É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 31 de agosto de 2010

APENAS VALE VIVER PRA AMAR (FOI A CANETA QUE FICOU NA BANDEJA) – 31/08/10


Você esqueceu uma caneta na bandeja
Foi a caneta que me fez lembrar
Lembrar de quem não esquecia
Na bandeja da vida, a me procurar

Te reconhecer tão minha
Quando a caneta veio me entregar
Uma bandeja vazia
E muitas histórias pra contar

Parecia de mentira
Mas verdades era o que eu tinha pra te dar
Eu, você, a bandeja
E a caneta a nos ligar

Provocando sensações
Prontas pra se expressar
A bandeja estava limpa
Mas não reluzia o seu olhar

Onde você havia perdido...
...A alegria de nos contagiar?
Será que havia esquecido?
Onde é que ela foi parar?

Antes que eu possa te devolver a caneta
Quero um sorriso sincero
De seus lábios ver brotar

Morrer de amor não vale a pena
Apenas vale, viver pra amar


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O PONTO


Às vezes passo do ponto
Às vezes durmo nele
É tão difícil se achar o ponto
De um doce, de um amor, de um azedar
Não sei qual é o ponto certo
O momento de se falar
E aponto contra eu mesma
Se preciso alguém culpar
Logo entro em desespero
Por não saber pontificar
Então apronto de outro jeito
Sem ponto aprender dar
Em vários nós que transbordarão
E que se afrouxaram
Sem eu notar

Débora Vasconcelos

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ANTI SALA DA SEPARAÇÃO - 26/08/10


Tive uma reação alérgica
Quando vi tanto amor
Transformado em moléstias
Quando percebi que são poucos que saem ilesos
Sem hematomas no peito
Que conseguem novamente acreditar
Em uma situação que já deu tanto errado no passado
Entrei em choque anafilático
Quando percebi que não sarei
Que ainda busco culpados
No meu egoísmo barato de querer tudo pra mim
De não saber mais dividir
Depois que eu fui roubada
Depois que percebi que nada vale nada
Tanto quanto o que se tem no coração
Essa paz de mim furtada
Talvez virá na madrugada
Em um abraço sem fim
Se alguém souber dá-lo pra mim
Mas ainda tenho medo
Do estado civil: Casada
Não quero que termine aqui
E por medo do fim
Não começo
Vivo no meio de um amor
Meio que retrocesso
Meio que deixo de viver
Por medo de perceber o quanto vale a pena amar
E saber que se é amada
Mas ainda há coisas pra se ajustar
Pra que eu não passe novamente por aqui
Desta vez testemunhando sobre mim

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O QUE FOI QUE DEIXEI NA BANDEJA - 25/08/10

Sabe aquela frase: "- Prefiro não comentar!", pois é, descobri que ela também pode ser dita para coisas boas, tão boas que nos deixam perplexos e sem palavras. Afinal, o que dizer diante de tal homenagem que recebi em forma de comentário...

O QUE FOI QUE DEIXEI NA BANDEJA

O que foi que deixei na bandeja...
Eu já não lembro mais?
Só sei que você tinha gosto da cereja
E eu um aroma de hortelã

Você se lembra daquele disco alienígena
Nele tinha uma canção dos anos 50
Você tinha o gosto de um poema
E eu o aroma da maçã

Lembra aquela rua antiga
E aquele beco sem nome
Eu lembro que sentia sono
E você guardava a fome

Você se lembra do que eu deixei na bandeja?
Eu te escrevi um poema
E você me trouxe a maçã
Débora... Você se lembra?

Você se lembra daquele D
E do calor que fez o dia
Eu tinha na boca o gosto da cerveja
E você o olhar da poesia.

Ricardo Rossi - S.C.Sul 25/08/2010 21:35h
http://luarx.blogspot.com/

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DIANTE D - 30/01/09

QUADRO: DUAS VIDAS - RICARDO ROSSI


E mais uma vez conversando sobre música, falávamos sobre músicas com nomes próprios como: Ana Júlia, Carla, Juliana etc... e comentei que eu amo o meu nome Débora, por ser um nome forte, marcante, porém muito difícil de ser rimado e que só conhecia uma música com meu nome (Flagra – Rita Lee)... No escurinho do cinema, chupando drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz...Se a Deborah Kerr, Que o Gregory Peck..., mais que era realmente difícil encontrar meu nome em alguma poesia ou canção e teria que me contentar com essa música eternamente como expressão de Arte demonstrando o meu nome.
Eis que fomos para praia, nadamos muito, brincamos, corremos...mas o Ricardo não entrou na água, ficou só observando.
No outro dia repetimos o feito de ir a praia e ele não quis nem sair do apartamento.
Quando voltamos esfomeados, com tanta energia gasta com a agitação do mar.
Ele me mostrou o poema abaixo e meus olhos se encheram de lágrimas, não sabia como agradecer.
Ainda por cima ganhei esse quadro (que desde que chegou em casa nunca saiu da cabeceira da minha cama) que ele havia pintado bêbado chamado: Duas Vidas, e que representa muitas coisas na minha vida, principalmente a lembrança daquele final de semana que jamais vou esquecer.
Já se passaram mais de quatro anos e agora chegou à hora de agradecer singelamente tudo que você me deu (Arte Pura), postando aqui em meu blog a profunda admiração que tenho por ti e por sua história de vida. Meu simples, muito obrigada Ricardo.

DIANTE D

Diante da perplexidade de um “D”
Fui ao encontro do antes de vir se-a-ser
E não fomos mais que criança.
E não fomos mais que as palavras, guardadas no silêncio.
Meus olhos te buscaram...
E te vi fundir-se as águas de um mar sem fim
No escuro d’água e de um céu sem estrelas
E te vi mulher...e te quis menina...e te fiz criança
Um peixinho, que pelo mar da alma em um peito solitário,
Deixou n’água um rastro, testemunha do que vívido, agitava.
E de um “D” perplexo... Débora gritei teu nome.
E minha voz não foi além de um silêncio
E meus olhos, não foi mais que alegria, de ter na vida te encontrado.
E assim perplexo pelo “D” deixado, ao cruzarmos a ponte desta vida.
Em “D”, Débora...este meu canto, te dedico!

Ricardo Rossi
São Vicente, 22/01/2006 – 11:27h

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ESTÁBULO – 19.08.10


Quando cheguei, ele estava com um chicote na mão.
Tinha uma doma precisa.
Queria que aquela crina que ele puxava com força, fossem meus cabelos.
Mas não demorou muito pra ele domar os cavalos, éguas, unicórnios e todos os outros bichos que havia dentro de mim.
Era pago apenas pelas aulas de equitação e de brinde me dava excitação.
Uma cara de macho, cheiro de homem. Não resisti quando ele me disse que eu era dele.
E sem previsões num dia em que tudo estava vazio, a chuva caiu sem dó. Ele me tirou do cavalo e meu corpo se debruçou contra o dele pela primeira vez. A água fez escorregar, mas as mãos dele eram cheias de certezas e permaneceram assim sem tirar dos meus seios. Eu pulei pra alcançar o seu beijo de baixinha que sou. Atracados corremos já encharcados por dentro e por fora, para o estábulo.
Abriu minha camisa num movimento só, eu me esquivei e ele me domou. Fugia do que eu mais queria, lutamos de amor.
Eu que sempre quis parecer sexy pra ele, me via ali despida de vaidades, no meio do feno, com os cabelos grudados no corpo com a água da chuva ou do suor.
- Ah! E como eu suei!
E quem diria? A melhor aula de cavalgada que tive na vida, foi dentro e não fora do estábulo.
Débora Vasconcelos

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ANEL SEXTAVADO – 17/08/10


Sextavado era o anel de Cecília
Mas ela não sabia o que era sextavado.
Ela o havia achado, escondido, quase que embaixo do trilho do trem.
Sextavado era o sentimento que Cecília tinha por um homem.
Seguro por seis pilares desnivelados:
Solidão, aconchego, raiva, remorso. Amor e Ócio.
Ódio não! Isso era pesado de mais para o corpo frágil de Cecília.
Que caminhava entre os arrependimentos de sua vida, sobre os trilhos do trem.
Intenção nenhuma ela tinha de se matar, tentava mesmo era juntar as latinhas atiradas pelas janelas apressadas.
No meio do lixo o luxo de um anel sextavado, que vivia ali largado, assim como ela, nos trilhos do trem.

Débora Vasconcelos

terça-feira, 17 de agosto de 2010

3000 VISITAS


Galera, estou muuuuito feliz, muito obrigada pelas 3000 visitas.
Não estou com tempo para digitar as coisas que estou escrevendo e ultimamente estou fazendo alguns artesanatos, desenhos e outras coisinhas também. Mas eu não vou abandonar o blog não. Quero agradecer aos novos seguidores, infelizmente não estou conseguindo nem divulgar o blog, fico curiosa sempre que alguém novo me acha...Muito obrigada a todos que deixam comentários.
Fiquem com Deus!!!
Beijitos
Débora Vasconcelos

AO MENOS AMOR


Amanheci despertando amor
Amei assim a minha batedeira velha com a bacia remendada que comprei na época de faculdade, já usada, pois com ela faço bolos tão bons, ou ainda melhores, do que quem tem uma batedeira cara
Amei o quebra-cabeças emprestado que consegui finalizar, exposto ali na mesa
Amei meu cobertor velho que me esquenta, quando vi um gato com a pata quebrada, procurando meu tapete pra se esquentar
Amei minha casa bagunçada, pois tenho saúde e a oportunidade de arrumá-la
Amei assim sem mais nem menos a minha rotina desregrada que sempre se atrapalha na hora em que preciso me disciplinar
Amei meus livros espalhados, os cadernos escritos amontoados
Amei ter isso pra deixar
O amor que do meu peito se espalha pelos lugares que passo, pelas conquistas que faço
Amei ter ao menos Amor pra dar


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

UMBIGO – 11/08/10


Parece que está paralisado
Mas se movimenta imperceptivelmente
E com a passagem do tempo
As coisas mudam sem que você se dê conta
E quando viu, já foi
E quando teve, já perdeu
E quando valorizou, já morreu
Atrás das sombras tenta se esconder
Pra não demonstrar toda sua dor
Ainda sente dor
Não sabe se desculpar
Porque prefere fingir que nada lhe incomoda
Talvez não faça diferença mesmo
O que fez diferença já passou
E agora arrasta os dias na sola dos pés
De cabeça erguida
Com o único sentimento que lhe sobra
Orgulho
É o que sustenta sua coluna e o teto de vidro
Tão triste viver assim
Mas ele prefere, a amargura em vez de sorrisos
Em vez de amigos e histórias pra contar
Não sabe se desculpar
Não sabe se interessar por algo que não seja o próprio umbigo
Débora Vasconcelos

MÚSICA O UNIVERSO A NOSSO FAVOR - Charlie Brown Jr.

Composição: Nicolas C / Danilo C / Rodrigo C. / Vitor I. / Chorão

Meus olhos hoje brilham mais
O mundo roda e tudo muda num instante
Procure a luz que vai te libertar
Eu vejo, aprendo e sou capaz
De transformar o medo em algo irrelevante
Sem grades pra me aprisionar

Meus olhos hoje brilham mais
Aquele beijo vindo intenso como antes, da luz que pode libertar
Eu vejo, penso e sou capaz
De viajar o mundo todo num instante
Sem apegos pra me ancorar

Então dorme anjo
Meu pensamento voa livre, leve e solto, louco
O universo inteiro conspira a nosso favor (2x)

A natureza sempre traz
Todas as formas pra se atingir o estado
Os tormentos não vão te alcançar
E nada é mais eficaz que o pensamento positivo amplificado
Sem anseios pra te aprisionar

E se você observar o mar
Vai ver que a vida é mutante como a cidade
Ninguém pode nos rotular
Perder, ganhar, deixar rolar
Intensidade agora em algo novo
A vida tem que se renovar

Então dorme anjo, não vale a pena preocupar-se por tão pouco
O universo inteiro conspira a nosso favor (2x)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

OUTRA ATMOSFERA – 05/08/10

Não sei se é porque nos vemos pouco
Ou se por pensarmos parecidos
Não sei se é porque não somos exatos
Ou porque somos mais que amigos
O amor inabalável de amantes destemidos
Não sei ao certo porque é
Mas ele me faz estar em outra atmosfera
Muda até o meu ar
Vê-lo depois de dias de espera
Diferentes para o mundo, no nosso universo somos iguais
Maior valor ao que não tem sentido
Pra quem ainda não sabe que o simples é majestoso
Que um sorriso tem que ser gostoso
Sem falsidade no olhar
Corpos automaticamente atraídos
Como imãs querem se colar
Quebramos todo o mecanismo
Do que tem regra pra se alegrar
Não buscamos respostas
Ao que basta apenas se entregar
Um abraço
Um gemido
Algo bom é concordar
Em outra atmosfera estamos mais vivos
Respiramos do mesmo ar

Débora Vasconcelos

ANTES - 29/07/10

Antes de ter casa
Quero ter asas
Antes de ter um
Quero ter outros
Antes de ser sua
Quero ser minha
Antes de você perceber
Eu já parti
Antes de você entender
Já me perdeu
Antes de eu voltar
Vou ir
Pra muito além de mim
E de tudo que você conheceu
Antes fosse fácil
Só antes
Agora é difícil mudar o que houve...Antes



Débora Vasconcelos

MÚSICA: 20 e POUCOS ANOS – Fábio Jr

Composição: Fábio Jr

Você já sabe
Me conhece muito bem
Eu sou capaz de ir
Vou muito mais além
Do que você imagina...

Eu não desisto
Assim tão fácil meu amor
Das coisas que
Eu quero fazer
E ainda não fiz

Na vida tudo tem seu preço
Seu valor
E o que eu quero dessa vida
É ser feliz

Eu não abro mão...
Nem por você

Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos

Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos...(2x)

Tem gente ainda
Me esperando prá contar
As novidades que eu
Já canso de saber

Eu sei também
Tem gente me enganando
Ah! Ah!Mas que bobagem
Já é hora pra crescer

Eu não abro mão...
Nem por você

Nem por ninguém
Eu me desfaço
Dos meus planos

Quero saber bem mais
Que os meus 20
E poucos anos...(4x)