Onde é a fonte das palavras?
Quero beber dela
E por mais que eu beba, não me verei saciada
Pois me abasteço na procura dela
Soltando minhas próprias palavras pelo caminho
Prendendo-as em papel de pão
Invadindo outros destinos
Vão saindo sem obrigação
Palavras que nem sempre são belas
Com significados às vezes distantes
Palavras que se tornaram eternas
Na eternidade que existe daqui em diante
Palavras que a mim pertencem
Serão de quem mais as quiser
Se as levarem na mente
Depois que eu as dispuser
Palavras tão enigmáticas
Tanto quanto o meu olhar
Interpretem-nas de suas maneiras
Nem mesma eu as sei interpretar
Deixo um rastro de dúvida
Deixo um pouco de certeza
Deixo a palavra mais pura
Que vier na minha cabeça
Palavras que adentram meus poros
Sem nem se quer eu beber de sua fonte
Eu de vez em quando as imploro
Pra que algumas palavras me molhe aos montes
Não basta beber as palavras
Quero banhar-me delas
Quero comê-las e me lambuzar
Quero viver da escrita delas
Palavras, um descobrimento constante
A cada nova palavra velha
Que eu descubro com a gana de um amante
Entrando dentro do corpo dela
A palavra é meu instrumento de transcender o tempo
Com ela sou quem eu quiser
Não existindo preconceitos
Então venha o que vier
A palavra é meu diamante
Meu tesouro, meu enredo
Minha liberdade, meu semblante
Dela nunca terei medo
Débora Vasconcelos
Um comentário:
Quro achar também a fonte das palavras !!!
Linda poesia Dé !!!
Beijossss
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