É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O ABANDONO – 13/11/09

Nada é pior que a dor do abandono
Porque o abandono é uma perda que não passa
E o eco das ondas pelo cais
É um adeus que não fala
E um ir embora sem fechar as portas
Sem ao menos fazer as malas
O abandono é uma esperança falsa de um retorno
É viver no passado, com medo de encarar o futuro
É a covardia de não se libertar
O abandono magoa mais à medida que os anos passam
O abandono é o que passa a nos acompanhar
E a pior hora do abandono é quando se procura achar uma explicação
E se repassa na memória vagarosamente uma a uma cada situação
O abandono é a raiva contida
Na briga que não existiu
É a ferida eternamente aberta que não cicatriza
Dentro de um coração que se partiu
O abandono é pior que um: - Eu te odeio!
É um pior do que um: - Eu não me interesso mais!
O abandono trás em si um gelo, que mata até os imortais
O abandono é um fingir não ter certeza, de uma coisa que não precisa nem se falar
É a cadeira vazia a mesa
Mais acima de tudo...
...É um coração que não sabe amar


Débora Vasconcelos

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