É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MAIS UMA - 03:22h - 17.02.2012

Mais uma se libertou
E esta indo embora
O que a gente não consegue resolver dentro
Mais fácil tentar lá fora

Ela optou por sofrer menos
Do que está sofrendo agora
A fase de adaptação passa
Mas dor de amor demora

Toda a mudança no caminhão
É bem menor que a mudança no peito
Certas coisas a gente concerta
Certos homens nunca tem jeito

É como se recuperar de um luto
A agonia não cessa
Mais uma hora o sol volta a brilhar
E a gente volta a ser o que era

Numa versão mais melhorada
Talvez mais inteligente
A rede que ele lançou nunca mais vai pescar
Uma mulher igual a gente

De todas coisas quebradas
Não houve perda maior
Do que as escolhas tomadas
O coração diminui, mas a cabeça dilata

O mundo novo de possibilidades
Se abre a partir de agora
Basta saber aceitar toda a nova felicidade
Sem se culpar como outrora

Redescobrir o prazer nos detalhes
E se tornar mais forte que um rochedo
Não deixando nunca o medo dominar
E não voltar por desespero

Mais uma se libertou
E esta indo embora
O que a gente não consegue resolver dentro
Mais fácil tentar lá fora

Débora Vasconcelos

MÚSICA: SÓ SORRISO - Maria Gadu e Dani Black

http://www.youtube.com/watch?v=BnKoVDeMA4E

Compositor: Dani Black

Quando eu olho pra você
Vejo silêncio e lágrima
Incrustados num mundo de solidão
O que se mostra o que dá pra ver não é lástima
Do que de fato habita o seu coração

Tanta coisa parada sem par
Tanta coisa presa
Na tristeza de se refrear
O que a vida mais preza
A certeza de ser fiel
A própria natureza

Como você poderia saber
Se nesse mundo seu
Você não dá motivos ao sol
Pra clarear nova era
Você não dá ouvidos ao som
Que anuncia a quimera
Você não agoniza de amor
Mas já não sabe onde mora

É só sorriso mas não consegue chorar
Isso não ameniza seus ais
Não põe as mágoas pra fora
Não abandona a casa da dor
Quem quando dentro ignora
Você não admite sofrer
Mas já se vê sem escolha
É só sorriso mas não consegue chorar

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

LAVANDO O PASSADO - 00:12h - 13.02.2014

O que irritava Cíntia naquele dia lindo de sol enquanto lavava a louça, não eram os afazeres domésticos. O que amargava a sua boca era o fato dele ter estragado não apenas com o futuro dos dois que poderia ser brilhante se ele tivesse se esforçado, mas principalmente por ele ter estragado o passado vivido.
Enquanto ela apertava a bucha com força, expremia também a memória para ver se dali saia alguma lnembrança boa, algo digno de ser lembrado com felicidade sincera.
E sempre que se iniciava uma lembrança de um dia que tinha tudo para ser feliz, havia uma pausa profunda, como se o cérebro não quisesse lembrar da escuridão.
Cíntia sentiu a água em seus pés escorrendo da pia cheia, puxou o tampão do ralo e com a mesma velocidade do movimento o pensamento veio redesenhar as brigas, as palavras ofencivas e a humilhação de não ser amada por quem jurava lhe amar, quem só lhe trouxe desamor e nunca lutou por ela, nunca a defendeu.
Ela não era tão frágil assim, mas permitiu e ele se tornou a ameaça de sua felicidade.
Enquanto Cíntia terminava com a louça um pensamento seu nunca irá ser lavado, pois ela não se conformava que ele por ter lhe acompanhado todos passos, visto suas inúmeras vitórias ainda a tratava feito lixo.
Ele nunca reconhecera o que em Cíntia era belo e jamais sentira orgulho dela.
Foram anos perdidos, que não deixaram nem ao menos um passado bonito para se quer se relembrado.
Tirou as luvas, o avental e fez sinal da janela.
A felicidade buzinava da rua, ela merece a chance de tentar construir boas lembranças para o futuro.
Agora Cíntia já sabia que caminho não deveria pegar.

Débora Vasconcelos


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DIREITO DE RESPOSTA - 21.01.2014 - 23:50h

 
(Eu escrevendo em uma noite de lua cheia em Amsterdam)

Quando a confiança é traída, não deixe que exijam o direito de resposta, pois as palavras podem piorar ainda mais o que já está imundo.
Quando a confinça for traída por aquele em quem menos se espera, não dê o direito de resposta, pois o amor pode lhe fazer cegar-se pelas mentiras.
Quando a confiança for traída, não retalhe seu corpo, sua alma ou seja lá o que for, dê se um tempo de silêncio para acalmar a revolução que está acontecendo aí dentro.
Quando a confiança é traída mais de uma vez, não se culpe achando que o erro é seu em confiar de mais.
O erro é de quem não sabe o valor da confiança, geralmente essas pessoa não sabem o valor das melhores coisas da vida, como amizade e amor.
Quando a confiança é traída por alguém, confie em si mesmo e mude o rumo da sua história.
Ao invés de plantar desamor por aí, invista no seu amor próprio
E dê apenas ao tempo o direito de resposta.
Porque quem não soube te valorizar.
Com certeza não saberá te esquecer.

Débora Vasconcelos

(Aos poucos coloco as minhas fotos escrevendo pelo mundo)



MÚSICA: GARGALHADAS - 5 a Seco

Composição: Pedro Viáfora / Pedro Altério 
Pra que buscar recaída,
Reviver o drama,
Mexer na ferida?

Por onde se engana o coração
Se encontra a saída pra vida
Tempo de ver que é maldade
Martelar as horas no chão da saudade
Embora agora a contradição,
O tempo que pôs essa dor nessa conta
É quem desconta
Passa e te aponta o ponto de...
Sorrir mais
Soltar gargalhadas

Deixar pra trás
O que te entristece

Tece teus ais
Rir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais


NOSSO CASAMENTO - 26.01.2014


Meus cabelos são o véu
Os dentes de leão, que o vento leva e espalha, são do meu buquê
Nossos olhares são os votos
E a música que cantamos juntos, dissipada pelo eco das montanhas ao redor, são as palavras mais importantes que os padres não saberiam dizer por não poderem sentir desse jeito
Nos encontramos nos beijos e no refrão que diz (EU TE AMO)
E a estrelidade veio nos abençoar
Dando nos o presente mais bonito que nunca irá se acabar...
...Uma ótima lembrança do dia do nosso casamento

Débora Vasconcelos


ÀS VEZES MORRER É NECESSÁRIO (Suor e Lágrimas) 22.01.2014

Morro vorazmente de manhã quando penso em você
Sua falta rasga a carne até eu novamente entender
Que suas mãos não correrão mais em meu corpo
Que a minha pele não mais será tingida com o seu olhar
E o meu suor não lhe será entregue como prêmio
Então morro!
Morro em manhãs como essa em que a minha cama esta vazia
Mas ressuscito rapidamente para mais um novo dia
E me alegro por essa parte de mim estar morrendo aos poucos
Você não era uma pessoa para se vivenciar
E sua lembrança morre comigo em manhãs tão vazias como você
Que não tinha mais o que me oferecer
Além de suor e lágrimas

Débora Vasconcelos