É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

NA PRAIA DE MEU CORPO – 16/12/08


O chão vai abrindo aos poucos
Em um processo lento mais perceptível
E tudo que eu começava a acreditar
Mais uma vez desabou
Foi melhor assim pra que eu pudesse pensar
São tantas idéias ao mesmo tempo que começam a vazar
E eu me surpreendo com seu gosto
Não me esqueço do seu rosto a me olhar
Eu vi você esculpir na minha frente
Os seus desejos e pesadelos mais íntimos
A força das suas ondas batendo na praia do meu corpo
Me fizeram perceber que não estou só
Nem poderia estar, depois que você abriu seu mundo pra mim
Então andei pela linha que você traçou em meu destino
Que sem querer se apagou e quando vi eu já andava com minhas próprias pernas pela vida que você me desejou
Você iluminou meu mundo e se foi
Seria um pecado não ter te vivido
O que vivemos não é algo que possa ser esquecido
Sei que pensa o mesmo sempre que se olha num espelho, pois me vê refletida dentro de você
A tristeza já passou e é preciso recomeçar
Vou deixar que as ondas levem aos poucos o resto de tristeza que insistiu em ficar
Afinal todas as ondas são perfeitas
A onda que vem e a que vai!


Débora Vasconcelos

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