É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DESGASTE - 21/01/09

Você não pede licença
Invade
E deixa um rastro de dor

Você machuca e não se dá por satisfeito
Ainda fala que isso é amor
Suma daqui com seus pesadelos
O meu pesadelo contigo acabou

Não quero entrar em desespero
Mais sinto que ele já se apossou

Tá tão difícil coordenar os sentimentos
Raiva e rancor
Amizade e amor

Queria sumir por uns tempos
Queria não causar tanta dor
Porque eu também estou sofrendo

Quero chegar em casa cansada
Para não ficar acordada pensando no que se foi
Corro na esteira que me desgasta
Pra afastar o meu temor

Mais o desgaste é maior
Quando vejo um sinal seu pela casa
Quando o telefone já tocou

Agora não quero nada
NADA...nem ódio nem amor
Quero me encontrar primeiro
Descobrir pra onde vou

Ficar inerte com meus pensamentos
Esquecer de tudo que passou
Olhar pra frente e ver um dia inteiro
Pra que EU possa pôr a cor

Mais estou com tanta raiva
Difícil matar essa dor
Quando há alguém a cutucar
Quando esse alguém é o próprio malfeitor

Eu estou tão mal
Tão desgastada...
Tão assustada
Diante desse terror
De você não parar de procurar
Quem um dia machucou

Vai embora com as suas tralhas
Suas gentilezas atrapalham
Ferem como a navalha
Que nas minhas costas um dia você enfiou

No dia que eu mais precisava
Virou as costas sem dizer nada
Desprezou o meu amor
Agora SOME daqui com seu arrependimento barato
Querendo dar uma de amigo
Me matando mais um pouco
Nunca vou poder contar contigo
Agora, chega! Acabou!

Débora Vasconcelos

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