Eu não consigo viver de certezas
Meu coração se sustenta de infinito
Eu quero a folha ao vento sem destino certo
Eu quero o labirinto
Não sei conviver com a fé cega do que é certo
Eu quero o incerto, eu quero o atrito
E é na confusão que eu me resolvo
São meus desgostos, são meus alívios
Só eu sei porque roo o osso
Em que eu mesma não acredito
Mas sugo dele até o tutano
E assim preencho o meu coração cigano desvairido