É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sábado, 26 de novembro de 2011

BUDAPESTE - 24.11.11 - 7:57h – Vernon Heath


A poesia desaba por dentro. Como o amor”.

Eu tinha lido o livro Budapeste de Chico Buarque e detestei, não pelo livro ser chato, ou difícil, ou sem pé nem cabeça, ou por qualquer outro motivo do qual geralmente não se possa gostar de um livro, mas eu não gostei apenas porque foi uma obrigação lê-lo, para fazer uma prova na faculdade. Mas nunca conseguir esquecer as imagens visuais que esse livro me fez criar na mente sobre Budapeste, e então eu assisti semana passada o filme e nossa é óbvio que o livro é melhor que o filme, como sempre será, por nos dar a liberdade de imaginação e não nos vir com algo pronto, mesmo assim eu recomendo muuuuuuito para assistirem esse filme, por diversas vezes me senti na pele do personagem principal que também é escritor e passa por mudanças bruscas.

E o melhor momento do filme em minha opinião é quando ele fala...

Para esquecer aquelas palavras ditas a Vanda, talvez fosse necessário esquecer a própria língua em que foram ditas. Talvez fosse possível substituir na cabeça uma língua por outra. Durante algum tempo minha cabeça seria assim como uma casa em obras. Palavras novas subindo por um ouvido e o entulho descendo pelo outro.”

Aí eu que estou doida pra conhecer Budapeste mais do que nunca, mesmo depois de ler e assistir grandes obras sobre esse lugar ainda me meto a besta de adentrar nesse mundo, pretenciosa o bastante para escrever sobre um lugar que não coloquei meus pés ainda, mas que de algum modo eu já derramei minha imaginação.


BUDAPESTE – 24.11.11- 7:57h – Vernon Heath

Budapeste se mostrou pra mim no meio de uma controversia

Observando as duas mulheres se estapearem, eu ri

Eu só queria mesmo era deitar meus seios em sua ponte e sentir sua atmosfera fascinante, enquanto o rio passava abaixo de mim levando meus ossos em suas correntes, deixando meu corpo uma espécie de massa mole e derretida por aquele lugar, e tudo o que era rijo em mim se foi em suas águas.

Após Budapeste eu nunca mais seria a mesma.

Depois de livro, filme, depois de morar na Europa, depois de escrevê-lo, eu enfim estava em Budapeste

Eu vivi e eu sonhei Budapeste

E agora saboreava seus desígnios

Nos banheiros de hotéis escrevi palavras no vapor, palavras essas que nunca mais irei lembrar, deixei-as de presente para Budapeste

Mas sei que foram lindos versos sobre memórias de lá que jamais saíram de minhas veias

Débora Vasconcelos

EU NÃO PAREI NÃO, VIU


Gente eu não parei de escrever não, aliás estou produzindo bastante, o que me falta além de tempo para digitar é um computador, já que o meu foi sepultado e eu ainda estava de luto. Mas quem sabe Papai Noel me dá um...kkk

Mas não me abandonem que aos poucos eu vou postando escritos novos.

Beijos a todos!!!

Débora Vasconcelos



POETA ESQUECIDO

Só queria casar com uma bailarina,

Viver a beira da praia

E ter o mar como jardim.

Sentar a beira da estrada

Vendo o tempo passar.

Sair a noite

E voltar de manhã

Com o sol as costas.

Voltar aos velhos trapos.

“… Mas velhos são os hábitos,

E trapos são os poemas na gaveta”

Inspiração perdida

De um poeta esquecido.

Sidney Neves


Esse poema é de um amigo que conheci através do meu blog e que mora em Cabo Verde, ele tem um blog e quem quiser ler mais os escritos dele, acessem

http://devoltaofazedordesonhos.blogspot.com

Bjs


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AMANTES – 10/11/11 – 01:29h – Vernon Heath

A pesar de termos extravasado os nossos desejos

Ao mesmo tempo mantínhamos algumas vontades contidas

Nas pontas das unhas, dos dentes, da língua e do coração

Dentre as loucuras que cometíamos não podíamos nos morder, unhar, chupar ou amar

Nada que deixasse marcas depois


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

9000 VISITAS

EU ESTOU RADIANTE DE ALEGRIA PELOS 9000 ACESSOS AO BLOG

MUITO OBRIGADA A TODOS QUE PASSAM POR AQUI

E EM ESPECIAL AOS QUE DEIXAM OS COMENTARIOS E ESTAO SEGUINDO

ISSO ME FAZ MUITO FELIZ

OBRIGADA NOVAMENTE

BEIJOS!!!


ALÉM DA CONTA - 25/10/11 - 07:48h - Vernon Heath

Me entreguei além da conta

Porque sabia que ele não seria meu

Então me expus sem medo de ser aceita ou não

E mesmo assim ele me quis em suas noites de aconchego e liberdade

Só sobrará saudade além do que deveria sobrar

É uma conta que precisará fechar

Para não ir além do que podemos pagar

E ainda sim nos veremos tendo que deixar os nossos desejos no balcão

São duas coisas que na mesma balança não se podem pesar:

Amor e Tesão

São pesos diferentes dentro de uma relação

Mas o carinho do aconchego dos braços dele e meus beijos de arrancar pedaços, são coisas que conseguem juntar os dois sentimentos dentro da mesma proporção

Mesmo que isso seja um momento apenas para se relembrar além da conta de uma louca tentação

Débora Vasconcelos

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A DIFÍCIL TAREFA DE CHORAR – 15/09/2009

Hoje não tive tempo pra chorar.

Estava muito ocupada no trabalho, minha supervisora saiu de férias e sobrou pra mim.

Segurei o choro entre um telefonema e outro, mais não o esqueci.

Chegando em casa lembrei que os coletores de lixo passariam no dia seguinte, fui pegando o lixo e pensei, agora sim vou chorar em paz. Aí chegou uma vizinha pra conversar. Enquanto a ouvia, lavava a louça e segurava o choro mais um pouquinho, como quem esta com vontade de ir ao banheiro mais tem que segurar a vontade.

Mesmo desabafando com ela de forma superficial as minhas angustias, eu não chorei, pois ela estava com o filhinho dela e eu não queria chocá-lo. Já que sabia que quando eu começasse eu não iria parar tão cedo. Quando ia começar a novela ela foi embora, pois queria assistir no conforto do seu lar.

Eu então achei que choraria toda aquela coisa que estava presa em mim desde manhã.

Mais aí toca o meu celular e eu tive que dizer que estava bem para o meu pai, pois se falasse que eu estava mal e não soubesse explicar toda aquela minha revolta de tanta coisa que estava fora do lugar dentro de mim, eu saberia que ele pegaria o carro e viria me ver e eu enfim queria simplesmente chorar sozinha, apenas chorar.

Depois de ouvir os problemas dele, senti me suja, pois tinha mexido no arquivo morto no serviço e com o calor que fez, suei, andei muito pra chegar em casa, pois minha carona teve que me deixar um pouco mais longe de casa hoje e eu já tinha lavado a louça e limpado o fogão...enfim, então resolvi tomar um banho e pensei que agora ninguém mais poderia me atrapalhar. Ao molhar meu corpo lembrei que eu sempre chorei escondida no banho, pois além de disfarçar as lágrimas misturadas na água do chuveiro eu não tinha que explicar para minha família ou namorados o porque estava chorando.

Afinal toda vez que eu tentei explicar, fiquei frustrada, pois descobri que para eles minha vida era cor de rosa e meus motivos pequenos de mais diante da imensidão de egoísmo que eles possuíam.

Então resolvi que não choraria mais no chuveiro, afinal eu morava sozinha e não precisa esconder de ninguém minhas lágrimas, poderia então chorar tranqüila no sofá da sala sem contas pra prestar. Me recusei a chorar no banheiro.

Sai do banho, passei creme, sequei o cabelo, pois sabia que se deixasse ele molhado iria ficar armado, não que isso me incomodasse, pois adoro os meus cabelos despenteados. Mas incomoda os outros no meu trabalho, falam tanto, mais tanto, fazem piadinhas, perguntam se eu fui trabalhar de moto, falam de mim pelas costas, e descobri com o tempo, que tanto as roupas quanto os cabelos representam muito a minha capacidade e competência. Pois no mundo corporativo, não adianta apenas dar resultados, tem que ser bonita, de cabelos bem tratados e de unhas feitas porque se não for assim é sinal de desleixo e de incompetência.

Estava com a barriga roncando, mas a tristeza havia me tirado o apetite, mais o vazio continuava. Como eu já estava mexendo com os cabelos, resolvi separar a roupa que usaria no outro dia. E quando vi era tarde e estava cansada até pra chorar.

Não sairia mais as lágrimas naturais que eu tanto segurei o dia inteiro. Minhas razões se tornaram pequenas diante de tantos contratempos, eu mesma me pus em segundo lugar. Era só o que faltava ter que colocar na agenda um horário para poder chorar. Fui dormir. Esse compromisso eu tive que adiar e ficou para outro dia, essa difícil tarefa de chorar.

Débora Vasconcelos

MÚSICA: SERENÍSSIMA - Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou -
quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendendo o terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo

terça-feira, 1 de novembro de 2011

OBRIGADA AOS NOVOS SEGUIDORES E AOS ANTIGOS TAMBÉM !!!
FICO MUITO FELIZ EM SABER QUE TEM MAIS GENTE CURTINDO ESSE CANTINHO.

BEIJOS.

SECRETO - 01.07.11 - 23:10h - Rosmead Delvin


Sem o glamour das fotos que posta em sites de relacionamentos
Sem a maquiagem da beleza dos lugares
Ela também chora com seu travesseiro
E vocês não podem imaginar o quanto é dificil enfrentar um mundo estranho sozinha
Fora da sua solidão ela tenta ser feliz
Ela faz o possível
Mas quando anoitece as coisas se transformam novamente
Os pés cansados de tanto dançar
O suor espalhado nas roupas que antes não costumava usar
E depois de se despedir dos amigos
Fecha a porta e ainda sim há espaço para solidão
E amanhã ela tentará de novo
E assim se acostuma um pouco a cada dia
Sentindo novos sabores, novos desgostos e o que não sabe decidir, vai levando no banho maria
Fora do sapato de salto e do casaco pesado
Ela ainda é a mesma
Os óculos escuros não podem esconder seu passado
E ela me contou baixinho, que tem medo da solidão

Débora Vasconcelos