É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quinta-feira, 1 de abril de 2010

COM O TEMPO – 31/03/10

Com o tempo você vai se esquecer da cor do meu edredom
Vai se esquecer da luz entrando pela janela e batendo em meu corpo enquanto eu ainda dormia
Com o tempo você vai se esquecer do formato das minhas unhas
Das minhas pintas, da minha voz
Com o tempo você vai se esquecer que tentou me amar e que nunca conseguiu me fazer sentir completamente amada
Com o tempo vai se esquecer o quanto os meus pés são frios e o quanto o meu corpo era quente depois que você o esquentava
Com o tempo você vai se esquecer das fotos já emboloradas
Vai esquecer das minhas roupas, da minha letra, do meu jeito de tomar água, da espessura dos meus cabelos e dos meus lábios grossos
Com o tempo esses detalhes vão sumir
Você só se lembrará de uma história mal contada, bem terminada e muito infeliz
Ficarão só as magoas, a dor, as mentiras e trapaças
Mas com o tempo isso também há de sumir
Até que brote, em vez de lágrimas e pernas tremulas, um singelo sorriso se a gente se cruzar
E a sensação de que poderíamos ter sido felizes na juventude


Débora Vasconcelos

4 comentários:

Leticia Duns disse...

Nossa Dé, mto lindo texto !

Acho que algumas coisas não esquecemos jamais, sempre nos vêm a lembrança, mas quem sou eu para dizer o que é sentir e viver?

Fico apenas aqui deliciando esse texto embalado de saudades e que me traz boas recordações !

Não canso de dizer que és Poesia Pura !!!

Beijosss

Débora Cristina Vasconcelos disse...

Oi amiga!

Eu também acho que há coisas que não esquecemos, mais que acabam sendo apenas detalhes possívelmente "esquecíveis", (as coisas se tornam mais faceis de resolver quando envelhecemos e não olhamos mais com olhos de urgencia), mas o que não se apaga é a sensação de que podíamos ter feito algo, que quando jovens não tivemos coragem de fazer.
Complexo isso, né!? rsrsrr

Bjs,

Débora Cristina Vasconcelos disse...

Oi amiga!

Eu também acho que há coisas que não esquecemos, mais que acabam sendo apenas detalhes possívelmente "esquecíveis", (as coisas se tornam mais faceis de resolver quando envelhecemos e não olhamos mais com olhos de urgencia), mas o que não se apaga é a sensação de que podíamos ter feito algo, que quando jovens não tivemos coragem de fazer.
Complexo isso, né!? rsrsrr

Bjs,

Leticia Duns disse...

Realmente isso acontece, é é muito complexo mesmo, a grande questão dessa história toda é que relacionamentos servem para deixar bem claro como cada qual é e aí tudo complica.

A verdade é que é triste olhar para tráz e ver que poderia ter feito tudo diferente não só nesta questão, mas como mudar o que já está feito?

Se pensamos demasiado não agimos e, se agimos sem pensar nada dá certo...

Fato a se pensar...

Bjs ♥
Le