É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CAVERNA DO MEU SER – 18/12/08


Não tenho a resposta pra tudo
Já não pergunto mais nada
Quero apenas viver
Viver e ser ousada

Mais o que fazer quando o medo acontece?
Invade e entorpece
As arestas do meu ser
Sentir, é mais difícil que pensar ou escrever

Às vezes acho que não sou mais capaz
Às vezes queria ser mais delicada
Mais parece que o tempo me arrancou tudo
Toda a impressão de amar e ser amada

São tantas incógnitas e desafios
Será que ainda tenho força pra desvendá-los?
Será mesmo que quero saber?
Ta tudo confuso aqui dentro
Preciso acender as luzes da caverna do meu ser

O eco desse vazio me atormenta
Mais a alegria insiste em gritar
E no eco do vazio essa alegria
Vai aos poucos se propagar

Eu vi uma luz entrar pela fresta
Deixei que ela me tocasse como se fosse algo tangível
Mais descobri ser muito mais que material
É quase como algo divino

Agora todos os espaços estão preenchidos
De sons, luz e confusão
Só gostaria que o medo também já estivesse ido

Preciso submergir como um submarino
E ver além desse horizonte
Buscar ao menos uma única certeza
Tentar chegar na fonte

Pra descobrir os segredos do meu coração perdido
Quem sabe assim eu consigo
Fazer meu mundo ser um pouco mais colorido e espantar a solidão

Débora Vasconcelos

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