deixando a mercê do destino
A sua certeza era a única coisa que você poderia me dar
Ir embora seguindo o instinto
É a única coisa que vai me restar

E mesmo depois de tanto tempo
Você não foi homem pra bancar
Aquilo que você diz querer
Mais não consegue demonstrar

Porque eu vou me submeter a caminhar em cima do seu muro?
E nunca em nenhum dos lados poder me jogar?
Porque eu faria isso?
Por alguém que só sabe me sonegar

Faltou coragem sua
Sobrou medo de se entregar
Faltou certeza naquela hora
Em que tudo poderia mudar

E eu ia ter que arriscar muito
Muitos desgastes ter que ultrapassar
Muito choro, muitos distúrbios
Por alguém que nem certeza soube me dar

Então vai pensar
Pense nove meses
Pense nove anos
O resto da vida você terá pra pensar

Enquanto eu vivo de desenganos
Você vive a se enganar
Sua fraqueza e nosso egoísmo
Fez o pouco que tínhamos desandar

Débora Vasconcelos

LEVADA DA BRECA - 17/07/09


A espevitada
A sapeca
A Rebecca
A levada da breca

O amor mais singelo
Um dos mais belos

A Rebecca
Boneca
Princesa
Certeza
De um amor sem fim

Arteira
Diz coisas impensáveis
No seu mundo cor de rosa
É a mais bela rosa
Que um dia fez florir

Um sorriso sincero
Um ciúme eterno da tia
Que também te ama assim

Difícil descrever essa figurinha
Essa garotinha que fez eu enfrentar meus próprios medos
Ir de São Paulo ao Rio de Janeiro
Em uma moto por um triz

Garota esperta
Carioca, sabida, engenhosa
Garota linda, a florzinha do jardim

Débora Vasconcelos

FILHO – 25/10/09


O lugar na janela do ônibus já não é mais meu, desde que ele nasceu
As minhas noites de sono agora pertencem a ele
Mesmo nas que durmo o sonho é dele
O último pedaço do chocolate
O melhor lugar no sofá pra que ele a mim se encaixe
O melhor cobertor...
Mas antes dele nascer
Quando eu decidi pai ser
Foi que tudo mudou
As conseqüências dos meus atos já não eram só minhas
As atitudes tinham que ser bem pensadas
Milimetricamente calculadas pra que ele não viesse a sofrer
Não foi seu nascimento que me fez amadurecer
E sim foi eu ter aceito você
Dentro do ventre imaginário que um pai pode ter
Fiquei ansioso com sua chegada
Não me importei com mais nada
Só quis segurar você
E em seus olhos eu olhava
Esperando dentro deles me reconhecer
Buscando retomar a sensibilidade que me faltava
Mudando o meu jeito de ser
Por você meu filho eu abri mão de coisas que eu achava fazer sentido
Mais preferi não ter que escolher
E como era fraco, não soube entender que um dia você irá crescer
Decisões vai ter que tomar
E quem eu vou ser pra poder te ensinar ?
Qual o melhor caminho a se percorrer
Se nem eu mesmo soube direito conciliar meus sentimentos
Pra um dia te convencer
De que sou um homem 100% resolvido e de que nada tenho a me arrepender

Débora Vasconcelos

A QUEDA - 24/10/09

Difícil foi entender que eu ainda estava viva depois daquela queda
Sim, pasmem, eu ainda estava viva
Mesmo que machucada, eu ainda respirava
E reagir com meus respiros e com os meus gritos, que antes só a mim amedrontavam, era uma expressão de força diante de tudo que eu passara
Fazer do medo a fé
E do improviso o show
Das circunstancias mais estranhas que a vida me presenteava, fazer o milagre da superação
E como é difícil superar o próprio coração
Por isso demorei tanto a acreditar que ainda estava viva


Débora Vasconcelos

MÚSICA:VAMBORA - Adriana Calcanhotto

Composição: Adriana Calcanhotto

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Prá mudar a minha vida
Vem, vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva...

Ainda tem o seu perfume
Pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara?
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz...

Ainda tem o seu perfume
Pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara?
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ME SEJA – 19/10/09


Me abrace sem preconceitos contra o que eu fui
Me leve pra onde eu não conheço e me faça sorrir
Me sinta e tira esse medo de mim
Me aplaude, sem medo de parecer menor assim
Me guia e me desnorteia
Me privilegia com suas histórias de amor.
Me sossega quando eu estiver veloz
Me atiça, me cobiça, me atira aos seus pés e as suas mãos
Me faz não tentar viver em vão
Me ensina a mudar de opinião
E me faz eu te querer tão bem
Me aperta contra as paredes do teu corpo
Me salpica a sabedoria de um louco
De um louco de amor
Me entende, mesmo que calado
Me grita, quando não estiver errado
Me incendeia, antes que eu tenha me apagado
Me ignora, quando eu já estiver demasiado
Me livra da prisão
E me prende em seus pecados
Me abriga em seus braços apertados
Me deseja, sempre ao seu lado
Me interpreta, mesmo que mal interpretado
Me enxerga, me desconcerta
Me faz esquecer o passado
Débora Vasconcelos

PEDRAS NO LIQUIDIFICADOR – 17/10/09

Falar contigo é como jogar pedras no liquidificador.
Dói aos ouvidos, é uma agonia sistemática que quebra a engrenagem do que antes funcionava, assim sem dor e sem uso. O diálogo.
Mais eu preciso triturar esses problemas para que eu possa engolir, pois enfiar goela abaixo a seco, não dá.
E tentar transformá-las em pó, não dá a certeza de que eu irei digeri-las.
Por isso é tão difícil falar contigo.
Expor o que eu sinto, sem me expor ao ridículo.
Acreditar que você estará ouvindo todos os ruídos das suas pedras no liquidificador.
Que a mim causam tanta dor, por carregá-las em silêncio.


Débora Vasconcelos

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UM MARCENEIRO CHAMADO DEUS – 23/09/09


- Cortar essa árvore não vai ser fácil! Ter que feri-la a machadadas, matar algo que eu mesmo plantei quando criança. Acabar com aquilo que cultivei. E entender que hoje todos esses anos de dedicação e amor se tornaram uma ameaça, não só para mim, como também para minha família e minha casa, não será nada fácil!
A árvore foi plantada no lugar errado, muito próximo da casa e agora suas raízes ameaçam a estrutura dela.
Quando jovem não podia imaginar que essa árvore cresceria tanto assim, não tinha idéias da proporção que ela iria chegar.
Não imaginava que um dia suas raízes fossem querer entrar em minha casa. Não tinha idéia que eu sofreria tanto assim.
Mas enfim a árvore agora deve ser podada.
Terei que eu mesmo matá-la a machadadas, independente do amor que nela cultivei.
Agora parado aqui diante da árvore com o machado em minhas mãos eu sei que daqui a pouco a sua sombra será passado. E que aqueles galhos em que a minha rede balançava não existiram mais no alto, estarão no chão em vão. E daqui a pouco tudo será passado.
Difícil decisão, mas não tenho pra onde me mudar, então vou ter que conviver com o vazio dela na paisagem e quando abrir a janela de manhã ela não estará mais lá.
Difícil vai ser acostumar com a sua ausência assim tão de repente, pois foram muitos anos para que ela estivesse neste tamanho e agora terei que ignorar tudo de bom que ela me deu e como um homem de coração frio, terei que matá-la.
Infelizmente no amor às vezes também é assim. Às vezes temos que acabar com um amor que a pesar de amá-lo pode a qualquer hora nos ferir. É preciso estar preparado pra colocá-lo apenas no passado. É preciso seguir.
Às vezes são muitos anos cultivados, mais que só serviram pra nos iludir.
Difícil é ser forte, dar a segunda machadada, cortar a árvore até o fim.
Difícil é se manter afastado desse amor que assim como a árvore não faz mais sorrir, só trás preocupação e dor.
Difícil é admitir.
Não é fácil acordar na madrugada e constatar que não há ninguém ali.
Abrir a janela e não encontrar mais nada. – Cadê a árvore que estava ali?
Independente do amor que sentimos, às vezes é preciso impedir que continuemos nos ferindo com seus braços, raízes e galhos, que agora virarão passado.
Já que no presente não foi possível conviver.
Mas quem sabe com os anos ela possa realmente entrar em minha casa, se Aquele velho marceneiro que pegou seus troncos decidir fazer um móvel e me trazer aqui como Ele prometeu. Quem sabe assim a árvore possa conseguir o que ela tanto queria...habitar a minha casa.
Quem sabe assim ela ainda será de grande serventia e ainda possa me fazer sorrir.
Mas isso é algo que não depende mais de mim.
Deixe que o tempo resolva esse vazio que agora habita em mim.
E o amor que tive por ela, eu sempre terei em meu coração. A pesar de tê-la colocado no chão, pois é preciso seguir.


Débora Vasconcelos

O CÉU E O INFERNO - 12/08/09


O céu e o inferno estão no mesmo lugar...dentro dele
Olhos de fogo a me tatuar
Com suas mãos pesadas em meu corpo a tocar
O céu e o inferno estão dentro dele

A certeza da presença, a paz de contigo estar
Virou um vício constante
Eu fecho os olhos, mas insisto em te olhar
O proibido é irrelevante
Porque você revela um novo eu a todo instante

Tenho diversas máscaras que eu nem sabia
Nunca as tinha usado, nem sabia que a mim pertenciam

O céu e o inferno estão no mesmo lugar
No corpo dele, exuberante

A fé de que só no prazer pode se acreditar
A descrença de que há laços confiantes
Que a excitação não possa cortar
Com movimentos insinuantes


Débora Vasconcelos

MÚSICA: GUERRA PERDIDA - Luciana Mello

Composição: Jair Oliveira

Mentira
Uma bomba
Que explode no meio do peito de quem espera
Que mira!
Que coisa louca!
Comigo em seu raio de ação, você não erra
É minha guerra perdida
Alma ferida
Quantas vezes me tornei sua prisioneira
Mas sem a paz verdadeira
Não sou guerreira
Me cansei desse jogo
Entreguei meu desejo
Então

Vai e não volta mais
Pra eu não ter que te ver
Pra não ter que sofrer de novo
Vai e não liga mais
Pra não ter que te ouvir
Pra não ter que sorrir
Pra não chorar de desgosto