É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 16 de junho de 2009

METAMORFOSE


E assim como a borboleta
Eu preciso deixar me libertar deste casulo
Preciso me desvendar para o mundo
Preciso aprender a viver solta

Vou abrindo as asas aos poucos
Em um processo doloroso
Vou aprendendo a me conhecer

E depois desse meu próprio encontro
Dou-me conta de minha beleza
E apesar da delicadeza
Sou mesmo uma fortaleza, por passar tudo que passei

Vejo a tudo de um outro ângulo
Pois estou sobrevoando
Isso não significa que não possa sentir
É ainda pior ver daqui

Porque essa poluição sobe
E me mata aos poucos
É como se meu coração estivesse oco
Sem poder mudar os outros, mais preciso primeiro mudar a mim

Vou aceitar essa liberdade
De sair da escuridão
Essa claridade é o que vai me acompanhar

Minha cabeça tem que estar iluminada
Pra eu poder dispersar a minha luz e colorido
E mesmo que ao gritos
Eu vou sobreviver

Deixarei minhas asas se mostrarem
Deixarei o que há de melhor em mim transparecer
Não quero mais o que é escuro, feio e apertado como o casulo
A partir de agora vou viver

Sou uma borboleta
Admirada por todos
Mais ninguém percebe o sufoco
Que tive que passar pra chegar até aqui

Então agora é diferente
Vou mostrar pra essa gente
Quem é que manda aqui

Minha vida me pertence
Eu não preciso de lentes
Pra poder ver o que se passa dentro de mim

Não aceito essa situação
Vou ajudar os outros
Mais vou amar primeiro a mim

Vou me deixar dar os meus vôos
Usar minhas asas sem culpas
Vou ver enfim a sombra colorida que elas produzem
Até minhas sombras serão belas
Quando eu puder colocar em prática tudo o que está dentro de mim

Vou me transformar mais uma vez
Pois dor pior não existe
Comparada a tudo que passei
Outras metamorfoses estão por vir...

Débora Vasconcelos

Um comentário:

acustodio disse...

Oi minha querida amiga e também grande incentivadora, muito bom parabéns e vai em frente e conte comigo
bjos
Cido.