Sem o glamour das fotos que posta em sites de relacionamentos
Sem a maquiagem da beleza dos lugares
Ela também chora com seu travesseiro
E vocês não podem imaginar o quanto é dificil enfrentar um mundo estranho sozinha
Fora da sua solidão ela tenta ser feliz
Ela faz o possível
Mas quando anoitece as coisas se transformam novamente
Os pés cansados de tanto dançar
O suor espalhado nas roupas que antes não costumava usar
E depois de se despedir dos amigos
Fecha a porta e ainda sim há espaço para solidão
E amanhã ela tentará de novo
E assim se acostuma um pouco a cada dia
Sentindo novos sabores, novos desgostos e o que não sabe decidir, vai levando no banho maria
Fora do sapato de salto e do casaco pesado
Ela ainda é a mesma
Os óculos escuros não podem esconder seu passado
E ela me contou baixinho, que tem medo da solidão
Débora Vasconcelos
2 comentários:
Eu adorei!!!
Eu admiro seu dom de transformar pequenos detalhes diarios como uma conversa intima ou uma frase solta ouvida de longe, uma noitada, uma bebedeira, um sonho, um desejo, enfim, qualquer pequeno detalhe,em uma fina e requitada poesia, textos, cronicas...Parabens!!!
Ai que alivio que vc gostou, que bom Juju, fico feliz...E ainda mais feliz por vc tratar a minha escrita como um dom...Muito obrigada amiga.
Beijos enormes!!!
De'
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