É PRECISO IR AOS EXTREMOS DE SI,
PARA QUE POSSA EXPERIMENTAR-SE POR INTEIRO !


Débora Vasconcelos

domingo, 12 de fevereiro de 2012

APEGOS E DESAPEGOS - Ligia Maria

A queridíssima leitora Ligia Maria do blog ( http://lmcerri.blogspot.com ), publicou um texto maravilhoso sobre um poema meu (Coração Partido) que já publiquei aqui no blog e que posteriormente modifiquei, acrescentando uma mensagem enviada por comentário do meu também amigo Ricardo Rossi do blog ( http://www.luarx.blogspot.com/ ) e isso inspirou a Ligia a produzir esse texto que me deixou lisonjeada. Muito obrigada Ligia, por suas palavras sempre tão inspiradoras para mim:

APEGOS E DESAPEGOS


Recentemente lendo um blog encontrei um poema que falava sobre um coração partido em mil pedaços.
Parei de ler por alguns instantes.
Quantas vezes não ouvimos esse lamento de alguém ou mais ainda, quem de nós já não sentiu isso ao menos uma vez na vida?
Diversos motivos como mágoas, perdas, despedidas, decepções, provocam aquela sensação de aperto no peito desencadeando uma dor que chega a ser física, que rompe por dentro dando a exata sensação de coração partido em mil pedaços.
A sequência da leitura do texto trouxe uma surpresa.
A autora não lamenta o fato, ao contrário, posiciona-se de tal forma que essa quebra dolorida, passa a ser reconfortante e gratificante. Não se preocupa com reparos e consertos. Esclarece que assim partido em tantos pedaços, seu coração poderá se espalhar pelo mundo inteiro.
Parei novamente a leitura.
A imaginação abriu asas, levantou voo e partiu para o infinito levando um coração para distribuir em cada cantinho do mundo. Uma sensação gostosa e reconfortante me invadiu ao pensar que um pedaço de mim, mesmo pequenino, pudesse estar presente na vida de muita gente, trocando emoções, alegrias, tristezas, doando e recebendo amor. Um coração que assim partido não liberaria fel ou lágrimas fechando-se num peito apertado. Diferente disso se espalharia pelo mundo sem apegos, sem sentimentos de posse.
Utopia?
Olhos novamente voltados ao poema que confessava tanto desapego e logo encontrei uma frase que de imediato resumiu toda mistura de sentimentos - "...amar em milhões de pedaços um inteiro...".
Finalizando a leitura observei que os últimos quatro versos foram escritos por outra pessoa que provavelmente levada pela emoção das palavras lidas, deu vazão a seu lirismo e sensibilidade.
Utopia?
Sim, pura utopia que continuará soberana enquanto o horizonte limítrofe doEU não for rompido pela importância e necessidade do NÓS!


Santos, 12 de fevereiro de 2012



CORAÇÃO PARTIDO
Eu tinha um coração partido
Para falar a verdade ainda o tenho
E não faço questão alguma de consertá-lo
Prefiro quebrá-lo novamente em mil pedaços
Assim posso deixá-lo pelo mundo inteiro
E amar o que em cada pedaço cabe
E amar em milhões de pedaços um inteiro
Amando sem medo, amando de verdade
Amando o amor que é a liberdade.


Débora Vasconcelos e Ricardo Rossi

3 comentários:

LIGIA MARIA CERRI disse...

Que surpresa mais feliz tive agora!! Abri seu blog e vi meu texto nele. Isso representa muito para mim pois é sinal que de uma certa forma, consegui demonstrar o quanto seu poema me tocou. É aquilo que já lhe "falei" há tempos: você escreve para a alma e o coração da gente. Obrigada Débora. Me fez feliz!

LIGIA MARIA CERRI disse...

Nossa!!! Que surpresa boa vc me fez menina! Abrir seu blog e encontrar aqui meu texto!!!!!!!!
Isso significa que consegui de certa forma expressar a emoção que senti ao ler seu poema!
Como já lhe "disse" anteriormente, vc escreve para o coração e alma da gente mas nesse em especial foi muito feliz e Ricardo também finalizou muito bem. Obrigada Débora, me fez muito feliz"

o que em mim se esconde disse...

Que lindo Debora, um poema escrito há duas mãos, um texto escrito por uma terceira mão que vem dar mais graça, encanto e verdade ao que já estava escrito. Emocionei-me com as tres mãos, com as tres almas e me emocionarei um dia com os tres sorrisos. Assim espero.