É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 25 de maio de 2009

IMUNE – 28/03/09


Descobri que tudo que escrevi
Era pra mim e não pra você
Pra eu saber que nunca mais
Podia deixar isso acontecer
Preciso reler pra entender direito
Tudo que passei quando estava com você
Pra tentar algo melhor
Dá próxima vez que for me meter a amar
E a minha paz é algo que não se pode apalpar, como os corpos na cama a sussurrar
Abra a porta e entra
Pode vir que agora já me vacinei contra você
E nada do que você faça irá me contaminar
É indiferente a sua presença agora, já que não faz mal nem bem
Pode vir que agora já me vacinei contra você
Estou imune aos seus beijos, aos nossos antigos desejos, a sua pele a exalar um forte apelo de querer provar essa mulher nova a sua frente
Pode vir e se deitar ao lado
Já me vacinei contra você
E nada do que me faça irá me adoentar
Estou livre e é isso que te encanta
Que te cisma, que você tanto teima em decifrar, como fez bem eu estar longe de você
Pode fazer o que quiser
Eu descobri outras portas neste quarto
Mas não preciso sair se você chegar
Eu já consigo te suportar
Porque eu já me vacinei contra você
De raiva eu já não morro mais
Pois já não espero nada de você
Estou imune a sua desilusão
Venha, senta, conversa, faz tudo que não fazia quando eu precisava de você
Não me importa
Agora eu já me vacinei contra você

Débora Vasconcelos

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