É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE DE MARKETING QUE EU APRENDI: Valor X Preço - 04.11.2013 - 13:33h - Cotia

Katielly, Flávia e eu (São Thomé das Letras-MG)

Se um dia eu tiver um(a) filho(a), vou ensinar o valor de uma viagem, o que se ganha em sentir um cheiro de comida diferente do que se está habituado a comer, o que se aprende ao ajudar alguém a escalar uma rocha para tirar uma foto, ou ser ajudado quando se falta um dinheiro para comprar uma lembrancinha do lugar que se visita, o quanto um banho de cachoeira lava a alma, o quanto um abraço aquece o coração, vou ensinar que às vezes sentar observando a natureza com amigos e dividindo um vinho barato tomado direto da garrafa tem um gosto muito melhor do que o do vinho mais caro do mundo, que aventuras é pra quem tem coragem de largar a rotina, que as paisagens te contaminam com a criatividade de Deus, vou ensinar que devemos adquirir experiências e não coisas, que essas sensações não nós podem ser tiradas, roubadas ou destruídas, que a alegria não termina quando o show acaba, que a energia não se esvai quando o passeio termina e que as amizades conquistas são muito maiores que eletrônicos ou coisas que o dinheiro compra. Ficarei eternamente feliz se meu(minha) filho(a) me pedir dinheiro para comprar um livro, um caderno pra escrita, para ir num show da banda preferida, uma excursão, uma mochila nova ou uma barraca para acampar e não o celular de última geração, uma TV, roupas de marca ou vidas no jogo da momento, quero compartilhar com ele(a) experiências memoráveis para nossas vidas e então vou ensinar a agradecer a Deus após todas essas conquistas impagáveis e inesquecíveis para que se aprenda que valor é bem diferente de preço.

Débora Vasconcelos

(Eu escrevendo em São Thomé das Letras com a energia das montanhas)

16.000 VISITAS!!! UAU


OBRIGADA DE TODO O MEU CORAÇÃO POR TODAS AS VISITAS, PARA TODOS AQUELES QUE AQUI PASSARAM, PARA TODOS OS QUE SEGUIRAM, PARA TODOS QUE DEIXARAM SEUS COMENTÁRIOS! 

(Imagem da Internet)

MEU ENORME AGRADECIMENTO!

Débora Vasconcelos



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ESTAR DE VOLTA - 13.11.2013 - 15:17h - Cotia

Demora, mas chega uma hora em que a vida entra nos eixos novamente, em que a gente se readapta.
Demora, mas em um belo entardecer com os amigos que brincam e falam besteiras a vontade, com o pôr de sol de fundo enfeitando a paisagem, você percebe que está no lugar onde deveria estar.
Demora, mas um dia você acorda e sorri satisfeito por ter o SEU teto sobre você e percebe que a felicidade de poder escolher a cor da parede é imensamente maior que muitos outros prazeres importados. Então você pinta e extravasa o seu simples poder de decisão antes banido.
Demora, mas quando o sol é forte o suficiente para te dar coragem de entrar na cachoeira com suas águas geladas e desfrutar da natureza, você entende que isso também é liberdade.
Demora, mas quando alguém vai embora você se toca que esse tempo não volta mais e que agora é hora de fazer com muito amor para aqueles que ficaram, que te esperaram, que te amaram incondicionalmente além da distância em que você estava.
Demora, mas você começa a valorizar novamente o toque, os aromas, o aconchego, o cafuné, os palavrões, os dialetos brasileiros inventados por você mesmo e que quem é de casa entende.
Demora, até perceber que a solidão já não te assusta e que não é necessário sair toda noite ou comprar algo para estar bem consigo mesmo.
Demora sim. Ahh! Como demora, para saber que você sempre estará em cima do muro a partir do momento em que cruza a fronteira, mas que isso não é ruim e é quando você passa a ser grato por poder ter vivenciado o outro lado, tendo a certeza que não é impossível e que quando quiser pode voltar pra lá, para passear, estudar, viajar ou seja lá o que for.
Demora ainda mais pra você reconhecer as belezas internas, próximas, longínquas, mas dentro do seu território, aquele velho desconhecido que é seu.
Demora de mais, até você se sentir apaixonado novamente pela vida que nunca deixou de ser sua, onde quer que você estivesse e então passar a amá-la com todas as suas forças e usar a garra que você teve para começar do zero em um lugar distante, agora em sua nova/antiga realidade.
Demora, mas você vê que as condições mudaram dentro de você, embora tudo pareça externamente igual, e isso faz a total diferença.
Demora, mas em algum determinado momento você estará fazendo planos novamente.
Demora para se readaptar, mas um dia sem ninguém falar nada você vai olhar ao seu redor e sentir-se feliz por estar de volta.

Débora Vasconcelos


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA PARA OS LEITORES!!!

       Foto tirada em Edimburgo - Escócia 


Milagres acontecem quando a gente vai à luta!
(O Teatro Mágico)



SEM JUÍZO - 22:33h - 24.06.13‏ - Cotia

Eu quebrei o protocolo
Burlei o repertório
E fui na contra mão de todos os procedimentos
Seguinto apenas e únicamente a minha intuição
Destruindo as regras mais antigas
Eu pairei na brisa da minha imaginação
Despedi os termos e a legislação
Rompi os laços e nós que me prendiam
E acobertavam a minha identificação
Me despi das armadilhas escondidas
Embaixo de cada ferida
Que o passado não cura não
E na verdade da minha própria vida
Sem método ou tradição
Eu consegui voltar a ser feliz
Abdiquei do sim
E desfiz o pacto com o não

Débora Vasconcelos



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FIZ AS PAZES COM DEUS - 19.11.12 - 19:57h - Vernon Heath - Dublin


Depois de mergulhar no mar de roupas e tudo mais, eu fiz as pazes com Deus, agora eu quero tempo para pensar. Um tempo que não tive para digerir muitas coisas, enquanto eu estava sendo engolida pelos acontecimentos.
A velocidade dos fatos e a demora de um sofrimento intransferível me fizeram ficar muda.
Justo eu que poucas vezes me calo.
E quando me calo, escrevo.
Eu já não tinha palavras que pudessem sair de minha boca ou mãos que pudessem demonstrar o quanto estava escuro ao meio-dia.
Desaprendi a escutar o meu corpo, não sabia o que era sono, fome, sede; já não sabia o que era amor.
E no mergulho reativei meus sinais vitais e no mergulho eu renasci.
Não me lamentaria mais a parti de ali, não me indignaria com o passado e nem me revoltaria com o que estava por vir.
Eu fiz as pazes com Deus!

Débora Vasconcelos

* Fotos tirada em Rijeka - Croácia
E eu com meu caderninho escrevendo.


domingo, 27 de outubro de 2013

TRAÇOS FORTES, PINCELADAS SUAVES - 13:27h - 21.10.13

Eu sou a menina de traços fortes e pinceladas suaves
Era assim que ele me descrevia
Destinguia a mescla do que era melhor em mim
Desviando o meu olhar para aquilo que eu não enxergava de olhos abertos
Então fechava o meu coração para as expectativas que não me deixavam ver
Eu sou a menina do chá e dos pés frios
Era assim que ele me sentia quando me acordava com o cheiro do amor vindo da minha caneca favorita
Sentia prazer em me dar alegria
Não roubando a minha energia a favor do seu ser
Eu sou a menina de cabelos bagunçados e de olhos maquiados
Toda noite a mesma coisa em minha volta ao seu lar
E ele com sorriso largo, largado em seu sofá
Às vezes lendo coisas minhas
Me transformando na menina mais linda ao sua porta adentrar
Ele é especial, mas o tempo todo fez com que eu sentisse o contrário
Separados já não somos lindos como éramos

Débora Vasconcelos

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ELE USOU O MEU CORAÇÃO PARA VOAR PORQUE O DELE NÃO TINHA ASAS - 11:43H - 21.10.13

Ele usou o meu coração para voar, porque o dele não tinha asas
Eu fingi não me importar, pois me dava prazer o seu peso momentâneo sobre o meu tronco

Ele usou os meus cabelos para se segurar
Por perceber isso eu fui mais veloz no vôo
E ele não caiu nas teias armadas abaixo de nós
Ele nem se quer as viu
Ele usou a minha boca para falar aquilo que não se atrevia
E eu gritei bem mais alto do que até mesmo eu podia
Ele baixou a guarda do seu padrão exemplar
E se rendia a minha conduta de madame estelar
Seus ombros ficaram relaxados
E os meus enrijecidos de tanto voar para manter aquela mágica sintonia
A sintonia que não havia em qualquer outro lugar
Apenas enquanto ele usava o meu coração para amar, porque o dele não tinha asas

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ELE NÃO TEM MEDO DOS MEUS MEDOS - 8:28h - Cotia

Gosto do jeito dele de sentir medo de me fazer carinho
Isso significa que eu ainda o assusto
Não quero que ele se acostume com meu jeito
Quero sempre ser a incógnita e deixá-lo com medo
Com medo de desistir de mim
Quero sempre ver os seus olhos arregalados e não ter certeza se isso é do pavor que eu lhe causo ou da paixão
Eu prefiro a certeza vinda das mãos trêmulas
Do que de palavras persuasivas nebulosas
Aquilo não foi um beijo, foi uma luta e eu gostei
Gostei dele não ter medo dos meus medos
E me fazer seguir errando ao seu lado sem que seja tão drástico como parecia ser

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

LEALDADE - 23.08.13 - 11:36h

É aceitável você deixar a casa de seus pais para um casamento.
Todos aplaudem e festejam quando você resolve deixar de cuidar de seus pais e devotar a sua vida para uma pessoa que você conheceu há algum tempo, alguém que pode até te fazer mal lá na frente...Ainda assim é compreenssível e elogiável.
No entanto quando você resolve deixar a casa de seus pais para viver a sua vida, para ser feliz a sua maneira, para expor as suas próprias asas ao mundo. Os olhos alheios destilam o julgamento de que você é uma pessoa egoísta, de que não ama os pais, de que é uma pessoa má.
As pessoas preferem ver lágrimas de servidão, do que sorrisos de liberdade.
A saída não significa esquecimento de entes queridos, a saída não significa que não haja interesse ou cuidado com os que ficam.
Às vezes é preciso partir por amor.
Por amor dos que ficam e não merecem o seu momento de tristeza, por amor aos que ficam e não merecem a desarmonia que você causa por ter um pensamento diferente.
Para que eles não vejam a guerra explodindo em seus olhos e instintos que você não sabia que tinha, mais que de alguma forma são despertados como uma faísca no meio de uma discussão.
Às vezes é necessário a saída por amor a sua dignidade, por um ideal que você acredita e por respeito a sua própria dor ou felicidade.
E as visitas serão mais leves. E a harmonia reestabelicida.
Lealdade não tem casa e sim coração!

Débora Vasconcelos

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

FOI VÁLIDO - 23:15h - 28.06.13

- Nem sempre o que ultrapassa transcende!
No meio desse papo de travessia ele me pergunta como fazer isso funcionar direito
E sorrindo me roubou um beijo
Como se eu não quisesse ser assaltada ou rendida
Na pressa deixamos cair as roupas
O quarto parecia ser longe de mais
E o corredor foi válido
Na mente a frase:
"Nem sempre o que ultrapassa transcende!"
Afinal nem se quer conseguimos atravessar de um comôdo para o outro
A sensação de urgência era grande demais para ambos
Na verdade não estávamos interessados em ultrapassar, atravessar ou transcender
Escolhemos ficar no meio do caminho
E simplesmente viver

Débora Vasconcelos

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CORAGEM - 00:04h - 20.08.13

Três dias antes de tornar a decisão em realidade, ela se olhou no espelho com os cabelos bagunçados, a cara de cansada e sentiu medo.
Não havia dormido pensando, e perguntou a si mesma se não era por impulso tal atitude, pois isso se repitira no passado. E lembrou que na primeira vez o impulso foi tão grande que não houve tempo sequer de pensar, quando havia se dado conta já tinha feito...Assim sem experiência alguma, sem nada que lhe desse segurança, apenas havia metido os peitos.
Então diante do espelho e de suas olheiras a certeza nasceu novamente em seu coração.
De que meter os peitos é melhor do que empurrar com a barriga!

Débora Vasconcelos


GERÚNDIO - (Carpinejar)

Durante meses, falei que estava me separando. Para me acostumar. O gerúndio um dia acontece. 

Não me acostumei, confidencio a você o que experimento, talvez para ter maior clareza sobre o que me machuca. 

As alegrias não são mais como deveriam. As tristezas não são mais como deveriam.

Não consigo encerrar uma como a outra. 

A tristeza não tem fundo. Tristeza é quando não temos mais fundo. 

Procuro desidratar, espernear, rastejar dentro do sangue, ser um réptil de pele grossa, deixar a barba a esmo, esmagar os travesseiros com um misto de soluço, tosse e socos dos olhos, mas sempre sobra dor para o dia seguinte. Por mais que me esforce em terminá-la – resta uma angústia inédita, uma angústia inesperada, que parte de uma vivência simples como freqüentar um parque ou atravessar uma rua conhecida. Não é um parque qualquer, é onde a ex-mulher me acompanhava. Não é uma rua qualquer, é aonde atravessávamos de mãos dadas. 

Nunca sei quando vai doer – isso é o que mais dói. 

Não duvido que o excesso de sensibilidade me torne insensível. Estou tão vulnerável que não sinto nada. 

O riso é também pela metade. O riso hepático, mais uma contração facial do que uma respiração desembaraçada. Aceno com a cabeça, não é mais aquele salto felino dos dentes. Meu sim virou um não simpático, com a leve inclinação dos lábios. Não abro, nem fecho: respiro pela boca. 

Perdi mais do que a sinalização de qual era a mão esquerda com a aliança. Ainda não sei o que perdi. Amanheço e percebo que perdi mais uma coisa. Tudo me engravida e eu perco. Perco muitas crianças em cada lembrança.

Do livro Espero Alguém (Bertrand Brasil, 2013)

Autor: Fabricio Carpinejar

domingo, 11 de agosto de 2013

O MELHOR PRESENTE PARA MEU PAI -14:44h - 11.08.13 (Dia dos Pais)

(Ele esta com os anjos de verdade agora)

Hoje em dia quando passo em frente ao prédio em que ele trabalhava em São Paulo, imediatamente me arrependo de não ter prestado mais atenção na história, de não tê-la escrito para que eu não perdesse nenhum detalhe, que hoje a minha memória esqueceu dos causos contados por meu pai.
Algumas pessoas passaram a me olhar com pena após a ida dele.
Outras demoraram muito para me contar coisas que eu nem sabia a respeito do meu pai.
E para algumas eu ainda não estou pronta para ouvir e simplesmente me fecho e tento mudar de assunto.
Eu presenciei uma grande mudança em seu coração em todos os sentidos.
E vejo claramente essa mudança quando falamos do passado e me deparo com a reação de surpresa de minha sobrinha que só o conheceu após essa transformação na vida dele.
Sei que ainda não esta acabado. Estamos todos em processo de entendimento, inclusive ele em outro plano.
Não esqueço os momentos ruins, apenas não guardo mágoa, pois eu fui mais forte que toda a sua brutalidade. Talvez eu ainda remoesse com raiva se eu não tivesse superado.
Mas pelo contrário eu superei, só que eu tive que me separar do meu pai, não por uma, nem por duas, nem por três vezes, tive que me separar inúmeras vezes dele para amá-lo.
E em todas às vezes ele me viu partindo em busca de meus sonhos.
E eu o ensinei que a minha força esta dentro do coração e não nas mãos ou em palavras ásperas.
E o meu pai chorou comigo ao ver a conquista de tantas coisas boas em minha vida. A minha força me levou a realizar coisas que eu nem havia sonhado de tão grandiosas.
E eu agradeço por ter visto ele mudar, até o último momento, eu vi o meu pai mudar para melhor.
Durante a nossa convivência eu pude lhe dar alguns desenhos quando criança, cartões, perfumes, ou outros presentes materiais.
Mas o melhor presente que lhe dei em vida e que ainda posso continuar lhe dando, definitivamente são as minhas vitórias.

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A ESCADA QUE NÃO É MINHA - 16:27h - 08.08.13 - Barueri

Eu posso sim, participar de mundos que não são meus
Posso querer enganar o meu coração e a minha mente
Posso realmente ignorar tudo o que eu vivi e tentar aprender coisas novas
Posso ir aos mesmos lugares com pessoas diferentes, estar aberto desta vez e vivenciar novas experiências
Eu posso passear por caminhos que nunca havia passado, ter conversas que nunca tive
Conhecer pessoas que não são do meu meio
Eu posso estar tentando fantasiar a minha vida
Posso expor isso para que eu mesmo tente me convencer
E com isso eu posso estar cometendo os mesmos erros intímos, só que com uma nova pessoa
Porque estou fingindo
E eu posso e sei que eu posso fingir por muito tempo
Mas estarei sempre pisando em ovos
Estarei sempre vagando dentro de mim mesmo
E quando eu estiver sozinho, vai chegar uma hora em que nem mesmo eu vou me reconhecer
Eu sou um estranho diante do espelho
E eu me pergunto o solene: - Porque?
Porque eu deixei as oportunidades  originais e verdadeiras escaparem?
Porque eu não me importei quando era para eu me importar?
Porque eu não estudei, eu não amei, eu não me entreguei e eu não lutei pelo que eu lá no meu amago realmente queria e conhecia como ninguém?
E me tornei sombra
Sombra nem sei de quem
Busco abarrotar a minha vida com coisas novas, quando na verdade não sei administrar a minha própria rotina tão conhecida
Busco preencher cada segundo do meu dia para não ter tempo para pensar
Mas o banho...Ah! o banho me faz estar sozinho e nu diante de mim mesmo
E meus pensamentos escorrem como a água
Lavando o meu corpo com a imundície da minha cabeça, que na verdade me suja ainda mais
O que eu estou fazendo?
Isso não é apenas recomeçar!
Eu não preciso subir uma escada que não é minha para recomeçar
Porque o intuituito de se recomeçar é fazer algo melhor do que já foi feito
E eu não sei fazer desse jeito
Então eu uso os outros como degraus, afinal eu já fui usado por aquele em quem acreditei e foi só isso o que eu aprendi
Não reconheço a solidão como necessária para aplacar a minha dor
Pois a solidão me faz sofrer mais
Então carrego os outros em meus falsos sorrisos
Interpretando um papel que não sou eu de fato
Mais uma vez eu sou fraco
E não tenho coragem de começar um jogo limpo
Sem trapaças, sem maudade
E vou arrastando as pessoas comigo
Elas não percebem
Não tem idéia de quem eu sou
Nem eu mesmo tenho
Me perdi dentro da minha própria história de vida
Porque não soube seguir um caminho
O caminho genuíno do meu coração
E agora sigo por outra estrada mascarando novamente que é por amor
E assim estrago mais uma vida além da minha
Eu sou um deserto sem oásis!

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Minuto Poesia

Como eu fiquei feliz hoje ao ver uma poesia minha publicada no blog: Minuto Poesia
http://www.minutopoesia.com/2013/08/poesia-do-leitor-anel-sextavado.html#comment-form

Quem quiser ver o meu escrito e muitas outras poesias dá uma passada lá.

Beijos mil!

Débora Vasconcelos

terça-feira, 30 de julho de 2013

A CARA E CORAGEM DE SE READAPTAR - 15.02.13 - 10:30h - R. Nogan(Cotia)

 
Um peixe tirado da água doce e jogado bruscamente na água salgada.
Claro que bruscamente, afinal não teria como ser suave tal mudança.
Para ele é como se faltasse o ar, até perceber que ainda esta dentro d'água, até entender que ele ainda esta vivo.
Mas agora a água é salgada.
Agora ele se desespera por não saber se adaptar.
Luta, se debate, chora.
E com todos esses movimentos descobre que esta a nadar sem perceber.
Aos poucos o peixe começa a se alimentar,se deleitando com alguns novos paladares e o seu corpo por diversas vezes rejeitando outros.
A sensação ainda é de estar fora d'água.
Mas ele sobrevive, mudando a cor de suas escamas, mudando a cara e a coragem que agora são mais fortes por ele ter que se reinventar.


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 22 de julho de 2013

DEDA - 22:12h - 22.07.13 - (Cotia)

Ela preferiu não esperar
Não esperou que os filhos estivessem criados
Não esperou  terminar a casa de praia
Ela simplesmente não esperou se curar
Nem a recuperação das cirurgias
Ela decidiu não esperar muito muito tempo após o luto de pessoas amadas
Ela não esperou os netos crescerem
Não esperou os parentes visitarem
Não esperou que falassem bem dela
Ela definitivamente não nasceu para esperar
E não esperou absolutamente nada para ser feliz
Ela foi feliz e fez as pessoas felizes todos os dias, sem esperas, sem desculpas
Ela brincou como criança e isso a fez forte
Ela sorriu o mais que pode e isso foi o remédio que mais amenizou as suas dores
Ela se enveredou por novas tecnologias e sua curiosidade deu lhe prazer 
Ela derramava sobre cada um ao seu redor sabedoria de vida, junto com os seus sorrisos
Ela teve fé!
Fé sem pretensão, fé sem ambição, a fé da entrega
Ela dava amor com o olhar, e o mundo com um abraço dentro de toda a sua simplicidade
Ela teve coragem
Coragem de amar a vida!

Débora Vasconcelos


*É assim que vou me lembrar dela. Fica aqui a minha singela homenagem para minha tia Deda, que me ensinou que a felicidade do dia a dia é a única coisa que a gente leva ao mesmo tempo em que deixa para todos como um exemplo a se seguir. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O RETRATO DE DORIAN GRAY (Filme que eu super recomendo!)


"Posso assegurar-lhe, o prazer é muito diferente de felicidade."
O Retrato de Dorian Gray



"- Porque influenciar uma pessoa é dar a ela a própria alma. Ela passa a não pensar com os pensamentos naturais. As virtudes que possui deixam de ser; para elas, reais. Os pecados que comete, se é que existem pecados, são todos tomados por empréstimo. Ela se torna eco da música de outrem, ator de um de papel não escrito para ela."
O Retrato De Dorian Gray
Segue link do filme:https://www.youtube.com/watch?v=T8ka8MNGtJw

sexta-feira, 12 de julho de 2013

LEDO ENGANO - 22:21h - 12.07.13 - Cotia


Às vezes a cortina da bondade cobre os nossos olhos
E não nos deixa enxergar a verdade explícita
Quanto mais aquelas soterradas embaixo de sorrisos falsos
E então nos deixamos levar
Sem levar em consideração os sinais, que não são mais fortes do que a nossa vontade
E a carência por uma mínima recompensa pode nos deixar cegos pra sempre
Mas os cegos sentem mais, justamente por não poderem ver
E tudo aquilo que tentamos por anos esconder de nós mesmos, fica tão transparente que não precisa mais ser visto

Débora Vasconcelos

terça-feira, 2 de julho de 2013

15.000 VISITAS


OBRIGADA PELAS 15.000 VISITAS EM MEU BLOG, EM ESPECIAL OBRIGADA PARA TODOS QUE SEGUEM E COMENTAM.

ESSE ESPAÇO ME FAZ FELIZ!!!

MUITO OBRIGADA MESMO!

BEIJOS ENORMES!

Débora Vasconcelos


sábado, 29 de junho de 2013

CRU - 28.06.13 - 23:36h - Cotia


Foi crua de mais a sua crueldade
Dessa dor não nascerá saudade
Ódio ou algo que valha
Foi cru de mais o meu amor
Sem amadurecer
Selvagem, cheio de instintos
Foi crua de mais aquela cor
Do vestido que nunca usarei contigo
Foi crua de mais essa história
Que só se desgastou na fricção de dois umbigos
Sem trazer nada de bom
Um aprendizado, uma mémoria
Foi cru de mais e eu não duvido
Que de crueldade eu já sofri de mais
Além de tudo que me era permitido
Então seus atos e retalhos
Agora serão só seus
Carregue os para onde for, no infinito
De toda sua crua e nua falsidade
De tudo que me falava
Porque agora eu não mais lhe acredito

Débora Vasconcelos

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Canção Pra Não Voltar - A Banda Mais Bonita Da Cidade


Quando uma canção diz mais do que você conseguiria expressar.

Canção Pra Não Voltar

Composição:  Leo Fressato 

Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim não
Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre depois
O que acontece é triste demais
Pra quem não sabe viver pra quem não sabe amar
Não volte pra casa meu amor que a casa é triste
Desde que você partiu aqui nada existe
Então não adianta voltar
Acabou o seu tempo acabou o seu mar acabou seu dia
Acabou, acabou
Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que não sei mais nada
Nada de você
Não me espere porque eu não volto logo

Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar
Eu não sei mais nada
Dó com baixo em dó
Sol com baixo em si
Lá com baixo em lá
Lá com baixo em sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustendido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol
Dó maior com dó
Sol maior com si
Lá menor com lá
Lá menor com sol
Fá com baixo em fá
Fá com baixo em fá sustendido
Sol com baixo em sol
Sol com lá bemol

terça-feira, 25 de junho de 2013

LADRÃO DE SARDAS - 24.06.12 (Dia de São João) - 22:12h‏


(do princípio)

Enquanto ele contava as minhas sardas, eu contava os fogos de artifícios
Além da fogueira de oito metros, os meus olhos também estavam em labaredas
Até que enfim eu cheguei
Até que enfim estou aqui
Podendo sentir a felicidade novamente
Pisando no chão de barro
Tomando vinho roubado
E me preenchendo de vida numa festa de São João


Débora Vasconcelos


(ao fim)


SE UM DIA O AMOR ACABAR - 24.06.04 - 04:35h


A próxima vez em que eu me meter a amar
Não quero amar com o coração apenas
E sim quero amar com a razão
Ao menos uma razão a mais que o amor
Seja essa razão, respeito
Seja essa razão, comprometimento
Seja essa razão, compartilhar
Ou qualquer outra razão que seja
Porque assim, se um dia o amor acabar
Eu não me sentirei vazia

Débora Vasconcelos

sábado, 15 de junho de 2013

SEM CONSERTO - 23:03 - 14.06.13 - Cotia


- Um dano irreparável.
- Um trauma irreversível causado pelo impacto da colisão...

Ouvindo assim da boca do médico parecia ser algo novo para ele, mas havia sido a mesma coisa há duas semanas atrás.
Ele havia cometido para com ela, um dano irreparável.
E ela havia sofrido um trauma irreversível, causado pelo impacto de colidir com a verdade.

E foi então lá, naquele exato momento, que ele havia morrido primeiro do que ela.

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 13 de junho de 2013

ANEL SEXTAVADO – 17/08/10


Sextavado era o anel de Cecília
Mas ela não sabia o que era sextavado.
Ela o havia achado, escondido, quase que embaixo do trilho do trem.
Sextavado era o sentimento que Cecília tinha por um homem.
Seguro por seis pilares desnivelados:
Solidão, aconchego, raiva, remorso. Amor e Ócio.
Ódio não! Isso era pesado de mais para o corpo frágil de Cecília.
Que caminhava entre os arrependimentos de sua vida, sobre os trilhos do trem.
Intenção nenhuma ela tinha de se matar, tentava mesmo era juntar as latinhas atiradas pelas janelas apressadas.
No meio do lixo o luxo de um anel sextavado, que vivia ali largado, assim como ela, nos trilhos do trem.

Débora Vasconcelos

* Desculpem por ser uma poesia que já havia postado aqui no blog há muito tempo, mas foi necessário novamente postá-la.

SEQUÊNCIA - 05:43h - 02.04.13


As brigas são as únicas coisas na qual damos sequência
Nada de útil tem continuação
Não se emenda uma conversa
Não se alimenta o amor
Nada que venha do peito
E um desabafo vira coisa óbvia, que não devia nem ser falada
Uma demora, um longo atraso, já era de se esperar
Já não se cumpre prazos ou palavras
Já não se põe em prática o respeito e o interesse, quando algo trás benefícios ao outro
Não construímos nada juntos
E para se instalar um espelho não é preciso ouvir a opinião do outro
Afinal, jamais refletiremos unidos

Débora Vasconcelos

quarta-feira, 12 de junho de 2013

DECIFRANDO - 17:15h - 05.08.12 - Vernon Heath (Dublin)

Connolly Station - Dublin/Irlanda - Onde muitas e muitas vezes estive

Hoje eu quis perder minha estação de descida e permanecer no trêm, só para continuar ouvindo a conversa em francês do casal ao lado
Porque mesmo sem entender uma só palavra, de alguma forma isso me fez ficar mais próximo da felicidade
Mas medrosa saltei na estação correta, e ali parada na plataforma fiquei vendo o trêm partir com uma parte da minha felicidade exposta em uma outra língua, que nem cheguei a aprender, mas que meu coração sabe muito bem decifrar.

Débora Vasconcelos

terça-feira, 4 de junho de 2013

A PROCURA - 21:41h - 03.06.13 - Cotia


Essa busca incessante por algo que nem você sabe o que é
Essa falha de caráter sua, que busca preencher com os dos outros
Essa agonia durante a noite
Tudo errado!
Uma farsa, um espaço
Esse oco nunca irá acabar
A falta de certeza que eu não pude te dar
Um buraco muito grande para que eu pudesse tapar
Você não queria me ajudar
E eu não faria todo o serviço sozinha
Amar por dois não valhe a pena
Ainda bem que eu nunca abdiquei de nada por você
Ainda bem que eu não deixei de viver
Ainda uso os meus braços dobrados como travesseiro
Durmo com a minha consciência tranquila aonde quer que eu vá
Não preciso do que não tenho para ser feliz
Eu conheci a felicidade muito longe de seus braços
E você ainda está a procura de sarar essa ferida
Eu não tenho mais pena
Eu não tenho mais o que esperar de quem não sabe o que esperar de si mesmo
Sua arrogância te derrubou
A competição com os mais baixos, te deixou pior
E é assim que você busca se levantar
Continue sua infinita procura
Eu já achei oque você perdeu faz tempo

Débora Vasconcelos

A Seta e o Alvo - Paulinho Moska

Composição: Paulinho Moska e Nilo Romero 

Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?