É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PÁLPEBRA – 29/11/10


Ela carrega nas pálpebras a cor do amor dela
Às vezes é preto, às vezes cor de Cinderela
Ela carrega nas pálpebras lembranças de um mundo todo que já viu
E dos que inventou também, em suas noites sem sono quando escreve até que as pálpebras fechem sem que ela possa comandá-las
Ela carrega nas pálpebras o choro guardado
Meio que velado por não querer demonstrar
O quanto sofre também
O quanto pensa em alguém
Que longe dali está
Ela tem um semblante risonho
Aparenta sempre estar bem
E suas pálpebras marcam seu rosto
Com o sorriso que lhe convém
Que contagia e vai além do que podemos ver no ar
Ela carrega em suas pálpebras uma nostalgia serena, pequena e verdadeira
De poucas coisas que valem a pena lembrar
Ela carrega de vez em quando um óculos que tampa suas pálpebras tão belas
E esse ar de mistério, acaba fazendo dela
Algo a mais para se desvendar
Ela carrega em suas pálpebras vidas que ela não guarda por imagens e sim sentimentos
Ela tem um amor tão grande dentro
Da pálpebra que envolve os seus olhares
Os seus inúmeros olhares

Débora Vasconcelos

Nenhum comentário: