É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

DILACERADA – 12/12/08


Parece que não
Mais eu estou dilacerada
Por dentro é só ferida
Que não cicatriza
Não forma casca

Parece que não
Porque você me vê o tempo todo sorrindo
Essa é minha forma de lutar
A forma de não deixar meu coração mais partido

Parece que não
Mais os fantasmas estão aqui dentro
E rondam aos poucos
Me sinto ao relento

Sei que você faz o que pode
Para me ver feliz
E é assim que quero que me veja
Você não merece minha tristeza
Não merece sofrer comigo

Enquanto a dor não vai embora
Não exija nada de mim
Não posso te dar a alegria
Que ainda não encontrei por aqui

Parece que não
Mais eu estou realmente cansada
Parece que não
Mais estou machucada

Entenda que não está na hora
Na hora de me de me sentir
Na hora de exigir nada
Há uma ferida que não sara

Parece que não
Mais não sei o que sinto
Você apareceu na hora errada
Pois neste momento estou dilacerada

Lutando contra os meus medos
Tentando ver de um modo diferente
Quando parece que já não enxergo mais nada

Não sei o que será daqui pra frente
Mais por favor, não espere nada
Aqui já basta eu de magoada
Por esperar algo que não aconteceu

De você quero as risadas
Aquelas que você me prometeu
Quero que seja natural
Caminhar contigo nessa estrada

Mesmo que não dê em nada
Já tenho pelo que agradecer pelo resto da vida
De você já ganhei coisas raras
Coisas que não param
Coisas que me fazem esquecer...
...O quanto estou dilacerada

Obrigada por estar comigo
Por ser meu amigo
Por entender a minha dor
Por sucumbir o seu amor
E por mais que eu te explique
Será como se não tivesse explicado nada

Não me veja como malvada
Não é assim que quero ser
Te quero ao meu lado
Pra juntos podermos crescer

Mais que isso não te machuque
Se for pra ser assim
Prefiro que seja eu quem fique machucada
Pois mais dor não pode ser
Do que me sentir dilacerada

Débora Vasconcelos



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