É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ANDAIME – 15:40h – 25/09/15


É tão ridículo eu querer que você me ensine a ser eu mesma, depois de eu me perder em você.
Está tudo tão misturado, que o que parece errado é separar.
Você junto comigo, união mais do que amigos, mais do que a gente podia imaginar.
E o seu contrário me coube perfeito.
Eu não reclamo do que antes lhe julgavam ser defeitos.
E o que é meu diante de ti se faz aceito.
Nossos corações tão abertos se encaixaram de um jeito.
Que o entrelaço desse andaime, já não pode ser desfeito.


Débora Vasconcelos


terça-feira, 20 de outubro de 2015

GULOSEIMAS – 17:13h – 08/10/15


A velha Nota Fiscal de guloseimas compradas em um supermercado do outro lado do mundo, tem cheiro de liberdade e não de bolor.
Um ticket velho de trem encontrado na contracapa de um caderno que eu usava na época, significa muito mais que um papel sem sentido, ele me diz que fui capaz de sobreviver a distâncias oceanisticas e a distâncias tão mais imensas que o coração não calcula.
Não era só de guloseimas que eu vivia, eu me alimentava de sonhos.

 Débora Vasconcelos




segunda-feira, 19 de outubro de 2015

DESTRINCHAR – 10:34h – 19/10/15


Todos os medos, todos os desejos, toda culpa e toda criatividade, tudo de todos os tudos que eu carregava.
Um a um foram destrinchados lentamente neste período.
Pude me desconhecer e reconhecer em diversos momentos.
Rever atitudes inesperadas em que eu me expunha tão pura e verdadeira em minha essência, que antes eu encobria pelo pudor ou civilidade.
Ou me estranhar em movimentos rotineiros que eu me impunha, para me enquadrar em uma situação que eu já não mais queria.
Vomitei várias vezes, minhas lágrimas gritaram muito por socorro, e minha garganta secou em meio a tanto sussurro de minhas preces.
Eu cresci!
Fiquei mais alta do que os prédios em que eu não ousava subir.
Eu pude ver de lá a pequenez de meus problemas.
Eu cresci!
Passando por todo processo doloroso de secagem da semente, o plantio, os raios de sol queimando as folhas novas e os troncos que surgiam resistentes, já com a casca grossa de levar tanta porrada do vento, para enfim vir flores e quem sabe frutos.
Eu cresci!
Em diversos aspectos eu amadureci.
Não bastou apenas uma perda.
Foram várias que me fizeram ver o que eu negava descaradamente.
Eu cresci!
Quando mesmo sem concordar, aceitei que cada um é o que é.
Inclusive eu, que sou feita de escrita!


Débora Vasconcelos


sexta-feira, 4 de julho de 2014

E ENTÃO ERA ASSIM... Cotia - 13:59 h - 04.07.14

A adrenalina e o stress de uma aventura valem mais que mil dias de paz.
The adrenaline and stress of an adventure are better than a thousand peaceful days.

Paulo Coelho

   Rijeka - Croácia          

E então era assim...Uma mochila nas costas, uma amiga do lado, diferentes céus acima e chãos abaixo, Deus no coração e o mundo todo pela frente a se desvendar.

Débora Vasconcelos



quinta-feira, 8 de maio de 2014

AMIGAS – 23.07.12 - 23:26h - Vernon Heath

De tudo que me amparou na queda
Nada melhor que amizades
Com severidade dizendo as verdades que nunca queremos ouvir
Com amor e aconchego nas palavras
Com experiências similares
Ou totalmente opostas
De tudo que me amparou eu pude contar
Com quem me contou, quem eu realmente era
Quando não enxergava a mim mesma
De nenhum jeito
Cegada pela ilusão febril de um amor que nunca existiu
De tudo que me amparou
Minhas chuvas, minhas enxurradas
Elas me secavam enquanto eu molhava todo o caminho por qual percorri
De tudo que me amparou
E que ainda me ampara
Eternamente serei grata por ter vocês em mim

Débora Vasconcelos





RAZÕES – 23.07.12 – 23:18h - Vernon Heath

O frio na espinha
O medo da verdade
Mas a necessidade de tê-la
Cortante e massiva
Um mar inteiro caindo gelído de um balde sobre mim
Sobre o que eu fui e o que eu era
E tudo aquilo que acreditava
Que acreditei por mais de duas vezes
Que tento acreditar por uma terceira
Que não se torna real
Não mais real que a dúvida
Da incerteza de seu amor
Que a rotina pode quebrar tão facilmente com seus tentáculos
Razões para o certo
Razões para o errado
Isso irá acontecer de novo
Porque eu 
Eu ainda não mudei.

Débora Vasconcelos


domingo, 4 de maio de 2014

PRAZER O MEU NOME É FOGO - 10:30h - 19.04.14 - Cotia

Quero me infiltrar em seus pensamentos
Ser como uma nuvem suspensa que nunca cai do céu
Deslizar no seu corpo até me enroscar nos seus pelos
Deixar que o medo se dissolva como os nossos corpos que pingam em suor por aí
Se você pudesse perceber a beleza de se apaixonar novamente
Mas o seu coração está corrompido por um vírus chamado amor desfeito
E eu aqui mais uma vez me aventurando em desfiladeiros
Não posso contar contigo para me segurar
Você agora só vê o seu umbigo sofredor
E chora em cima de mim jorrando o seu drama sem saber dos meus
E eu só queria me apaixonar
Mas seria pedir demais pra quem está tentando sair do incêndio, brincar com fogo e comigo

Débora Vasconcelos



sexta-feira, 2 de maio de 2014

MULHER ALFA (A Luz Obscura) - 10:39h - 25.04.14 - Cotia

Se eu avanço eu te assusto
Se eu recuo você escapa
O nosso problema é que gostamos de ter o controle
Homens não estão acostumados com mulheres alfa
Sem amarras na língua e nos pensamentos
Estamos sempre um passo a frente e vocês não sabem lidar com isso
E quando damos o que vocês querem
Vocês se paralizam de medo como garotinhos que não sabem agir
Não quero que você concorde comigo
Eu simplesmente amo o combate, muito mais do que a você
Lute comigo, não desiste, a cama será nossa arena e saiba que você nunca irá me domar
Ambos ganhamos se você não quiser vencer
Você tem o privilégio de lutar comigo, sentir meu corpo em atrito com o seu, e as minhas palavras te fazerem pensar diferente, totalmente diferente do que um dia você conseguiu sozinho
Eu serei a luz obscura da sua vida
E se deixarmos de sermos tão duros, temos tanto a aprender um com o outro
Mas você precisa me enxergar direito, sou diferente de todas que você já conheceu

Débora Vasconcelos



quinta-feira, 1 de maio de 2014

O FIO DA MINHA ESCRITA - Cotia

Escrevi nas paredes do seu labirinto
Não perdi tempo procurando achar a saída
Te testando para ver se você mesmo o conhecia
Enquanto me procurava dentro de ti, seguindo o fio da minha escrita

Débora Vasconcelos



quinta-feira, 3 de abril de 2014

EXUMAÇÃO - 04:59h - 29.03.2014 - Cotia

Aí você percebe que há coisas que você realmente não deve falar, portas que você não deve abrir, sentimentos que não existem para ser explicados, pois não há palavras para traduzi-los e sempre vai ficar faltando algo.
E o que era para ser bom ao se por pra fora e se desebafar do jeito que dá com as palavras e formas que se tem, se torna algo ainda pior, só pelo fato de se ter entrato em contato com aqueles sentimentos novamente, por tê-los trazidos à tona e nada ter sido resolvido, solucionado, apenas "redoído", "remachucado", deixando o ar podre com essa exumação.
Aí você entende que certas coisas não é o tempo que cura, o tempo também não entra ali, ele se isenta de tal responsabilidade.
E essas coisas por serem incuráveis, ou morrem com a gente, ou nos mata.


Débora Vasconcelos


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MAIS UMA - 03:22h - 17.02.2012

Mais uma se libertou
E esta indo embora
O que a gente não consegue resolver dentro
Mais fácil tentar lá fora

Ela optou por sofrer menos
Do que está sofrendo agora
A fase de adaptação passa
Mas dor de amor demora

Toda a mudança no caminhão
É bem menor que a mudança no peito
Certas coisas a gente concerta
Certos homens nunca tem jeito

É como se recuperar de um luto
A agonia não cessa
Mais uma hora o sol volta a brilhar
E a gente volta a ser o que era

Numa versão mais melhorada
Talvez mais inteligente
A rede que ele lançou nunca mais vai pescar
Uma mulher igual a gente

De todas coisas quebradas
Não houve perda maior
Do que as escolhas tomadas
O coração diminui, mas a cabeça dilata

O mundo novo de possibilidades
Se abre a partir de agora
Basta saber aceitar toda a nova felicidade
Sem se culpar como outrora

Redescobrir o prazer nos detalhes
E se tornar mais forte que um rochedo
Não deixando nunca o medo dominar
E não voltar por desespero

Mais uma se libertou
E esta indo embora
O que a gente não consegue resolver dentro
Mais fácil tentar lá fora

Débora Vasconcelos

MÚSICA: SÓ SORRISO - Maria Gadu e Dani Black

http://www.youtube.com/watch?v=BnKoVDeMA4E

Compositor: Dani Black

Quando eu olho pra você
Vejo silêncio e lágrima
Incrustados num mundo de solidão
O que se mostra o que dá pra ver não é lástima
Do que de fato habita o seu coração

Tanta coisa parada sem par
Tanta coisa presa
Na tristeza de se refrear
O que a vida mais preza
A certeza de ser fiel
A própria natureza

Como você poderia saber
Se nesse mundo seu
Você não dá motivos ao sol
Pra clarear nova era
Você não dá ouvidos ao som
Que anuncia a quimera
Você não agoniza de amor
Mas já não sabe onde mora

É só sorriso mas não consegue chorar
Isso não ameniza seus ais
Não põe as mágoas pra fora
Não abandona a casa da dor
Quem quando dentro ignora
Você não admite sofrer
Mas já se vê sem escolha
É só sorriso mas não consegue chorar

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

LAVANDO O PASSADO - 00:12h - 13.02.2014

O que irritava Cíntia naquele dia lindo de sol enquanto lavava a louça, não eram os afazeres domésticos. O que amargava a sua boca era o fato dele ter estragado não apenas com o futuro dos dois que poderia ser brilhante se ele tivesse se esforçado, mas principalmente por ele ter estragado o passado vivido.
Enquanto ela apertava a bucha com força, expremia também a memória para ver se dali saia alguma lnembrança boa, algo digno de ser lembrado com felicidade sincera.
E sempre que se iniciava uma lembrança de um dia que tinha tudo para ser feliz, havia uma pausa profunda, como se o cérebro não quisesse lembrar da escuridão.
Cíntia sentiu a água em seus pés escorrendo da pia cheia, puxou o tampão do ralo e com a mesma velocidade do movimento o pensamento veio redesenhar as brigas, as palavras ofencivas e a humilhação de não ser amada por quem jurava lhe amar, quem só lhe trouxe desamor e nunca lutou por ela, nunca a defendeu.
Ela não era tão frágil assim, mas permitiu e ele se tornou a ameaça de sua felicidade.
Enquanto Cíntia terminava com a louça um pensamento seu nunca irá ser lavado, pois ela não se conformava que ele por ter lhe acompanhado todos passos, visto suas inúmeras vitórias ainda a tratava feito lixo.
Ele nunca reconhecera o que em Cíntia era belo e jamais sentira orgulho dela.
Foram anos perdidos, que não deixaram nem ao menos um passado bonito para se quer se relembrado.
Tirou as luvas, o avental e fez sinal da janela.
A felicidade buzinava da rua, ela merece a chance de tentar construir boas lembranças para o futuro.
Agora Cíntia já sabia que caminho não deveria pegar.

Débora Vasconcelos


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DIREITO DE RESPOSTA - 21.01.2014 - 23:50h

 
(Eu escrevendo em uma noite de lua cheia em Amsterdam)

Quando a confiança é traída, não deixe que exijam o direito de resposta, pois as palavras podem piorar ainda mais o que já está imundo.
Quando a confinça for traída por aquele em quem menos se espera, não dê o direito de resposta, pois o amor pode lhe fazer cegar-se pelas mentiras.
Quando a confiança for traída, não retalhe seu corpo, sua alma ou seja lá o que for, dê se um tempo de silêncio para acalmar a revolução que está acontecendo aí dentro.
Quando a confiança é traída mais de uma vez, não se culpe achando que o erro é seu em confiar de mais.
O erro é de quem não sabe o valor da confiança, geralmente essas pessoa não sabem o valor das melhores coisas da vida, como amizade e amor.
Quando a confiança é traída por alguém, confie em si mesmo e mude o rumo da sua história.
Ao invés de plantar desamor por aí, invista no seu amor próprio
E dê apenas ao tempo o direito de resposta.
Porque quem não soube te valorizar.
Com certeza não saberá te esquecer.

Débora Vasconcelos

(Aos poucos coloco as minhas fotos escrevendo pelo mundo)



MÚSICA: GARGALHADAS - 5 a Seco

Composição: Pedro Viáfora / Pedro Altério 
Pra que buscar recaída,
Reviver o drama,
Mexer na ferida?

Por onde se engana o coração
Se encontra a saída pra vida
Tempo de ver que é maldade
Martelar as horas no chão da saudade
Embora agora a contradição,
O tempo que pôs essa dor nessa conta
É quem desconta
Passa e te aponta o ponto de...
Sorrir mais
Soltar gargalhadas

Deixar pra trás
O que te entristece

Tece teus ais
Rir mais
Soltar gargalhadas
Deixar pra trás
O que te entristece
Tece teus ais


NOSSO CASAMENTO - 26.01.2014


Meus cabelos são o véu
Os dentes de leão, que o vento leva e espalha, são do meu buquê
Nossos olhares são os votos
E a música que cantamos juntos, dissipada pelo eco das montanhas ao redor, são as palavras mais importantes que os padres não saberiam dizer por não poderem sentir desse jeito
Nos encontramos nos beijos e no refrão que diz (EU TE AMO)
E a estrelidade veio nos abençoar
Dando nos o presente mais bonito que nunca irá se acabar...
...Uma ótima lembrança do dia do nosso casamento

Débora Vasconcelos


ÀS VEZES MORRER É NECESSÁRIO (Suor e Lágrimas) 22.01.2014

Morro vorazmente de manhã quando penso em você
Sua falta rasga a carne até eu novamente entender
Que suas mãos não correrão mais em meu corpo
Que a minha pele não mais será tingida com o seu olhar
E o meu suor não lhe será entregue como prêmio
Então morro!
Morro em manhãs como essa em que a minha cama esta vazia
Mas ressuscito rapidamente para mais um novo dia
E me alegro por essa parte de mim estar morrendo aos poucos
Você não era uma pessoa para se vivenciar
E sua lembrança morre comigo em manhãs tão vazias como você
Que não tinha mais o que me oferecer
Além de suor e lágrimas

Débora Vasconcelos



domingo, 26 de janeiro de 2014

MEU ANIVERSÁRIO!

Hoje é o meu aniversário, só que desta vez eu não quero convidá-los para uma festa e sim para participar de uma campanha do bem, faça uma boa atitude (doe sangue, doe roupas, ajude ao próximo de alguma forma) tire uma foto e me envie se você quiser, esse será o melhor presente que você pode dar não apenas para mim, como para os outros que realmente necessitam. Quando você se sentir triste faça o bem para alguém e você se sentirá feliz com a alegria dos olhos de quem você ajudou!

Today is my birthday, but this time I don't want to invite you to a party but to join a campaign of good attitude (donate blood, donate clothes, help to others in some way) take a picture and send me if you want, this will be the best gift you can give not only for me as for others  who really need it. When you feel sad do good for someone else and you will feel happy with the joy from the eyes of those who were helped by you!

Débora Vasconcelos





terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ACHADOS - 15.08.13 - 15:20h - Cotia

A mensagem no celular que me acorda feliz começa dizendo:
"- Te achei..."
Como poderia ele me achar, se nunca me perdeu?
A não ser em seus lábios e em seu corpo.
Sempre fui dele, na mesma proporção em que ele foi meu.
E os nossos copos sempre transbordaram de fora para dentro.

Débora Vasconcelos



MÚSICA: PEGA DE JEITO - Dani Black

Composição: Dani Black


Como que você não viu
Como que não percebeu
Se estava todo tempo ali
E você nem nada
Você nunca me impediu
Mas também não se rendeu
Entre o cego e o sutil tem mais algo entre você e eu
E eu fiz de tudo até sinal de fumaça
Da solidão minha bandeira
Depois dei tempo pra ver se amansa tanta dor no peito
Agora não dá mais nem é direito
Ou você me liberta ou me pega de jeito
Me pega de jeito

E eu fiz de tudo e agonia não passa
Por não se entregar inteira
Fica esse impasse, ponta de lança
Fere qualquer sujeito
Por isso não dá mais, nem é direito
Ou você me liberta ou me pega de jeito
Me pega de jeito


http://www.youtube.com/watch?v=K92mNi3gro8


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

CORAÇÃO LAMINADO - 12:38h - 06.01.2014

Eu estou forjando o amor como uma espada.
Dando pancadas para deixá-lo afiado.
Pronto para ferir.
Eu estou suando, colocando todo o meu esforço e energia para deixá-lo liso, para deixá-lo pronto e entregá-lo ao inimigo, ou guardá-lo para sempre em um caixa de veludo vermelho.
Porque fazemos isso? Eu não sou a única aqui.
Uso esse processo para expulsar os meus demônios enquanto moldo o coração laminado.
E o choque térmico não é suficiente para acabar com toda dor.
Do fogo para pancadas, do fogo para àgua, é exatamente isso que eu estou vivendo enquanto tento deixar o amor perfeito.
Para que se alguém quiser machucá-lo novamente, ele corte primeiro.
Eu estou forjando o amor!

Débora Vasconcelos


Significado de Forjar

v.t. Dar, por meio do fogo e do martelo, a um metal quente e ainda maleável, uma forma aproximativa ou definitiva.
Fabricar, compor.
Fig. Inventar, imaginar: forjar uma intriga.
Falsificar: forjar uma assinatura.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A LIÇÃO MAIS IMPORTANTE DE MARKETING QUE EU APRENDI: Valor X Preço - 04.11.2013 - 13:33h - Cotia

Katielly, Flávia e eu (São Thomé das Letras-MG)

Se um dia eu tiver um(a) filho(a), vou ensinar o valor de uma viagem, o que se ganha em sentir um cheiro de comida diferente do que se está habituado a comer, o que se aprende ao ajudar alguém a escalar uma rocha para tirar uma foto, ou ser ajudado quando se falta um dinheiro para comprar uma lembrancinha do lugar que se visita, o quanto um banho de cachoeira lava a alma, o quanto um abraço aquece o coração, vou ensinar que às vezes sentar observando a natureza com amigos e dividindo um vinho barato tomado direto da garrafa tem um gosto muito melhor do que o do vinho mais caro do mundo, que aventuras é pra quem tem coragem de largar a rotina, que as paisagens te contaminam com a criatividade de Deus, vou ensinar que devemos adquirir experiências e não coisas, que essas sensações não nós podem ser tiradas, roubadas ou destruídas, que a alegria não termina quando o show acaba, que a energia não se esvai quando o passeio termina e que as amizades conquistas são muito maiores que eletrônicos ou coisas que o dinheiro compra. Ficarei eternamente feliz se meu(minha) filho(a) me pedir dinheiro para comprar um livro, um caderno pra escrita, para ir num show da banda preferida, uma excursão, uma mochila nova ou uma barraca para acampar e não o celular de última geração, uma TV, roupas de marca ou vidas no jogo da momento, quero compartilhar com ele(a) experiências memoráveis para nossas vidas e então vou ensinar a agradecer a Deus após todas essas conquistas impagáveis e inesquecíveis para que se aprenda que valor é bem diferente de preço.

Débora Vasconcelos

(Eu escrevendo em São Thomé das Letras com a energia das montanhas)

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(Imagem da Internet)

MEU ENORME AGRADECIMENTO!

Débora Vasconcelos



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ESTAR DE VOLTA - 13.11.2013 - 15:17h - Cotia

Demora, mas chega uma hora em que a vida entra nos eixos novamente, em que a gente se readapta.
Demora, mas em um belo entardecer com os amigos que brincam e falam besteiras a vontade, com o pôr de sol de fundo enfeitando a paisagem, você percebe que está no lugar onde deveria estar.
Demora, mas um dia você acorda e sorri satisfeito por ter o SEU teto sobre você e percebe que a felicidade de poder escolher a cor da parede é imensamente maior que muitos outros prazeres importados. Então você pinta e extravasa o seu simples poder de decisão antes banido.
Demora, mas quando o sol é forte o suficiente para te dar coragem de entrar na cachoeira com suas águas geladas e desfrutar da natureza, você entende que isso também é liberdade.
Demora, mas quando alguém vai embora você se toca que esse tempo não volta mais e que agora é hora de fazer com muito amor para aqueles que ficaram, que te esperaram, que te amaram incondicionalmente além da distância em que você estava.
Demora, mas você começa a valorizar novamente o toque, os aromas, o aconchego, o cafuné, os palavrões, os dialetos brasileiros inventados por você mesmo e que quem é de casa entende.
Demora, até perceber que a solidão já não te assusta e que não é necessário sair toda noite ou comprar algo para estar bem consigo mesmo.
Demora sim. Ahh! Como demora, para saber que você sempre estará em cima do muro a partir do momento em que cruza a fronteira, mas que isso não é ruim e é quando você passa a ser grato por poder ter vivenciado o outro lado, tendo a certeza que não é impossível e que quando quiser pode voltar pra lá, para passear, estudar, viajar ou seja lá o que for.
Demora ainda mais pra você reconhecer as belezas internas, próximas, longínquas, mas dentro do seu território, aquele velho desconhecido que é seu.
Demora de mais, até você se sentir apaixonado novamente pela vida que nunca deixou de ser sua, onde quer que você estivesse e então passar a amá-la com todas as suas forças e usar a garra que você teve para começar do zero em um lugar distante, agora em sua nova/antiga realidade.
Demora, mas você vê que as condições mudaram dentro de você, embora tudo pareça externamente igual, e isso faz a total diferença.
Demora, mas em algum determinado momento você estará fazendo planos novamente.
Demora para se readaptar, mas um dia sem ninguém falar nada você vai olhar ao seu redor e sentir-se feliz por estar de volta.

Débora Vasconcelos


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA PARA OS LEITORES!!!

       Foto tirada em Edimburgo - Escócia 


Milagres acontecem quando a gente vai à luta!
(O Teatro Mágico)



SEM JUÍZO - 22:33h - 24.06.13‏ - Cotia

Eu quebrei o protocolo
Burlei o repertório
E fui na contra mão de todos os procedimentos
Seguinto apenas e únicamente a minha intuição
Destruindo as regras mais antigas
Eu pairei na brisa da minha imaginação
Despedi os termos e a legislação
Rompi os laços e nós que me prendiam
E acobertavam a minha identificação
Me despi das armadilhas escondidas
Embaixo de cada ferida
Que o passado não cura não
E na verdade da minha própria vida
Sem método ou tradição
Eu consegui voltar a ser feliz
Abdiquei do sim
E desfiz o pacto com o não

Débora Vasconcelos



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FIZ AS PAZES COM DEUS - 19.11.12 - 19:57h - Vernon Heath - Dublin


Depois de mergulhar no mar de roupas e tudo mais, eu fiz as pazes com Deus, agora eu quero tempo para pensar. Um tempo que não tive para digerir muitas coisas, enquanto eu estava sendo engolida pelos acontecimentos.
A velocidade dos fatos e a demora de um sofrimento intransferível me fizeram ficar muda.
Justo eu que poucas vezes me calo.
E quando me calo, escrevo.
Eu já não tinha palavras que pudessem sair de minha boca ou mãos que pudessem demonstrar o quanto estava escuro ao meio-dia.
Desaprendi a escutar o meu corpo, não sabia o que era sono, fome, sede; já não sabia o que era amor.
E no mergulho reativei meus sinais vitais e no mergulho eu renasci.
Não me lamentaria mais a parti de ali, não me indignaria com o passado e nem me revoltaria com o que estava por vir.
Eu fiz as pazes com Deus!

Débora Vasconcelos

* Fotos tirada em Rijeka - Croácia
E eu com meu caderninho escrevendo.


domingo, 27 de outubro de 2013

TRAÇOS FORTES, PINCELADAS SUAVES - 13:27h - 21.10.13

Eu sou a menina de traços fortes e pinceladas suaves
Era assim que ele me descrevia
Destinguia a mescla do que era melhor em mim
Desviando o meu olhar para aquilo que eu não enxergava de olhos abertos
Então fechava o meu coração para as expectativas que não me deixavam ver
Eu sou a menina do chá e dos pés frios
Era assim que ele me sentia quando me acordava com o cheiro do amor vindo da minha caneca favorita
Sentia prazer em me dar alegria
Não roubando a minha energia a favor do seu ser
Eu sou a menina de cabelos bagunçados e de olhos maquiados
Toda noite a mesma coisa em minha volta ao seu lar
E ele com sorriso largo, largado em seu sofá
Às vezes lendo coisas minhas
Me transformando na menina mais linda ao sua porta adentrar
Ele é especial, mas o tempo todo fez com que eu sentisse o contrário
Separados já não somos lindos como éramos

Débora Vasconcelos

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ELE USOU O MEU CORAÇÃO PARA VOAR PORQUE O DELE NÃO TINHA ASAS - 11:43H - 21.10.13

Ele usou o meu coração para voar, porque o dele não tinha asas
Eu fingi não me importar, pois me dava prazer o seu peso momentâneo sobre o meu tronco

Ele usou os meus cabelos para se segurar
Por perceber isso eu fui mais veloz no vôo
E ele não caiu nas teias armadas abaixo de nós
Ele nem se quer as viu
Ele usou a minha boca para falar aquilo que não se atrevia
E eu gritei bem mais alto do que até mesmo eu podia
Ele baixou a guarda do seu padrão exemplar
E se rendia a minha conduta de madame estelar
Seus ombros ficaram relaxados
E os meus enrijecidos de tanto voar para manter aquela mágica sintonia
A sintonia que não havia em qualquer outro lugar
Apenas enquanto ele usava o meu coração para amar, porque o dele não tinha asas

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ELE NÃO TEM MEDO DOS MEUS MEDOS - 8:28h - Cotia

Gosto do jeito dele de sentir medo de me fazer carinho
Isso significa que eu ainda o assusto
Não quero que ele se acostume com meu jeito
Quero sempre ser a incógnita e deixá-lo com medo
Com medo de desistir de mim
Quero sempre ver os seus olhos arregalados e não ter certeza se isso é do pavor que eu lhe causo ou da paixão
Eu prefiro a certeza vinda das mãos trêmulas
Do que de palavras persuasivas nebulosas
Aquilo não foi um beijo, foi uma luta e eu gostei
Gostei dele não ter medo dos meus medos
E me fazer seguir errando ao seu lado sem que seja tão drástico como parecia ser

Débora Vasconcelos

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

LEALDADE - 23.08.13 - 11:36h

É aceitável você deixar a casa de seus pais para um casamento.
Todos aplaudem e festejam quando você resolve deixar de cuidar de seus pais e devotar a sua vida para uma pessoa que você conheceu há algum tempo, alguém que pode até te fazer mal lá na frente...Ainda assim é compreenssível e elogiável.
No entanto quando você resolve deixar a casa de seus pais para viver a sua vida, para ser feliz a sua maneira, para expor as suas próprias asas ao mundo. Os olhos alheios destilam o julgamento de que você é uma pessoa egoísta, de que não ama os pais, de que é uma pessoa má.
As pessoas preferem ver lágrimas de servidão, do que sorrisos de liberdade.
A saída não significa esquecimento de entes queridos, a saída não significa que não haja interesse ou cuidado com os que ficam.
Às vezes é preciso partir por amor.
Por amor dos que ficam e não merecem o seu momento de tristeza, por amor aos que ficam e não merecem a desarmonia que você causa por ter um pensamento diferente.
Para que eles não vejam a guerra explodindo em seus olhos e instintos que você não sabia que tinha, mais que de alguma forma são despertados como uma faísca no meio de uma discussão.
Às vezes é necessário a saída por amor a sua dignidade, por um ideal que você acredita e por respeito a sua própria dor ou felicidade.
E as visitas serão mais leves. E a harmonia reestabelicida.
Lealdade não tem casa e sim coração!

Débora Vasconcelos

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

FOI VÁLIDO - 23:15h - 28.06.13

- Nem sempre o que ultrapassa transcende!
No meio desse papo de travessia ele me pergunta como fazer isso funcionar direito
E sorrindo me roubou um beijo
Como se eu não quisesse ser assaltada ou rendida
Na pressa deixamos cair as roupas
O quarto parecia ser longe de mais
E o corredor foi válido
Na mente a frase:
"Nem sempre o que ultrapassa transcende!"
Afinal nem se quer conseguimos atravessar de um comôdo para o outro
A sensação de urgência era grande demais para ambos
Na verdade não estávamos interessados em ultrapassar, atravessar ou transcender
Escolhemos ficar no meio do caminho
E simplesmente viver

Débora Vasconcelos

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CORAGEM - 00:04h - 20.08.13

Três dias antes de tornar a decisão em realidade, ela se olhou no espelho com os cabelos bagunçados, a cara de cansada e sentiu medo.
Não havia dormido pensando, e perguntou a si mesma se não era por impulso tal atitude, pois isso se repitira no passado. E lembrou que na primeira vez o impulso foi tão grande que não houve tempo sequer de pensar, quando havia se dado conta já tinha feito...Assim sem experiência alguma, sem nada que lhe desse segurança, apenas havia metido os peitos.
Então diante do espelho e de suas olheiras a certeza nasceu novamente em seu coração.
De que meter os peitos é melhor do que empurrar com a barriga!

Débora Vasconcelos


GERÚNDIO - (Carpinejar)

Durante meses, falei que estava me separando. Para me acostumar. O gerúndio um dia acontece. 

Não me acostumei, confidencio a você o que experimento, talvez para ter maior clareza sobre o que me machuca. 

As alegrias não são mais como deveriam. As tristezas não são mais como deveriam.

Não consigo encerrar uma como a outra. 

A tristeza não tem fundo. Tristeza é quando não temos mais fundo. 

Procuro desidratar, espernear, rastejar dentro do sangue, ser um réptil de pele grossa, deixar a barba a esmo, esmagar os travesseiros com um misto de soluço, tosse e socos dos olhos, mas sempre sobra dor para o dia seguinte. Por mais que me esforce em terminá-la – resta uma angústia inédita, uma angústia inesperada, que parte de uma vivência simples como freqüentar um parque ou atravessar uma rua conhecida. Não é um parque qualquer, é onde a ex-mulher me acompanhava. Não é uma rua qualquer, é aonde atravessávamos de mãos dadas. 

Nunca sei quando vai doer – isso é o que mais dói. 

Não duvido que o excesso de sensibilidade me torne insensível. Estou tão vulnerável que não sinto nada. 

O riso é também pela metade. O riso hepático, mais uma contração facial do que uma respiração desembaraçada. Aceno com a cabeça, não é mais aquele salto felino dos dentes. Meu sim virou um não simpático, com a leve inclinação dos lábios. Não abro, nem fecho: respiro pela boca. 

Perdi mais do que a sinalização de qual era a mão esquerda com a aliança. Ainda não sei o que perdi. Amanheço e percebo que perdi mais uma coisa. Tudo me engravida e eu perco. Perco muitas crianças em cada lembrança.

Do livro Espero Alguém (Bertrand Brasil, 2013)

Autor: Fabricio Carpinejar

domingo, 11 de agosto de 2013

O MELHOR PRESENTE PARA MEU PAI -14:44h - 11.08.13 (Dia dos Pais)

(Ele esta com os anjos de verdade agora)

Hoje em dia quando passo em frente ao prédio em que ele trabalhava em São Paulo, imediatamente me arrependo de não ter prestado mais atenção na história, de não tê-la escrito para que eu não perdesse nenhum detalhe, que hoje a minha memória esqueceu dos causos contados por meu pai.
Algumas pessoas passaram a me olhar com pena após a ida dele.
Outras demoraram muito para me contar coisas que eu nem sabia a respeito do meu pai.
E para algumas eu ainda não estou pronta para ouvir e simplesmente me fecho e tento mudar de assunto.
Eu presenciei uma grande mudança em seu coração em todos os sentidos.
E vejo claramente essa mudança quando falamos do passado e me deparo com a reação de surpresa de minha sobrinha que só o conheceu após essa transformação na vida dele.
Sei que ainda não esta acabado. Estamos todos em processo de entendimento, inclusive ele em outro plano.
Não esqueço os momentos ruins, apenas não guardo mágoa, pois eu fui mais forte que toda a sua brutalidade. Talvez eu ainda remoesse com raiva se eu não tivesse superado.
Mas pelo contrário eu superei, só que eu tive que me separar do meu pai, não por uma, nem por duas, nem por três vezes, tive que me separar inúmeras vezes dele para amá-lo.
E em todas às vezes ele me viu partindo em busca de meus sonhos.
E eu o ensinei que a minha força esta dentro do coração e não nas mãos ou em palavras ásperas.
E o meu pai chorou comigo ao ver a conquista de tantas coisas boas em minha vida. A minha força me levou a realizar coisas que eu nem havia sonhado de tão grandiosas.
E eu agradeço por ter visto ele mudar, até o último momento, eu vi o meu pai mudar para melhor.
Durante a nossa convivência eu pude lhe dar alguns desenhos quando criança, cartões, perfumes, ou outros presentes materiais.
Mas o melhor presente que lhe dei em vida e que ainda posso continuar lhe dando, definitivamente são as minhas vitórias.

Débora Vasconcelos