Katielly, Flávia e eu (São Thomé das Letras-MG)
Se um dia eu tiver um(a) filho(a), vou ensinar o valor de uma viagem, o que se
ganha em sentir um cheiro de comida diferente do que se está habituado a comer,
o que se aprende ao ajudar alguém a escalar uma rocha para tirar uma foto, ou
ser ajudado quando se falta um dinheiro para comprar uma lembrancinha do lugar
que se visita, o quanto um banho de cachoeira lava a alma, o quanto um abraço
aquece o coração, vou ensinar que às vezes sentar observando a natureza com
amigos e dividindo um vinho barato tomado direto da garrafa tem um gosto muito
melhor do que o do vinho mais caro do mundo, que aventuras é pra quem tem
coragem de largar a rotina, que as paisagens te contaminam com a criatividade
de Deus, vou ensinar que devemos adquirir experiências e não coisas, que essas
sensações não nós podem ser tiradas, roubadas ou destruídas, que a alegria não
termina quando o show acaba, que a energia não se esvai quando o passeio
termina e que as amizades conquistas são muito maiores que eletrônicos ou
coisas que o dinheiro compra. Ficarei eternamente feliz se meu(minha) filho(a)
me pedir dinheiro para comprar um livro, um caderno pra escrita, para ir num
show da banda preferida, uma excursão, uma mochila nova ou uma barraca para
acampar e não o celular de última geração, uma TV, roupas de marca ou vidas no
jogo da momento, quero compartilhar com ele(a) experiências memoráveis para
nossas vidas e então vou ensinar a agradecer a Deus após todas essas conquistas
impagáveis e inesquecíveis para que se aprenda que valor é bem diferente de
preço.
Débora Vasconcelos