Os sons são diferentes
A claridade pela janela
As janelas
O jeito de eu enxergar
A vida que nem sempre foi bela
Agora começa a engrenar
Numa sucessão de inusitados acontecimentos
Bem no meio de um descontentamento
De um furação a galopar
Não mais me vi sozinha ao relento
Mas já é hora de desapegar
Para me proteger eu breco
Antes de chegar ao meu coração travado
Que de tão vazio só faz eco
Pois ainda está dilacerado
Não quero carregar mais culpas
Além das que trouxe na mala
Não quero magoar a quem me ajuda
Nem tão pouco ser magoada
Preciso parar de lutar contra ou a favor da corrente
Eu tenho que boiar um pouco
Deixar que as ondas me levem para frente
Me entregar completamente ao novo
Sem medo de me afogar
Sem medo de ser afogada
Preciso ficar sozinha
E por eu mesma ser amada
Confiar primeiro em mim
De que eu serei capacitada
Pra desbravar terras, céus e mares
E o meu próprio coração nessa nova estrada
Débora Vasconcelos
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