É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

domingo, 29 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

E EU NÃO CHOREI – 23/05/11 – 07:30h Blessington St



Quis disfarçar minhas lágrimas enquanto cortava cebola, mas não pude, pois ele me conhece bem e ainda nem sabe


Ele perceberia que as lágrimas seriam da falta que dele eu já sentia, só de imaginar sua distância


Porque sempre cabe a mim o poder de decisão?


Um não ou um sim que machuca com sua razão


Mas parece que para tê-lo terei que perder a mim, justo agora que eu só queria me conhecer


Meu corpo e coração apóiam essa junção


Mas a cabeça diz firmemente que não


E em conversas sobre lugares eu nunca poderei participar


E entre terra, céus e mares


Descobri que dentro de mim é o meu lugar


E eu preciso me achar primeiro


Pra pedir perdão a mim


Ainda há muito que mudar pra eu mesma ser aceita


Simplesmente por mim mesma


Débora Vasconcelos

CHEIOS D’ÁGUA – 22/05/11 – 13h – Thomas St

Meus olhos se fascinam há todos os instantes

E como a boca enchem-se d’água

Corro contra o tempo, sem querer que ele passe

Enquanto eu passo pelos caminhos que me fazem esquecer, mas que quero que em minha memória permaneçam guardados

É uma troca gratificante

Cansativa mas incomparável

Tentar me integrar a todo instante

Ao mesmo tempo em que estou entregue

Estou sempre sendo avaliada

Atravesso as pontes da minha vida todos os dias, que me ligam em dois mundos

Com um rio que corre abaixo gelado e em cima das pontes pessoas apressadas

Por enquanto eu ainda não corro

Sigo em paz de dia ou madrugada

Por enquanto os meus olhos são preenchidos com aquilo que ainda não vejo como rotina

Então eles se fascinam

E como a boca, enchem-se d’água


Débora Vasconcelos

ESCONDERIJO DE BONECAS – 24/05/11 – 00:12 h – Thomas St

Duramente o medo como a paixão veio tão avassalador mais que os ventos da Irlanda

Medo de me relacionar

Nessas horas queria ser boneca feia, pra ficar dentro da caixa sem que ninguém me queira e quebre meu coração de tanto afundar meu peito pra ver se funciona

Sem eu precisar decepcionar ninguém, pois sou mesmo inanimada e só repito frases feitas, sem me expor, sem fazer nada

Apenas sinto o medo de ficar cega novamente

Vivendo objetivos que não eram meus

Mas os meus também não podem mais esperar

Agora tenho medo de me perder de novo, no meu próprio labirinto, tentando encontrar a voz de quem ainda nem conheço

Ando, ando sem sentido

Quase sempre indignada

E da minha cabeça não sai a idéia da caixa que iria me proteger

Só queria me esconder de quem eu mesma me tornei

Débora Vasconcelos

MÚSICA: UM CERTO ALGUÉM - Lulu Santos

Composição : Lulu Santos / Ronaldo Bastos


Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção

E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção

Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver
Que eu viver, uoh, uoh

E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

DEFINITIVO – 11/05/11 – 14:40h – Thomas St

Nada do que posso te oferecer é definitivo

Se há um rio que corre em mim

Jorrando pra todos os lados

Não há gargalo que o possa engarrafar

Nada que você possa dizer

Será mais forte do que eu posso viver

Nada do que a gente viva

Será mais importante do que a minha própria vida agora

Sim estou sendo egoísta

Mas durante muito tempo eu me esqueci

Agora que me resgatei

Não posso simplesmente me dar a você

Me entregar sem me valer

Dói não poder te dar uma definição do que sinto

Você precisa de algo definitivo

E isso eu não posso lhe ofertar

O meu definitivo é muito raso

Perante ao meu rio em que você quer se atirar

E um de nós irá se machucar

Com as pedras que estão embaixo

Desse riacho que é tão bonito de se olhar

E só nadar

E não de cabeça mergulhar

Tem dias de correnteza baixa

Tem dias que é forte

Nada é definido

Nada é definitivo

Então não venha me culpar

Se nas minhas águas se afogar

Esperando encontrar salva vidas

Se é a minha vida é que está em risco

E corre somente para o mar

Tentando se encontrar

Beirando o que eu desconheço

Minhas próprias encostas vou desvendar

Então não posso te revelar

Aquilo que nem eu mesma sei

E para mim ainda é segredo

Mesmo estando dentro de mim


Débora Vasconcelos

TANGO

No espelho, reparo em partes de nós desengonçadas e ideias desarrumadas à espera de tempo e de vontade para deitar fora as coisas inúteis que ocupam o espaço que nos falta para algo mais importante, porque a vida acontece mais depressa do que o tempo que desperdiçamos a manter tudo teimosamente desarrumado. No que me une a ti não envelheço, recrio-me, transformo-me e tento aprender a vida do princípio, porque sei que nada sei e quero aprender o que sou ainda desajeitadamente. Por isso, aqui, ao espelho, sonho que tiras as mãos dos bolsos e vens dançar comigo como se fossemos a medida de todas as coisas infinitas e o nosso tempo não se contasse pela história das coisas desarrumadas.

RECEITA DE AMOR – 12/05/11 – 20:08 h – Thomas St

Como é que faz para desligar esse negócio

Alguém me ajuda a achar o botão desse troço?

O coração azedou que nem coalhada

Ninguém me falou que coração azedava


Mesmo depois de tanta surra eu juro que pensei

Que viraria chantilly ou coisa assim

Mas doce é que não virou

Perdeu o ponto e foi por mim


A batedeira continua a funcionar

Tem alguém aí que possa desligar?

Preciso parar de colocar amor

Acho que foi esse ingrediente que fez embatumar


Qual a receita certa para amar?

Qual a melhor fôrma pra se colocar?

Será que precisa untar para sair mais fácil?

Ou será que o antiaderente faz desapegar?


Um forno pré aquecido com outro calor

Um forno com cheiro de queimado

De restos de outra receita que entornou


Parece que esta tudo errado

E batedeira continua ligada

Acho que eu não presto pra fazer amor

Já estou ficando desesperada


E na hora errada o gás acabou

Agora é que não sobra nada

Da minha receita errada

Que mais uma vez desandou


Débora Vasconcelos

domingo, 15 de maio de 2011

SOBRE CERTEZAS & NAUFRÁGIOS – 15/05/11 – 15:24h – Thomas St


Difícil saber qual decisão tomar em uma tormenta

Mas quando você encontra certezas justamente em horas de conflito

Essa decisão não tem volta

E a tempestade pode até tombar o barco

Mas a certeza será maior que qualquer desolação

E isso lhe fará tão forte de uma forma indescritível

A coragem toma conta de seus atos

E você se sente lúcido como nunca foi

Então não há porque voltar!

E você se dá conta de que é até bom ver o barco afundar

Pois essa era a única maneira para se livrar daqueles problemas que estavam nele

Débora Vaconcelos

MÚSICA: ACIMA DO SOL - Skank

Composição : Chico Amaral / Samuel Rosa


Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

Assim ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...


Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota...


Eu não posso te ajudar
Esse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...


Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!


Quando muito ainda é pouco
Você quer infantil e louco
Um sol acima do sol
Mas quando sempre
É sempre nunca
Quando ao lado ainda
É muito mais longe
Que qualquer lugar...


Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém prá vida inteira
Como você não quis...


Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

Se a sorte lhe sorriu
Porque não sorrir de volta
Você nunca olha a sua volta
Não quero estar sendo mau
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia...


Um dia ela já vai
Achar o cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...


Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

CONTUDO – 11/05/11 – 11:38h – Thomas St

Contudo eu ainda tento respirar

Tento interagir

Tento me soltar

Com tudo que trouxe

Com tudo que irei levar

Com tudo que eu já conquistei

Com tudo que irei conquistar

Contudo o meu coração ainda está sombrio

Tento despachar o inanimado

Tento me modificar

Brilhar um sol onde só há nevoas

Tento ser feliz com todas agulhas a me espetar

Contudo é como se eu ainda precisasse chegar

A velocidade dos fatos não me fez sentir o que era certo ou errado

E fico com medo de me enganar

Com tudo


Débora Vasconcelos

MÚSICA: PARTIR, ANDAR - Herbert Vianna


Composição: Hebert Vianna

Partir, andar, eis que chega
É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar, sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiro, grades ou palavras


Partir, andar, eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Pra se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
Agora já não falta nada


Eu não quis
Te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer

Talvez fiz

terça-feira, 10 de maio de 2011

REFORMA – 10/05/11 – 13:02h - Thomas St

Sabe quando você quer sumir de dentro de você

E nenhum caminho é válido

Pois todas as direções te levam pra dentro de si

E você se vê de frente a sua própria natureza insana

Que tenta se agarrar a restos e farelos de uma vida que já não faz mais sentido

E quando você finalmente se livra dos escombros

Parece que está vivendo uma fantasia

E que quando isso também acabar

Vai ser devastador

E ainda pior do que já está sendo

Estar vivendo em um mundo neutro temporariamente

É como se fosse fictício e não parece ser nada real

A pesar de ser tão bom e justamente o que eu precisava

Mais ainda sim queria fugir de mim

Pois conviver com essa reforma não está sendo nada fácil


Débora Vasconcelos

sábado, 7 de maio de 2011

CONVÍVIO – 05/05/11 – 22:45h – Thomas St

Adoro o cheiro de vela

Não gosto da cor amarela

A pesar da flor que eu mais gosto ser assim

Um sol brilhando pra mim

Coisas que nem eu sei explicarJustificar

Como é que ele quer eu conte minha vida inteira?

Se escondo ela até de mim

Tem coisas que não são fácies relembrar

Não é justo que a fruta amadureça antes da hora

Apenas para que você possa saborear

Pois para que isso aconteça

É preciso embrulhá-la com destreza

E num canto escuro isolar

E mesmo assim ainda depende do tempo de uma certa natureza

Que não é tão fácil de se enganar

Ainda tem muita coisa que você não sabe de mim

Nem eu mesma que senti

Saberei lhe explicar

Não estou aqui pra contar

Não quero falar pra ninguém

Só queria esquecer

Ter um tempo um pouco zen

Mas ele insiste em perguntar

E eu já não posso mais esconder

Precisamos conversar

Mesmo que isso me faça de novo morrer

Ele tem que viver em paz

Com a certeza que fez tudo o que podia fazer

Mas mudar meu passado, não dá mais

Só eu mesmo tenho que aprender a com ele conviver

Os dias a seguir que trariam para ele conhecimento do que me apetece

Servirão somente a mim

Para redescobrir aqui dentro

Aquilo que não apodrece

Vou tentar deixar limpinho, organizado e bonito

Mas dessa vez será por mim

E não no relógio de mais ninguém

Débora Vasconcelos

MÚSICA: ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - Lulu Santos

Composição : Lulu Santos


Ainda vai levar um tempo
Pra fechar
O que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você
Quanto pra mim...


Ainda leva uma cara
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga
E sem vontade...


Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais...


Ainda vai levar um tempo
Pra fechar
O que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você
Quanto pra mim...


Ainda leva uma cara
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga
E sem vontade...


Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais


Não te quero mais
Não mais!
Êh! Êh!


Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais


Não te quero mais
Não mais!
Não te quero mais
Não mais!
Nunca mais!
Êh! Êh!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

INUSITADO – 14h – 30/04/11 – Dublin (Thomas Street)


Os sons são diferentes

A claridade pela janela

As janelas

O jeito de eu enxergar

A vida que nem sempre foi bela

Agora começa a engrenar

Numa sucessão de inusitados acontecimentos

Bem no meio de um descontentamento

De um furação a galopar

Não mais me vi sozinha ao relento

Mas já é hora de desapegar

Para me proteger eu breco

Antes de chegar ao meu coração travado

Que de tão vazio só faz eco

Pois ainda está dilacerado

Não quero carregar mais culpas

Além das que trouxe na mala

Não quero magoar a quem me ajuda

Nem tão pouco ser magoada

Preciso parar de lutar contra ou a favor da corrente

Eu tenho que boiar um pouco

Deixar que as ondas me levem para frente

Me entregar completamente ao novo

Sem medo de me afogar

Sem medo de ser afogada

Preciso ficar sozinha

E por eu mesma ser amada

Confiar primeiro em mim

De que eu serei capacitada

Pra desbravar terras, céus e mares

E o meu próprio coração nessa nova estrada


Débora Vasconcelos

MÚSICA: TEATRO DOS VAMPIROS - Legião Urbana

Composição : Renato Russo


Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...


Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
Sempre a última chance

Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...


Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...


Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...


Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...


Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
Esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...


Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo

Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...


Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...


Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...


Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...


Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...


Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém…


TENTATIVA & ERRO ACERTO – Dublin – 27/04/11 – 10:35h (Hazewood)

Não tente transformar em sexo

Eu só queria ter um momento bonito

Não tente transformar em amor

Eu só quero me recuperar

Não tente apenas se divertir

Eu não quero sofrer de novo

Não tente me compreender

Aqui dentro há coisas intocáveis

Não tente fazer mais do que pode

Eu não quero te atrapalhar com a minha confusão

Não tente mandar no meu coração

Ele ainda está perdido

Não tente ir além do que eu posso

Pois eu nem sabia que podia novamente

Na verdade eu só quero te agradecer

Por me ajudar, por me querer e principalmente por tentar

Foi nas suas tentativas e nas milhares de possibilidades de erros, que nós acertamos juntos algo que nem estávamos mirando

Parece que dessa vez pode ser diferente

Tentativas e acertos


Débora Vasconcelos

MÚSICA: ELA DISSE ADEUS – Paralamas do Sucesso

Composição : Herbert Vianna


Ela disse adeus, e chorou,

já sem nenhum sinal de amor.

Ela se vestiu, e se olhou;

sem luxo, mas se perfumou.

Lágrimas por ninguém,

só porque, é triste o fim.

Outro amor se acabou.


Ele quis lhe pedir pra ficar;

de nada ia adiantar.

Quis lhe prometer melhorar,

e quem iria acreditar?

Ela não precisa mais de você,

sempre o último a saber.


Ela disse adeus.

Now the deed is done (Agora a ação está feita)

As you blink she is gone (Enquanto você pisca ela vai)

Let her get on with life (Deixe-a seguir com a vida)

Let her have some fun (Deixe que ela se divirta um pouco)


Disse adeus, e chorou,

Já sem nenhum sinal de amor

Ela se vestiu e se olhou

Sem luxo mas se perfumou.

Lágrimas por ninguém

Só porque é triste o fim!

Outro amor se acabou...


Ele quis lhe pedir pra ficar;

de nada ia adiantar.

Quis lhe prometer melhorar,

e quem iria acreditar?

Ela não precisa mais de você,

sempre o último a saber.


Ela disse adeus.

Now the deed is done (Agora a ação está feita)

As you blink she is gone (Enquanto você pisca ela vai)

Let her get on with life (Deixe-a seguir com a vida)

Let her have some fun (Deixe que ela se divirta um pouco)


Ela disse adeus.

Ela disse adeus.

RECUPERAÇÃO – 26/04/11 – 00:42h – Dublin (Hazelwood)

Ele perdeu a oportunidade de tratá-la bem para que agora ela tivesse boas lembranças dele

Mas ao invés disso ela se lembra de ter saído da sua casa com febre meia noite e caminhar quilômetros para casa de sua mãe por uma briga que ela não queria deixar acontecer, pois já estava cansada de mais para rebater sua ignorância

Ele a maltratou muito

E hoje ela entende que isso era o melhor que ele tinha para lhe dar, já que ele não sabe amar e não quer aprender

Hoje ela se recupera e passa bem!

Débora Vasconcelos

EM BRANCO – 26/04/01- 00:25h – Dublin (Hazelwood)

Aos poucos a vida antes sem cor vai ficando colorida, mas não são cores que se aprende no prezinho

São cores paradoxais

Quentes que provocam queimaduras de 10º grau

E que quando dão para ser frias arrancam a pele com um simples vento

Cores de se lambuzar e espalhar com mãos e pés

Cores para se jogar, para se tingir e experimentar sem medo de que algo manche

São as cores que eu queria ter para pintar os quadros que deixei em branco


Débora Vasconcelos

domingo, 1 de maio de 2011

MEU VÔO – 22/04/11 – Do céu – 20:16h no Brasil


Não quis chorar, decidi que dali em diante seria felicidade

Pode ter parecido frieza, mas foi apenas mais uma escolha, como todas as outras tantas que fiz

Então tomei pra mim que seria assim

E aos pouquinhos meu coração foi acalmando, se acostumando com o amor próprio que enfim tinha voltado

E me vi refletida em uma janelinha transparente de possibilidades infinitas

E aquelas asas eram minhas também

E eu voei

Ah! Como eu voei dentro de mim e mais além

Abaixo problemas pequenos que há poucos instantes eram tão absolutos, ficaram parados no tempo, enquanto eu vôo por aí

Neste exato momento não escrevo de um ponto fixo

Escrevo do céu, enquanto subo numa velocidade incontestável

Estou realmente inclinada a alcançar objetivos cada vez mais altos, a cima de onde meus pés possam tocar, ainda que eu me mantenha descalças para sentir a vibração não apenas desse vôo, mas de todas as orações dirigidas a mim

Agradeço em silêncio e rezo também

Com o coração cheio de amor fica mais fácil seguir

Pena que às vezes tenhamos que partir para nos sentirmos plenos


Débora Vasconcelos

ABALADA - 15/03/11

Acho que não tenho estrutura forte para não desmoronar com essa tormenta que me abala o dorso e os cabelos

Não quero viver de apelos, já me desmanchei de mais e ainda está doendo não ser quem eu realmente quero ser

Não encontro o caminho para me achar dentro de mim

E assim me despeço outra vez para tentar entender e esquecer o que não vivi mesmo me deparando com opções todos os dias

Mesmo sendo eu somente minha, quis colocar a responsabilidade em quem nunca irá se importar

Por aquilo que não tive coragem de fazer

Só me resta aprender quando eu me distanciar

Só me resta brilhar

O tempo de escuridão passou

Mesmo que eu não reencontre o amor, quero saborear a paz

Lambuzando-me por inteira de um sossego no coração

Que sempre andará aflito em busca de alguma emoção

Mas que essa seja assim serena e terrena

Verdadeira e sem ilusão ou coisas da minha cabeça

Se for pra tentar de novo que não se perca a razão

E que se resplandeça muito além de um colchão

Em noites de bebedeiras, em dias de reunião

Virando os olhos ou a mesa, compartilhando o que não sabemos explicar

Sem precisar morrer para chamar a atenção

Sem precisar sair para se pedir perdão

Sem precisar ir embora para achar resolução

Débora Vasconcelos

MÚSICA: ABRI OS OLHOS – Sandy e Junior

Composição : Sandy Leah/Lucas Lima

Sei mais do que eu quis
Mais do que sou
E sei do que sei
Só não sei viver
Sem querer ser
Mais do que sou

O fato é o ato da procura
E a cura não resiste só
O que era certo eu descobri
Nem sempre era o melhor

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

Não sei afastar
A dor de saber
Que o saber não há
Só não sei dizer
Se esse meu ver
Se pode explicar

Enquanto eu penso, tanto entendo
Que é mais fácil não pensar
O que era certo, eu aprendi
A sempre questionar

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

Sei mais do que eu quis
Mais do que sou
E sei do que sei

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

O TEMPO ESTRAGA TUDO – 22/12/10


Ele olhou dentro dos meus olhos pra me perguntar se eu achava que isso ia realmente dar certo.

Estava triste, mas sorri ao lhe responder:

- Sinceramente, não!

Pois, teria que desperdiçar a minha vida vivendo a tripolaridade dele, como sempre foi, e eu já andava meio de saco cheio, afinal o tempo também pode estragar tudo. E quando passa assim muito da hora, fica mecânico, como quase todos os casamentos são...Você liga no automático e deixa rolar, sem sentir os reais prazeres da convivência. São só reclamações, e no fundo quando acaba a falta é apenas do corpo ao lado que esquentava a cama...Mas os fardos são mais leves se olhar melhor.

Disse lhe que havia muita vida dentro de mim, e que ele não aceitava sair da rotina, e que eu me tornara uma pessoa chata ao lado dele, uma pessoa metódica, uma pessoa deprimida, insatisfeita e que ao lado dele não fazia o que mais gostava na vida que era escrever, porque ele não me inspirava, não sabia extrair de mim o meu melhor, e eu precisava urgentemente melhorar. Aliás estava ali arriscando minhas pequenas certezas para me aperfeiçoar, só que seria em vão se estivéssemos juntos, arrastando os dias em correntes de pelica.

E porque você deixou ele se iludir? – Ele me perguntou.

Não é ele quem se ilude, sou eu quem me iludi durante todos esses longos anos, achando que o amor consertaria os danos que ainda são causados com nossos enganos diários. Agora eu já não sei o que fazer.

E o que você quer que eu faça?

Se abstenha de culpas, você pode mas não deve mudar nada. Esse problema é nosso e temos que achar uma forma de resolvê-lo................

Continuo aqui perambulando sobre o tempo

Brigando com espelhos

Amando os aconchegos de braços trêmulos que nunca serão meus

Mas preciso mudar

Débora Vasconcelos

ENTENDA. - By Fernando


Entenda que não fui eu nem você. Foi o sufoco. Eu me sufoquei tentando te agradar. E você se sufocou tentando me aceitar. E vice-versa. E as controvérsias.

Entenda que amor, às vezes, sufoca. Entala. Prende. Estanca. Acaba. Ou continua, mas não se concretiza.

Entenda que as coisas são como tem que ser. Tentamos fazer algo acontecer, que jamais poderia ser. E esse ser, era ser nós, e não somente eu e você.

Entenda que certas circunstâncias são inevitáveis. Encontrei um eu em você. E você encontrou um você em mim, mas não nos pertencíamos. E nos devolvemos.

Foi a decisão certa.

Fernando
aofinaldoinverno.blogspot.com