É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

INUSITADO – 14h – 30/04/11 – Dublin (Thomas Street)


Os sons são diferentes

A claridade pela janela

As janelas

O jeito de eu enxergar

A vida que nem sempre foi bela

Agora começa a engrenar

Numa sucessão de inusitados acontecimentos

Bem no meio de um descontentamento

De um furação a galopar

Não mais me vi sozinha ao relento

Mas já é hora de desapegar

Para me proteger eu breco

Antes de chegar ao meu coração travado

Que de tão vazio só faz eco

Pois ainda está dilacerado

Não quero carregar mais culpas

Além das que trouxe na mala

Não quero magoar a quem me ajuda

Nem tão pouco ser magoada

Preciso parar de lutar contra ou a favor da corrente

Eu tenho que boiar um pouco

Deixar que as ondas me levem para frente

Me entregar completamente ao novo

Sem medo de me afogar

Sem medo de ser afogada

Preciso ficar sozinha

E por eu mesma ser amada

Confiar primeiro em mim

De que eu serei capacitada

Pra desbravar terras, céus e mares

E o meu próprio coração nessa nova estrada


Débora Vasconcelos

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