É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

FILME: EM PARIS

Ontem assisti um filme lindo na TV Cultura, chamado: Em Paris.
Entre várias cenas fortes...a que me encantou foi a descrita perfeitamente abaixo por: Moreno Osório

“Em Paris” - por: Moreno Osório
No filme “Em Paris”, Paul (Romain Duris) sofre com fim do seu relacionamento com Anna (Joana Preiss). Cansado de não encontrar alternativas para sair da fossa, ele pega o telefone para tentar por um fim à sua angústia. O resultado é a bela cena abaixo. A música é “Avant La Haine” (”Antes do Ódio”), escrita por Alex Beaupain – que assina as trilhas musicais de vários filmes de Honoré.

A letra mostra um momento de dúvida. Como superar o fim quando ainda apostamos no amor? Como saber quando o amor, na realidade, deixou de existir? Que aquilo que sentimos não é mais amor, e sim a falta, a dor da ausência, a lacuna deixada pelo próprio amor? Paul e Anna cantam essas incertezas. Ele reconhece o seu estado agonizante e tem uma “ideia terrível”: terminar qualquer tipo de relação que ainda exista com Anna “antes do ódio”. Antes que sua condição deplorável comece a determinar seus sentimentos por quem até então era devoto. Ele não quer odiá-la, por isso aposta na separação. Anna diz que não – ainda que também não tenha certeza do sim. Diz que um beijo faria tudo isso passar.
No belo dueto, Honoré nos mostra novamente a impossibilidade do amor, mas agora no momento da quebra, da ruptura. O sentimento deixa de existir e pega Paul e Anna despreparados. Querem ficar afastados antes do ódio, mas querem permanecer juntos porque ainda acreditam no poder do toque. Eles querem continuar se amando. Mas isso já não é mais possível.
Honoré transforma em poesia o exato momento (que parece infinito) em que nada resolve. Ela diz que prefere “as tempestades do inevitável” a ter de perder definitivamente aquele amor. Mas sabe que, naquele momento, não podem e nem conseguiriam estar juntos. Ainda que talvez seja, no fundo, o que eles querem. Sentem falta um do outro, da companhia, do carinho. Resta apenas uma angústia sem fim.

Link:da reportagem:
http://screamyell.com.br/site/2010/07/01/a-impossibilidade-do-amor-em-3-cenas/
Link da parte do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=SMPGp4nDA10

MÚSICA: Avant La Haine – Filme: Em Paris

Romain Duris & Joanna Preiss

Lui :
Sais-tu ma belle que les amours
Les plus brillantes ternissent
Le sale soleil du jour le jour
Les soumet au suplice

J'ai une idée inattaquable
Pour éviter l'insupportable

Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout
Brisons-là s'il te plait

Elle :
Mais je t'embrasse et ça passe
Tu vois bien
On s'débarrasse pas de moi comme ça

Tu croyais pouvoir t'en sortir,
En me quittant sur l'air
Du grand amour qui doit mourir
Mais vois-tu je préfère
Les tempêtes de l'inéluctable
A ta petite idée minable

Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout
Brisons-là dis-tu

Lui :
Mais tu m'embrasses et ça passe
Je vois bien
On s'débarrasse pas de toi comme ça

Lui :
Je pourrais t'éviter le pire

Elle :
Mais le meilleur est à venir

Ensemble :
Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout

Lui :
Brisons-là s'il te plait

Elle :
Mais je t'embrasse et ça passe
Tu vois bien

Ensemble :
Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout

Elle :
Brisons-là dis-tu

Lui :
Mais tu m'embrasses et ça passe
Je vois bien

Lui :
On s'débarrasse pas de toi comme ça

Elle :
On s'débarrasse pas de toi comme ça



ANTES DO ÓDIO (Tradução)

Lui :
Saiba, minha linda, que os amores
Os mais brilhantes se sujam
O sol sujo do dia a dia
Submetem-lhes ao suplício

Tive uma idéia inadequada
Para evitar o insuportável

Antes do ódio, antes dos golpes
Dos assobios e dos chicotes
Antes da pena e do desgosto
Vamos terminar, por favor

Elle :
Não, eu te beijo e isso passa
Você bem sabe
Não se livre de mim assim

Você acredita que vai se sair bem dessa
Me abandonando ao léu
Do grande amor que deve morrer
Mas você sabe que eu prefiro
As tempestades do inevitável
À sua pequena idéia destrutiva

Antes do ódio, antes dos golpes
Dos assobios e dos chicotes
Antes da pena e do desgosto
Você diz para terminarmos

Lui :
Mas eu te beijo e isso passa
Eu sei bem
Não me livro de você assim

Lui :
Eu poderia evitar o pior

Elle :
Mas o melhor está por vir

Ensemble :
Antes do ódio, antes dos golpes
Dos assobios e dos chicotes
Antes da pena e do desgosto

Lui :
Vamos terminar, por favor

Elle :
Não, eu te beijo e isso passa
Você bem sabe

Ensemble :
Antes do ódio, antes dos golpes
Dos assobios e dos chicotes
Antes da pena e do desgosto

Elle :
Você diz para terminarmos

Lui :
Mas eu te beijo e isso passa
Eu sei bem

Lui :
Não me livro de você assim

Elle :
Não me livro de você assim

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

QUESTIONAMENTOS – 21/01/09


Você já mergulhou num riacho
Já fez força com os braços, lutando contra a correnteza
Misturando força e cansaço, pra afogar a tristeza
Enquanto o organismo se refaz
Com as energias da natureza?

Você já enfrentou o seu medo
Sem nenhuma necessidade urgente
Simplesmente pra saber se é capaz?

Já passou frio de bater os dentes
Pra esquentar alguém que amou até de mais?

Você já se arrependeu de ter ido embora sem pensar
Depois de uma briga ou de um beijo
Sem se quer olhar pra trás?

Você já chorou escondido
Com vergonha até de si?

Já teve um colapso de egoísmo
Pensando só no seu umbigo
Sem se preocupar com os demais?

Já consultou uma cigana
Horóscopo ou coisa assim
Pra ter certeza do que já sabia
E não conseguia expressar?

Você já chorou de alegria?

Abriu o coração num dia
E se trancou nos demais?

Você já se perguntou o que quer da vida?
E o que a vida te trás?

Você já fez algo para sua melhoria
Sem sentir culpa pelos que não vão atrás?

Você já se perdoou por ter se ferido?

Você já teve um grande amigo
E soube conservar?

Você já mentiu quando jamais devia ter mentido?

Já olhou nos olhos e não soube que respostas dar?

Você já teve certeza, mais não quis apostar?

Você já perdeu a razão quando foi tomado por uma emoção
Que até agora não sabe explicar?

Você já tentou muito lembrar de algo que esqueceu?
E não se esqueceu de algo que nunca mais queria lembrar?

Você já guardou uma fisionomia certinha, de alguém que provavelmente não irá mais encontrar?

Você já teve um sonho de estar caindo e assustado acordar?

Você já foi falso pra conseguir algo?

Você já teve sonhos?
Alguns, chegou até a realizar

Você já se sentiu vazio quando o frio da noite veio pra machucar?

Parabéns! Você é um ser humano, tem o direito de sentir tudo isso
Só não tem o direito de julgar

Débora Vasconcelos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MARINHEIRO DOS SEUS OLHOS


Seus olhos eram mais profundos que mergulhar no meu passado
E eles eu tentei ganhar com minha respiração de afogado
Falando rápido, perdendo o ar
Quis explicar o que guardei durante muito tempo
Nem sabia que era eu dono de tanto sentimento
Diante do que os seus olhos foram capazes de me mostrar
Me cegaram por um momento
Me puxaram em seu mar a dentro
Eu naufraguei sem esperar
E a deriva de seus pensamentos
Fui marinheiro por querer amar
E fui maior que o mar refletido em seu espelho
Em seu peito eu aprendi a ancorar
Me entreguei de corpo inteiro
Por sua terra, céu e mar

Débora Vasconcelos

MÚSICA: A ESTRADA – Cidade Negra

Composição: Toni Garrido / Lazão / Da Gama / Bino

Você não sabe o quanto eu caminhei
Pra chegar até aqui
Percorri milhas e milhas antes de dormir
Eu não cochilei
Os mais belos montes escalei
Nas noites escuras de frio chorei,
ei, ei
Ei ei ei..uu..

A Vida ensina e o tempo traz o tom
Pra nascer uma canção

Com a fé no dia-a-dia
Encontro a solução
Eu encontro a solução

Quando bate a saudade
Eu vou pro mar
Fecho os meus olhos
E sinto você chegar
Você chegar

Psicon, Psicon, Psicon

Quero acordar de manhã
do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado,
No teu seio aconchegado
E ver você dormindo e sorrindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim, quero...
Quero acordar de manhã do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado,
No teu seio aconchegado
Ver você dormindo ‚ é tão lindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim

Meu caminho só meu pai pode mudar
Meu caminho só meu pai
meu caminho

Meu caminho só meu Deus pode mudar
Meu caminho só meu Deus
Meu caminho

AQUELA CARTA – 19/10/10


De tempos em tempos
Eu abro aquela carta
Toco aqueles cabelos que você deixou num pacotinho
Sinto um cheiro de Vida
E recarrego as minhas forças
De tempos em tempos
Eu preciso desse toque
O papel não satifaz a saudade de seu braços
Mas me faz ter mais certeza
De que você realmente existe

Débora Vasconcelos

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

HÁ SÉCULOS EU NÃO SEI NADA DE TI – 14/10/10


Entrei no quarto em que todos os dias eu habito
Mas senti ali sua ausência tão forte e presente
Sei que você nunca pertenceu a aquele lugar
Mas como eu pertencia e você esta em mim...
...Senti sua falta
Senti minha falta naquele quarto também
Que estava se esvaindo na mudança
Que mudava minha paisagem habitual
Mas você não era um habito
Mas sempre habitou em mim
Só que eu senti sua real inexistência naquele quarto
Quis chorar, quis fugir
Por não saber como continuar sem sua presença
Que antes batia forte dentro de mim
Foi difícil entender
Que a verdade é que...
...Há séculos que não sei nada de ti

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

NUDEZ – 14/10/10

A nudez dele é tão doce
Que a bebo em um gole só
Com ganância em meu paladar
Porque não sei se me embriagarei dele amanhã

Em suas costas escorre o suor
Que de mim se esvai na testa
Agarro o seu corpo firme
E contraio os meus músculos
Sendo mesmo assim sereno
Dentre tantos solavancos

Não há tempo pra tantos chamegos
Estamos sempre prontos
Para um possível desapego
Pois nos queremos bem
Além da necessidade do ter
Queremos que o outro seja
Mais do que hoje é

E que haja sempre um retorno
Que sempre encontre lugar nos braços
Para o re-pouso
Para compartilhar o que foi novo
Neste seu desabrigar

A nudez dele é tão doce
Porque é leve de cobranças
A nossa única exigência
E a felicidade explicita
Que devemos conquistar
Aonde quer que se vá
Aonde quer que se volte
Aonde quer que se esteja
Seja!
Tenha a felicidade tão nua
Sem medos de se mostrar

Débora Vasconcelos

INÍCIOS, MEIOS E FINS – 06/10/10

De inícios em inícios sigo meu rumo
Me perco em alguns finais
Mais no meio me acho enfim
Dentro de mim e em outros mais

Débora Vasconcelos

MÚSICA: É HORA DA VIRADA – Ana Carolina

Composição: Ana Carolina / Totonho VIlleroy / Eugenio Dale

Pode ir se preparando, se arrumando
que agora eu quero mesmo te desarrumar
Pode ir me aguardando eu to chegando
E to com tudo pronto pra te incendiar
O amor ta me seguindo, me botando na parede
E agora não tem jeito eu vou acelerar
Eu vou chegar com tudo, vou te pegar de jeito
Você não vai ter tempo nem pra respirar

Mas eu não vou te esperar, se você não resolver
Se tem medo de me acompanhar
Pode deixar, eu me mando sem você

Eu já gritei, eu me arrisquei,
Eu me queimei, eu fiz de tudo
Eu me pus no seu lugar,
E se você não responder não perco mais nenhum segundo
Nada vai me segurar

Não vou ficar marcando passo,
Me diz agora se você vem comigo ou se vai ficar
Eu já to largando tudo caindo fora
Nada mais me prende aqui nesse lugar
To mudando o meu destino
Joguei fora o que não presta
Agora eu quero mesmo eu vou enlouquecer
É hora da virada partir pro tudo ou nada
Eu não to com nem um tempo pra perder


Mas eu não vou te esperar, se você não resolver
Se tem medo de me acompanhar
Pode deixar, eu me mando sem você

Eu já gritei, eu me arrisquei,
Eu me queimei, eu fiz de tudo
Eu me pus no seu lugar,
E se você não responder não fico mais nenhum segundo
Nada vai me segurar