É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VENENO EM MAÇO – Out/2010


Parece que o buraco que o cigarro dele fez em meu tapete, perfurou dentro de mim
Será que foi só isso que sobrou?
Buracos no tapete e cobertor, de um amor tão louco assim
Nas madrugadas de chuva, fazíamos amor no mais pleno escuro
E nos domingos de sol brigávamos a toa
Nossa realidade era esquisita
Parecia um corredor sem fim
Que não dava em lugar algum
E mais longo ficava quanto mais se percorria, sem possibilidades de volta
Ele esqueceu um maço de cigarros
Às vezes acho que isso o fará voltar
Entre tantos motivos que ele tinha pra me escutar
Preferiu dar as costas
Deixando pra mim...
...Buracos e seu veneno em um maço

Débora Vasconcelos

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