É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

MÓBILE – 06/01/08

As minhas emoções bailam pelo ar como aquele móbile
É bem assim mesmo que sinto
Como se cada uma delas estivesse pendurada por um gancho
Que as prendem, que as seguram para que não quebrem ao cair no chão

E quase soltas assim
Balançando
Deixo que elas me levem
Para lugares distantes

Com o balanço do vento
Sinto tantas sensações
Por instantes deixo-me levar
Até me recordar que esse gancho me segura

E as emoções se revezam e passam rápidas
Se alterando a todo o momento
E são acompanhadas por melodias graciosas
Que grudam no pensamento

Tem hora que é passado
Tem hora que é presente
E o futuro não é certeiro
Como numa ciranda de roda
Fico meio tonto

Mais o importante é que as emoções estão seguras pelo gancho
E esse móbile que aos olhos dos outros encanta e é belo
Lembram-me os meus próprios pensamentos
Algumas vezes tortos e severos

O móbile balança
O móbile encanta
O móbile confunde
Me espanta
Me perde e me acha
Mais o importante é que as emoções estão presas pelo gancho
Isso sim pra mim tem graça

Débora Vasconcelos

Um comentário:

Anônimo disse...

Muitas vezes em minha vida estive em momentos confusos, sentia como se meus sentimentos estivessem fora de mim e pairando bem ao alto, como se eles não me pertencese e eu ficava ali olhando-os de baixo. Então você me montrou este poema e ai eu pensei - "como nunca havia pensado nisto antes" , uma simples palavra "MÓBILE" que disse tanto neste poema.....


Katielly