Tive uma reação alérgica
Quando vi tanto amor
Transformado em moléstias
Quando percebi que são poucos que saem ilesos
Sem hematomas no peito
Que conseguem novamente acreditar
Em uma situação que já deu tanto errado no passado
Entrei em choque anafilático
Quando percebi que não sarei
Que ainda busco culpados
No meu egoísmo barato de querer tudo pra mim
De não saber mais dividir
Depois que eu fui roubada
Depois que percebi que nada vale nada
Tanto quanto o que se tem no coração
Essa paz de mim furtada
Talvez virá na madrugada
Em um abraço sem fim
Se alguém souber dá-lo pra mim
Mas ainda tenho medo
Do estado civil: Casada
Não quero que termine aqui
E por medo do fim
Não começo
Vivo no meio de um amor
Meio que retrocesso
Meio que deixo de viver
Por medo de perceber o quanto vale a pena amar
E saber que se é amada
Mas ainda há coisas pra se ajustar
Pra que eu não passe novamente por aqui
Desta vez testemunhando sobre mim
Débora Vasconcelos
4 comentários:
Brincando com palavras vc descreve sentimentos tão reais, tão presentes em nossas vidas!!!
Parabéns!
Ligia, obrigada por me ler.
Fico feliz em saber que tem alguém aí do outro lado...rsrsr
Mais uma vez muito obrigada.
Beijitos
Dé
tem dois alguens que deste lado ve voce ai deste outro lado sem no entanto te ver... vemos ao que na alma brota e se espalha como flores na prima-vera, vemos sem olhar assim como o cego que enxerga as cores que com olhos não vemos, e voce enxerga com a alma e pensa com o coração e escreve com o sentido e a dor que vejo contigo...
Ricardo Rossi
Obrigada, obrigada e obrigada. Fico imensamente grata e feliz com os comentários de vocês.
Um ótimo final de semana pra vocês!!!
Beijosss
Dé
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