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Há um cemitério de palavras embaixo da língua
Aquelas que não foram ditas
Permanecem ali enterradas
Vivas, mas enterradas
Abafadas pelos beijos de despedidas e chegadas
Às vezes elas querem submergir, trazendo o veneno à tona ao paladar e cuspindo fogo como dragões medievais
Mas prontamente a saliva alheia abranda essa intempestividade das palavras não faladas
E elas se armazenam amontoadas
Sem vingar
Débora Vasconcelos