É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DIANTE D - 30/01/09

QUADRO: DUAS VIDAS - RICARDO ROSSI


E mais uma vez conversando sobre música, falávamos sobre músicas com nomes próprios como: Ana Júlia, Carla, Juliana etc... e comentei que eu amo o meu nome Débora, por ser um nome forte, marcante, porém muito difícil de ser rimado e que só conhecia uma música com meu nome (Flagra – Rita Lee)... No escurinho do cinema, chupando drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz...Se a Deborah Kerr, Que o Gregory Peck..., mais que era realmente difícil encontrar meu nome em alguma poesia ou canção e teria que me contentar com essa música eternamente como expressão de Arte demonstrando o meu nome.
Eis que fomos para praia, nadamos muito, brincamos, corremos...mas o Ricardo não entrou na água, ficou só observando.
No outro dia repetimos o feito de ir a praia e ele não quis nem sair do apartamento.
Quando voltamos esfomeados, com tanta energia gasta com a agitação do mar.
Ele me mostrou o poema abaixo e meus olhos se encheram de lágrimas, não sabia como agradecer.
Ainda por cima ganhei esse quadro (que desde que chegou em casa nunca saiu da cabeceira da minha cama) que ele havia pintado bêbado chamado: Duas Vidas, e que representa muitas coisas na minha vida, principalmente a lembrança daquele final de semana que jamais vou esquecer.
Já se passaram mais de quatro anos e agora chegou à hora de agradecer singelamente tudo que você me deu (Arte Pura), postando aqui em meu blog a profunda admiração que tenho por ti e por sua história de vida. Meu simples, muito obrigada Ricardo.

DIANTE D

Diante da perplexidade de um “D”
Fui ao encontro do antes de vir se-a-ser
E não fomos mais que criança.
E não fomos mais que as palavras, guardadas no silêncio.
Meus olhos te buscaram...
E te vi fundir-se as águas de um mar sem fim
No escuro d’água e de um céu sem estrelas
E te vi mulher...e te quis menina...e te fiz criança
Um peixinho, que pelo mar da alma em um peito solitário,
Deixou n’água um rastro, testemunha do que vívido, agitava.
E de um “D” perplexo... Débora gritei teu nome.
E minha voz não foi além de um silêncio
E meus olhos, não foi mais que alegria, de ter na vida te encontrado.
E assim perplexo pelo “D” deixado, ao cruzarmos a ponte desta vida.
Em “D”, Débora...este meu canto, te dedico!

Ricardo Rossi
São Vicente, 22/01/2006 – 11:27h

5 comentários:

sentimentos do mundo disse...

se é que tenho palavras... não as tenho.
tenho agora um olhar marejado em sintonia ao meu silencio.
e um dia meu olhar pousou em ti e tu eras a alegria.
eu senhor do silencio que em minha alma habita,te dei palavras que nasciam dos meus olhos.
Debora... menina, lembrança, saudade.
e seguiram nossos caminhos e partimos de encontro aos nossos destinos, nos desencontramos.
hoje meu coração felicita a tua voz no telefone.
Debora... menina... esperança!
Ricardo Rossi 25/08/2010 11:30h

Débora Cristina Vasconcelos disse...

Que bom que fiz o seu dia um pouco mais feliz. Porque seu quadro, me faz todos os dias feliz.

Tudo de bom pra você!

Saudade dos nossos papos...

Bjs

Unknown disse...

Tomei conhecimento de seu blog através do blog "Sentimento do Mundo". Li parte de seu trabalho e atrevi-me a escrever comentários. Assim como Ricardo, vc tem o dom de por no papel, seja por desabafo ou não, palavras ditas pela alma e pelo coração.
Parabéns, admiro a ambos por esse dom.

sentimentos do mundo disse...

O que foi que deixei na bandeja...
Eu já não lembro mais?
Só sei que você tinha gosto da cereja
E eu um aroma de hortelã

Você se lembra daquele disco alienígena
Nele tinha uma canção dos anos 50
Você tinha o gosto de um poema
E eu o aroma da maçã

Lembra aquela rua antiga
E aquele beco sem nome
Eu lembro que sentia sono
E você guardava a fome

Você se lembra do que eu deixei na bandeja?
Eu te escrevi um poema
E você me trouxe a maçã
Débora... Você se lembra?

Você se lembra daquele D
E do calor que fez o dia
Eu tinha na boca o gosto da cerveja
E você o olhar da poesia.

S.C.Sul 25/08/2010 21:35h
Ricardo Rossi

publiquei no meu blog

Anônimo disse...

Aprendi muito