É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

terça-feira, 28 de julho de 2009

A REDE – 17/07/09

Hoje vamos deitar na rede e ver o tempo passar.
O sol brilha lá fora.
Enquanto o vento sopra.
Mesmo depois de tanto tempo ainda sinto o cheiro dos seus cabelos.
Ainda pego na sua mão, ainda sinto esse prazer.
Vamos sossegar juntos nesta tarde.
Chega de filhos e televisão.
Chega de almoço em família no domingo.
Chega de tanta confusão.
Hoje somos de novo só eu e você.
Os filhos criados.
O trabalho realizado.
A nossa vida simples embaixo deste telhado.
Deixa eu admirar você.
Por ter passado tanto tempo comigo.
Enfrentando os perigos.
Por confiar que iríamos conseguir.
Por nunca desistir ou desanimar.
Deixa eu amar você.
Como nos velhos tempos.
No silêncio da casa.
Conversar até de madrugada.
Hoje somos só eu e você.
A pesar dos anos eu percebo a sorte de estar contigo.
Sem você eu não teria sentido, metade das dores e prazeres que me fez amadurecer.
E tudo que vem de ti é bem vindo.
Eu te respeitei e você sempre soube me amar.
Sei que não posso te retribuir tudo em um dia só.
Mais deita nos meus braços.
Hoje deixa eu te levar.
Durante anos você tocou a casa, os filhos, as finanças e a roupa lavada.
A partir de hoje sou eu quem vai fazer isso por você.
Quero te cuidar, como você sempre mereceu.
Mais a minha vida corrida não me deixou ver.
Que você precisava tanto quanto eu, de alguém para cuidar de você.
Vamos deitar na rede que nunca tivemos tempo de usar e ver o tempo passar.
Enquanto eu tento achar uma forma de dizer:
- Que eu te amo, como sempre te amei!

Débora Vasconcelos

2 comentários:

Flávia disse...

Muito lindo, espero um dia no futuro eu poder também dizer isto ao meu companheiro de hoje! Parabéns pelos lindos poemas Débora

Débora Cristina Vasconcelos disse...

Fla, obrigada por comentar, isso me faz ter mais e mais vontade de escrever.

Bjs

De'