No espelho, reparo em partes de nós desengonçadas e ideias desarrumadas à espera de tempo e de vontade para deitar fora as coisas inúteis que ocupam o espaço que nos falta para algo mais importante, porque a vida acontece mais depressa do que o tempo que desperdiçamos a manter tudo teimosamente desarrumado. No que me une a ti não envelheço, recrio-me, transformo-me e tento aprender a vida do princípio, porque sei que nada sei e quero aprender o que sou ainda desajeitadamente. Por isso, aqui, ao espelho, sonho que tiras as mãos dos bolsos e vens dançar comigo como se fossemos a medida de todas as coisas infinitas e o nosso tempo não se contasse pela história das coisas desarrumadas.
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