Estou vivendo um momento de transição. Me sinto na obrigação de corrigir meus textos, pois antes escrevia só pra mim.
Hoje tento melhorar e isso é ótimo, talvez nunca me aperfeiçoaria se não houvessem leitores.
Mas confesso que é difícil corrigir, cortar um pedaço, reescrever uma parte, rasgar a folha e começar de novo.
Antes era só desabafo, agora são textos admirados, mesmo que ainda por poucos, eu devo lhes esse respeito.
Devo escrever direito, estudar a nova gramática, melhorar em todos aspectos: de concordância, de aplicação de vírgulas, de tantas outras coisas...ainda tenho muito que aprender sobre escrita. Isso é trabalhoso, porque controlar o ímpeto não é fácil, às vezes me pego corrigindo (principalmente quando estou digitando no Word e aparece alguma palavra errada grifada em vermelho) e a inspiração some, ainda estou aprendendo a lidar com isso.
Mas de todas as dificuldades, a que me rasga a alma é colocar o ponto final. Talvez seja por isso que eu prefira as poesias e não os textos como esse abaixo.
É uma grande agonia ter que colocar o ponto final. Sei que é uma regra gramatical, mas eu a odeio. É um corte seco, mesmo que na outra linha eu possa recomeçar.
Me dói!
Ponto final, final, final, final, não consigo me adaptar com esse final.
Quero escrever sempre, até velhinha, em outras vidas quem sabe...não quero que acabe, odeio esse final, ele trás uma sensação de perda, de despedida, de desperdiço, de desespero, de sumiço.
Sei que ele dá sentido a frase, mais me reservo no direito de odiá-la. Sei que extrapolo nas reticências, não só por aparência, mais também por não querer usá-lo.
Então me perdoem se eu errar. Se não souber direito como usá-lo, pois é um convívio quase que obrigado, usar esse tal de ponto final.
Mas vou tentar não decepcioná-los, no meio dos textos vou usá-lo, mas vamos deixar combinado que lá na última frase eu não vou colocá-lo (digamos que é esse meu estilo de escrever), mesmo que a estória não continue, mais apenas para acalmar o meu coração, já que não quero que minha escrita tenha fim, não irei colocá-lo. Assim ficaremos todos com gostinho de quero mais
Débora Vasconcelos
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