É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DEFINITIVO – 11/05/11 – 14:40h – Thomas St

Nada do que posso te oferecer é definitivo

Se há um rio que corre em mim

Jorrando pra todos os lados

Não há gargalo que o possa engarrafar

Nada que você possa dizer

Será mais forte do que eu posso viver

Nada do que a gente viva

Será mais importante do que a minha própria vida agora

Sim estou sendo egoísta

Mas durante muito tempo eu me esqueci

Agora que me resgatei

Não posso simplesmente me dar a você

Me entregar sem me valer

Dói não poder te dar uma definição do que sinto

Você precisa de algo definitivo

E isso eu não posso lhe ofertar

O meu definitivo é muito raso

Perante ao meu rio em que você quer se atirar

E um de nós irá se machucar

Com as pedras que estão embaixo

Desse riacho que é tão bonito de se olhar

E só nadar

E não de cabeça mergulhar

Tem dias de correnteza baixa

Tem dias que é forte

Nada é definido

Nada é definitivo

Então não venha me culpar

Se nas minhas águas se afogar

Esperando encontrar salva vidas

Se é a minha vida é que está em risco

E corre somente para o mar

Tentando se encontrar

Beirando o que eu desconheço

Minhas próprias encostas vou desvendar

Então não posso te revelar

Aquilo que nem eu mesma sei

E para mim ainda é segredo

Mesmo estando dentro de mim


Débora Vasconcelos

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