É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 22 de junho de 2009

LAPSOS DE AMOR – 12/06/09


Às vezes me sinto amada
Mas são apenas lapsos
E como diz o dicionário é um engano involuntário
São os meus lapsos de amor
Às vezes confundo os atos
E nesse teatro às vezes confundo também...
...Os atores, os diretores e os diálogos

Isso quando há diálogos
Porque mais parece um cinema mudo
E os gestos podem ser de diversas formas interpretados
Em cada nova cena eu me embaraço
E às vezes tenho esses lapsos
Um mero engano barato
A essa altura do campeonato
Achar que ainda existe amor
O amor não é cobrado
E mesmo em um cinema mudo é fácil ser identificado
Não é preciso mandar recado
Ou dar o que não se tem
O amor é doado
Com o sorriso nos lábios
E o coração cheio
Há certeza nos abraços
Há carinhos entre os beijos
Não são apenas lapsos
De um súbito desejo
O amor é concretizado
E enfrenta todos medos
Mas eu apenas tenho lapsos
De um amor não verdadeiro
Um amor que precisa ser cobrado
Para que exista o tempo inteiro
Esses são meus lapsos de um amor tão traiçoeiro


Débora Vasconcelos

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa este poema se encaixa tão perfeitamente em tantos momentos pelos quais passei e descreve com tanta clareza situações que vivi que parece até que foi escrito para mim ou por mim...
Infelizmente nos enganamos sempre e não enxergamos no momento oportuno que se trata de lapsos de amor.

Att, Ka